Mulheres ocupam menos de 40% dos cargos de liderança no Brasil e equidade de gênero ainda é desafio para as empresas
Apesar de representarem mais da metade da população economicamente ativa, as mulheres ainda enfrentam grandes barreiras para alcançar cargos de liderança no Brasil. Apenas 39% das posições de chefia no país são ocupadas por mulheres, segundo o IBGE. Em empresas de capital aberto, o número é ainda menor: 13% dos cargos executivos e assentos em conselhos são ocupados por elas.
“A liderança feminina não pode mais ser vista como um tema inspiracional. Ela é uma estratégia de negócio. Ambientes diversos geram inovação, engajamento e resultados mais sustentáveis, e as empresas que entenderem isso primeiro vão sair na frente”, afirma Camila Gomes, mentora executiva e voz ativa na pauta de liderança feminina.
Segundo a especialista, os números mostram que a equidade de gênero ainda precisa deixar de ser promessa e se transformar em ação efetiva dentro das empresas. “As mulheres estão cada vez mais qualificadas, mas ainda esbarram em sistemas que não foram desenhados para acolher sua forma de liderar. É preciso rever critérios de promoção, equilibrar oportunidades e abrir espaço para novas vozes”, explica Camila, que atua há mais de 10 anos com desenvolvimento de lideranças e mentorias voltadas a mulheres que buscam cargos estratégicos. Seu trabalho parte da ideia de que o avanço feminino exige tanto preparo individual quanto mudança estrutural.
“Os desafios vão desde a ausência de políticas de equidade nas organizações até a sobrecarga imposta pela dupla jornada, que afasta muitas mulheres de cargos de decisão. Promover mais mulheres em posições de poder é também uma forma de repensar a cultura corporativa. O objetivo não é apenas aumentar números, mas transformar ambientes de trabalho em espaços mais diversos, inclusivos e produtivos", conclui Camila.
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