quarta-feira, 19 de novembro de 2025

Inteligência artificial redefine o jogo eleitoral: O que esperar de 2026?

A chegada da Inteligência Artificial (IA) generativa está promovendo a mais significativa mudança no panorama da comunicação política desde o advento das redes sociais. Se nas eleições municipais de 2024 o uso da IA já se fez presente, com a Justiça Eleitoral (TSE) buscando regulamentar o tema e proibir deepfakes, as eleições gerais de 2026 prometem ser o verdadeiro campo de testes para o impacto dessa tecnologia na democracia brasileira.
Especialistas e estrategistas preveem que a IA não será apenas uma ferramenta auxiliar, mas o núcleo de novas abordagens de campanha. Sua aplicação deve se intensificar no micro-segmento de audiência, permitindo a criação de mensagens e conteúdos hiper-personalizados que atingem o eleitor de forma individualizada e emocional, fugindo da comunicação de massa tradicional. O desafio central de 2026 será a linha tênue entre a personalização legítima e o uso indevido para a disseminação em larga escala de desinformação e manipulação da percepção da realidade. O TSE já prepara uma ofensiva contra o uso indevido, exigindo transparência e responsabilizando plataformas.
Sobre essa transformação, Stênio Muniz, CEO da 2SMKT,  empresa que se destacou no pleito de 2024 com campanhas gerenciadas em quatro estados, e observador atento das tendências tecnológicas, afirma que a mudança é inevitável, mas exige responsabilidade. "A Inteligência Artificial é, primariamente, uma ferramenta de otimização de estratégia e eficiência operacional nas campanhas. Em 2026, ela será fundamental para a leitura preditiva do comportamento eleitoral. No entanto, o fator humano é insubstituível.”

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