quarta-feira, 19 de novembro de 2025

O uso cirúrgico da robótica em casos de câncer de próstata avança no Ceará

O câncer de próstata permanece entre as principais causas de adoecimento entre homens e reforça a importância de ampliar o acesso ao diagnóstico precoce e a tratamentos que reduzam riscos e complicações. Nesse cenário, a cirurgia robótica tem ganhado espaço como alternativa minimamente invasiva para o manejo da doença, permitindo intervenções mais precisas e com menor impacto no pós-operatório.
No Ceará, o hospital Oto Aldeota passou a utilizar o sistema robótico Da Vinci X em procedimentos urológicos, incluindo casos de câncer de próstata que se beneficiam da tecnologia. Segundo o urologista e coordenador de cirurgia robótica do Oto Aldeota, Raphael Bezerra, o recurso permite maior controle sobre estruturas delicadas. “A robótica amplia a precisão dos movimentos e oferece visão detalhada do campo cirúrgico, fatores essenciais para tratar o câncer de próstata com mais segurança e menor risco de sequelas”, explica.
Além dos ganhos técnicos, a adoção da robótica tem contribuído para reduzir barreiras culturais relacionadas à doença. A combinação de acompanhamento especializado, informação qualificada e procedimentos menos invasivos ajuda a incentivar o rastreamento e o tratamento adequado. O Dr. Raphael ressalta que o robô é um instrumento que potencializa o trabalho da equipe médica. “A tecnologia reduz o trauma cirúrgico, o que geralmente resulta em menos dor, menor sangramento e recuperação mais rápida para o paciente”, afirma. 
O crescimento do acesso à cirurgia robótica ocorre em um momento em que especialistas reforçam a urgência da prevenção. A utilização do Da Vinci X na rede hospitalar amplia as possibilidades terapêuticas disponíveis no estado e contribui para que mais homens procurem assistência no momento certo. Segundo o urologista, fortalecer a conscientização sobre o câncer de próstata é tão importante quanto oferecer métodos cirúrgicos avançados. “Informação, rastreamento regular e opções de tratamento adequadas formam um conjunto que impacta diretamente nos desfechos dos pacientes”, conclui.

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