Sessão solene na Assembleia Legislativa homenageou os cinco anos da Cheiro do Pão, do premiado padeiro Brunno Malheiros

A história da Cheiro do Pão, uma padaria delivery que funciona no bairro Papicu, em Fortaleza, e ganhou o mundo pelas mãos do padeiro cearense premiado Brunno Malheiros, foi reconhecida pela Assembleia Legislativa do Ceará. Em sessão solene realizada na última segunda-feira (10), às 9 horas, no Plenário 13 de Maio, ocorreu uma homenagem pelos cinco anos da Cheiro do Pão, estendida à Flávia Araújo Costa (avó paterna de Brunno) e a Joaquim Cabral (sócio da Ferneto). A proposição foi do deputado estadual Pedro Matos.

Neto de dono de padaria (Carlos Malheiros, in memoriam, da Casa Plaza), Brunno teve o privilégio de crescer nesse ambiente e ver o passo a passo da arte de fazer pão. Ao longo do curso de Administração de Empresas pela Universidade Federal do Ceará (UFC), estagiou nas áreas administrativas (recebimento de mercadorias, estoque, compras, financeiro e na loja). Mantendo a paixão pela panificação, fez o primeiro curso na área em 2017, na Levain Escola de Panificação, em São Paulo.

“Foi mágico conhecer a ciência do pão. Matemática, química, física, biologia e muita farinha se misturavam e tive a certeza de que estava no caminho certo. Lá também tive o primeiro contato com fermentação natural e pude entender a raiz da panificação”, recordou Brunno Malheiros.

Após esse pontapé inicial, Brunno fez diversos cursos de aprofundamento na área e começou a vender pães por encomenda, produzidos em casa com uma batedeira emprestada da mãe, Kelly Malheiros. Em 2019, com a ajuda da avó paterna, Flávia Araújo Costa, iniciou a reforma de um pequeno espaço para produzir e entregar um mix maior de pães de fermentação natural. Em 23 de julho de 2020, nasceu a Cheiro do Pão, com duas fornadas por semana e atendimento via WhatsApp e Instagram. Como todo negócio, enfrentou o avanço da pandemia da Covid-19. Mantendo todos os cuidados necessários, as entregas eram feitas pelo próprio Brunno, que produzia os pães, lavava a louça e comprava os insumos. Cada embalagem levava um recadinho de esperança escrito à mão.

Hoje, aos 33 anos, Brunno mantém uma rotina de estudos, o que torna seus produtos diferenciados e carregados de afeto. Também expandiu os negócios com a Escola Cheiro do Pão e consultorias em todo o país. “De lá pra cá, estamos em crescimento constante, com ampliação de dias de funcionamento, horários, canais de atendimento, equipe, mix de produtos e equipamentos. Temos cursos de pães de fermentação natural, pizzas de longa fermentação, viennoiseries e panettones”, explicou o padeiro.

“Mais do que apenas crescer, queremos crescer de maneira sustentável para todos os nossos stakeholders. Crescer com cultura sólida e definida, equipe alinhada aos propósitos do negócio e entregando o mesmo padrão de qualidade de produtos e atendimento aos nossos clientes”, acrescentou Brunno.Atualmente, os panettones de chocolate (eleito o segundo melhor do mundo) e o clássico milanês (quarto melhor do mundo) são os carros-chefe da Cheiro do Pão, reconhecidos na competição Panettone World Championship 2025. O produto mais desejado do momento surgiu ainda no primeiro ano da padaria, como um desafio. Os primeiros estudos foram feitos com amigos da área e, dois anos depois, passaram a ser acompanhados pelo atual técnico de competições, Massimiliano Liberatore, que reside em Barcelona. Os testes e receitas continuam sendo aprimorados constantemente.

Para o deputado estadual Pedro Matos, propositor da homenagem, não há dúvida da contribuição da Cheiro do Pão no desenvolvimento econômico, social e cultural do Estado. “O exemplo de empreendedorismo e dedicação de seu fundador, o jovem empresário cearense Brunno Malheiros, consolidou-se como referência na panificação artesanal de qualidade, com produtos de fermentação natural que unem tradição, inovação e insumos selecionados. A trajetória da empresa revela um caminho marcado por disciplina, estudo e resiliência de seu proprietário.”

“A realização desta sessão solene, portanto, foi uma medida justa e necessária, por reconhecer publicamente a contribuição da Panificadora Cheiro do Pão e de seu fundador, Brunno Malheiros, para a economia criativa, a gastronomia e a promoção da imagem positiva do nosso Estado”, concluiu Pedro Matos.