segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

“Você sabia que a dirigibilidade dos aviões foi uma ideia de um paraense?” afirma Michel Pinho ao revelar legado de Júlio Cesar Ribeiro no Biodiversa Podcast

Você sabia que uma das ideias que deram origem à dirigibilidade dos aviões nasceu em Belém? Essa e outras histórias pouco conhecidas da Amazônia são reveladas no novo episódio do Biodiversa Podcast, que recebe o professor e historiador Michel Pinho para um bate-papo repleto de curiosidades sobre a capital paraense, educação e memória histórica.
Já disponível nas plataformas digitais, o 3º episódio do Biodiversa Podcast, apresentado por Poliana Bentes e Nelia Ruffeil, mergulha em narrativas que conectam Belém a personagens decisivos da história do Brasil. Em entrevista, Michel Pinho destaca que a dirigibilidade dos aviões tem origem na observação científica do paraense Júlio Cesar Ribeiro, contrariando versões difundidas pela história oficial. Assista o episódio completo: https://youtu.be/1tDMrNL2qCQ?feature=shared
Durante a conversa, o historiador explica que Júlio Cesar, professor do antigo Liceu Paraense (atual Colégio Paes de Carvalho), teve atuação relevante na Guerra do Paraguai. À época, ele sugeriu ao imperador Dom Pedro II o uso de um balão meteorológico para observar o posicionamento das tropas inimigas, estratégia considerada decisiva para vitórias importantes do Exército brasileiro.
De volta a Belém, Júlio Cesar passou a
observar o voo dos urubus no entorno do Ver-o-Peso. A partir dessa análise, concluiu que a sustentação das aves estava relacionada à inclinação das asas, princípio fundamental para a dirigibilidade aérea. O projeto foi financiado pelo imperador, mas, após falhas técnicas em um teste realizado em frente à Igreja da Sé, a ideia acabou sendo enviada para Paris. Meses depois, segundo Pinho, um oficial do Exército francês se apropriou do conceito e o apresentou ao mundo como inovação europeia.
O episódio também resgata histórias emblemáticas da cidade, como a origem do nome da rua Maria Aguiar, no bairro do Marco. Michel Pinho relembra que a via homenageia uma mãe de santo que mantinha um terreiro no local e que, nas décadas passadas, chegou a receber governadores em rituais afro-brasileiros.
Além das narrativas históricas, o entrevistado fala sobre educação, memória e como passou a utilizar as redes sociais como ferramenta para democratizar o conhecimento histórico e aproximar o público das histórias da Amazônia.
Com linguagem acessível, o episódio destaca a proposta do Biodiversa Podcast de valorizar saberes amazônicos e revelar fatos surpreendentes que ajudam a compreender a importância da região na construção do Brasil.

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