"Natal Luz" oferece a portadores de autismo espaço assertivo para experiência natalina memorável

De acordo com a médica e influenciadora Leticia Alves, cabines especiais devem servir como exemplo para organizadores de grandes eventos

Em sua edição comemorativa de 40 anos de história, o “Natal Luz” conquista não somente os aplausos, mas principalmente milhares de olhares penetrantes de turistas que escolhem como destino a  cidade de Gramado, no Rio Grande do Sul, para aproveitarem as atrações que simbolizam a magia e a tradição natalina.

Pela primeira vez no destino, a médica veterinária e influenciadora Leticia Alves, juntamente, com seus dois filhos Theo e Benicio, aproveita para registrar na memória, momentos que passarão a ser inesquecíveis em suas vidas. Ela, diagnosticada com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) e, eles, diagnosticados com TEA, acompanharam a apresentação do desfile “A Grande Parada do Natal”, diretamente, de uma cabine de baixo estímulo sensorial.

“Simplesmente maravilhoso. Um projeto que mostra e ensina o que é empatia. Trata-se de uma cabine fechada com vidros para abafar o som, com ar condicionado e cadeiras acolchoadas, sendo direcionadas para as pessoas portadoras de TEA. Também importante é que o espaço, uma espécie de container, contava com lotação máxima, muito conforto e segurança. E, ainda, um espaço para que as crianças possam pular, caso se sintam agitadas”, explica bastante emocionada a influenciadora.

Para Leticia Alves, todos os eventos deveriam ter esse tipo de estrutura e pensamento. “E isso, jamais por oferecer um tipo de tratamento melhor em relação aos outros, mas sobre um tratamento humano, que oferece segurança em um ambiente novo e com muitos estímulos”, complementa.

Com temporada iniciada em outubro passado, a edição de 2025 se estendenderá até o dia 18 de janeiro de 2026, com atrações pagas e gratuitas. O Natal é a época mais mágica do ano, que nos traz de volta o desejo de sonhar, o sentimento da criança adormecida que acredita que pode realizar tudo. E diante desse momento, desejo que mesmo com todas as dificuldades que os diagnósticos que  impõem, as pessoas sigam sonhando e realizando seus sonhos. Que sigam acreditando que é possível”, finaliza a influenciadora.