quinta-feira, 2 de outubro de 2025

Novos filmes cearenses chegam na Siará+, a plataforma de streaming cearense

Com atualização semanal prevista até dezembro de 2025, o público já pode conferir as novidades a partir desta quinta-feira (2) cinco novos títulos disponíveis.

A plataforma de streaming Siará+, iniciativa do Governo do Ceará por meio da Secretaria da Cultura (Secult Ceará), inicia uma nova etapa de expansão do seu catálogo, com a estreia de cinco filmes cearenses inéditos. A ação marca o começo de uma programação contínua que prevê a disponibilização de 150 títulos até o fim de 2025.
A proposta é lançar, sempre às quintas-feiras, produções que representem a diversidade estética, temática e territorial do audiovisual cearense. Cada obra será incorporada a uma das coleções curatoriais da plataforma, que organizam o acervo em eixos temáticos.
Nesta quinta-feira (02), novos títulos chegam ao catálogo do serviço de streaming, ampliando as coleções com obras de diferentes linguagens e olhares. São eles: “Os Pobres Diabos”, de Rosemberg Cariry; “Tereza e Bruno”, de Rosane Gurgel; “Memórias da Chuva”, de Wolney Oliveira; “Virar Mar”, de Danilo Carvalho e Philipp Hartmann; e “Vailamideus”, de Ticiana Augusto Lima.

SAIBA MAIS SOBRE AS CINCO NOVIDADES DISPONÍVEIS A PARTIR DE HOJE NA SIARÁ+
“Os Pobres Diabos”, de Rosemberg Cariry, integra a Coleção: Patrimônio, História e Consciência Social. A trama acompanha as viagens do Gran Circo Teatro Americano pelo sertão nordestino e, na cidade de Aracati, a montagem de uma peça sobre a crise no inferno. “Tereza e Bruno”, de Rosane Gurgel, passa a compor a Coleção: Corpo, Cotidiano e Gênero. O filme retrata a relação entre mãe e filho, marcada por afeto, silêncio, memórias e cuidados. 
Já “Memórias da Chuva”, de Wolney Oliveira, chega à Coleção: Memória e Identidade Cearense. O documentário acompanha a população de Jaguaribara, no interior do Ceará, obrigada a abandonar sua cidade para dar lugar à construção do açude Castanhão.
“Virar Mar”, de Danilo Carvalho e Philipp Hartmann, entra na Coleção: Ruralidades e Sertões Urbanos. O filme se apresenta como um ensaio entre documentário e ficção, tendo a água como metáfora física e metafísica da existência humana. E “Vailamideus”, de Ticiana Augusto Lima, passa a integrar a Coleção: Experimentações Visuais e Narrativas, trazendo um recorte íntimo em torno de uma festa em família.

CONFIRA O QUE ENTROU NO CATÁLOGO EM SETEMBRO
Na quinta (18), o serviço de streaming recebeu a adição dos filmes “Sebastiana”, de Cláudio Martins; “Estrada para Ythaca”, de Guto Parente, Luiz Pretti, Pedro Diógenes e Ricardo Pretti; “Sábado à Noite”, de Ivo Lopes Araújo; e “Tremor Iê”, de Elena Meirelles e Lívia de Paiva. Já na semana posterior (25), foram incluídas as produções “Pajeú”, de Pedro Diógenes; “Abissal”, de Arthur Leite; “Fortaleza Hotel”, de Armando Praça; “Linhas e Espirais”, de Diego Ekel; e “O Silêncio do Mundo”, de Bárbara Cariry.
“Sebastiana”, de Cláudio Martins, faz parte da Coleção: Ruralidades e Sertões Urbanos. Animação premiada baseada em conto de Socorro Acioli, traz a história de uma menina com dons misteriosos que transforma o cotidiano de uma comunidade sertaneja marcada pela seca.
“Estrada para Ythaca”, de Guto Parente, Luiz Pretti, Pedro Diógenes e Ricardo Pretti, foi incluída na Coleção: Experimentações Visuais e Narrativas. O filme traz a trama de quatro amigos que viajam em busca de um lugar simbólico após a morte de um quinto amigo. É um road movie poético e existencial, marco da geração Alumbramento.
“Sábado à Noite”, de Ivo Lopes Araújo também é uma novidade na Coleção: Experimentações Visuais e Narrativas. Retrato sensorial de Fortaleza durante uma noite de sábado, a obra acompanha deslocamentos e pausas de pessoas comuns em atmosfera contemplativa.
Já “Tremor Iê”, de Elena Meirelles e Lívia de Paiva é a nova adição à Coleção: Corpo, Cotidiano e Gênero. Em um Brasil distópico após um golpe autoritário, duas jovens planejam uma ação radical para libertar presas políticas. É uma ficção especulativa com forte teor político e feminista. “Oceano”, de Amanda Pontes e Michelline Helena, fará parte da Coleção: Ruralidades e Sertões Urbanos, com um olhar poético sobre ancestralidade e os vínculos entre natureza e afeto, com narrativa centrada no corpo feminino e no fluxo da água.
“Pajeú”, de Pedro Diógenes, está na Coleção: Corpo, Cotidiano e Gênero. Misturando realismo e fantasia, o filme acompanha a travessia de uma mulher em crise, atormentada por vozes, delírios e aparições. É uma jornada psíquica pelas ruas de Fortaleza, onde as fronteiras entre o visível e o invisível se diluem. Destaque na Mostra de Tiradentes, afirma uma linguagem experimental e inquieta.
Já “Abissal”, de Arthur Leite, entra na Coleção: Experimentações Visuais e Narrativas. Partindo do projeto de pesquisar a vida de um avô que nunca conheceu, o cineasta cearense mergulha na própria história familiar e, ao longo da investigação, descobre que o verdadeiro foco é sua avó, Rosa. 
“Fortaleza Hotel”, de Armando Praça, também é uma novidade na Coleção: Corpo, Cotidiano e Gênero. O longa acompanha Pilar, uma jovem camareira que sonha em recomeçar a vida em Dublin, mas que tem seus planos atravessados ao conhecer Shin, hóspede sul-coreana que veio ao Brasil buscar o corpo do falecido marido. 
Na Coleção: Experimentações Visuais e Narrativas, entra “Linhas e Espirais”, de Diego Ekel. Entre o gesto artesanal e o movimento do tempo, o curta reflete sobre marcas da memória e sobre os padrões que estruturam a vida. Em um trabalho meticuloso de imagens e sons, o cinema se aproxima das artes visuais como forma de pensamento sensível.
“O Silêncio do Mundo”, de Bárbara Cariry, passa a compor a Coleção: Ruralidades e Sertões Urbanos. Em paisagens de quietude e contemplação, o filme propõe uma escuta profunda do invisível, onde o silêncio se transforma em linguagem e a alteridade em caminho de descoberta e afeto.

Siará+ em expansão
Com essa iniciativa, a Siará+ reafirma seu compromisso de fortalecer o acesso ao audiovisual cearense, valorizando produções autorais, múltiplas linguagens e a pluralidade de olhares que compõem o cinema feito no Ceará. Ela segue como uma ferramenta de democratização, facilitando o caminho do grande público aos filmes feitos por cearenses ou no Ceará. Além de preservar a memória, incentivar a formação de público e celebrar a diversidade cultural do estado.
A cada semana, novos títulos serão incorporados às coleções já existentes, como Ruralidades e Sertões Urbanos, Corpo, Cotidiano e Gênero e Experimentações Visuais e Narrativas.
Essa política de valorização do audiovisual cearense é uma ação do Governo ddo Ceará, por meio da Secretaria da Cultura (Secult Ceará), em parceria com o Instituto Dragão do Mar. A gestão da plataforma é compartilhada com o Cineteatro São Luiz e a curadoria, catalogação e difusão ficam a cargo do Núcleo de Acervo e Difusão Audiovisual do Cineteatro São Luiz.

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