domingo, 30 de novembro de 2025

La Bella Italia oferece experiências gastronômicas exclusivas para o Natal e o Réveillon de 2026

Com a aproximação das festas de fim de ano, os principais restaurantes de Fortaleza já estão abrindo suas agendas para as ceias de Natal e Réveillon 2026. Um dos destaques é o La Bella Italia, referência em culinária italiana autêntica na capital cearense, que anuncia os detalhes de suas reservas para as noites comemorativas.

Localizado na Av. Almirante Barroso, o restaurante funcionará nas duas datas com o seu cardápio completo, mantendo a excelência de seus pratos, com a única exceção da indisponibilidade de pizzas. Para a celebração do Natal 2025, a reserva por pessoa será de R$ 200,00, acrescida da taxa de serviço (10%). O valor de R$ 200,00 será revertido integralmente em consumação no restaurante. A reserva só será confirmada mediante o pagamento antecipado do valor integral por pessoa.

Já para a virada do ano no Réveillon 2025, o custo da reserva por pessoa será de R$ 300,00, mais a taxa de serviço (10%). O valor de R$ 300,00 será revertido totalmente em consumação. A reserva também será confirmada somente com o pagamento antecipado do valor integral. Em ambas as datas, crianças de até 10 anos não precisam de reserva com pagamento antecipado. 

O fundador do La Bella Italia, Luca Lunghi, ressalta a importância dessas datas e a tradição do restaurante em sediar momentos de celebração e afeto familiar: "Natal e Réveillon são datas importantes para a cultura italiana, momentos em que a família se reúne em torno de uma mesa farta e com pratos tradicionais. No La Bella Italia, nos dedicamos a manter essa tradição viva, oferecendo a Fortaleza não apenas uma ceia, mas uma verdadeira celebração de união e bons desejos para o novo ciclo" afirma. 

Restaurantes de Fortaleza destacam gastronomia italiana na Semana da Cozinha Italiana no Mundo

Programação vai até dia 3 de dezembro 

A Semana da Cozinha Italiana no Mundo (SCIM) transforma Fortaleza em um vibrante centro de sabores e tradições italianas. O evento celebra a gastronomia como patrimônio cultural, contando com uma programação intensa e diversificada que mobiliza mais de 30 restaurantes na capital cearense. Essa ampla adesão reforça a importância da SCIM para a cultura e a economia local.

A participação maciça reflete a paixão local pela vera cucina italiana. Vittorio Ghia, Cônsul Honorário da Itália em Fortaleza, afirma: "A SCIM é uma ponte cultural, e a adesão dos restaurantes reflete o entusiasmo e o respeito do cearense pela nossa herança gastronômica." Durante o evento, cada casa apresenta pratos exclusivos, mesclando tradição, técnica e paixão pela culinária.

Diversos estabelecimentos destacam-se com criações para a SCIM. O Alba Cucina é um dos focos, apresentando um menu especial que inclui o sofisticado Pappardelle “Ode al Tartufo” e o tradicional Cuore Toscano. O restaurante Ancora Gastronomia também participa com a releitura do clássico romano Rigatoni Alla Vaccinara.

Outro destaque da programação é o Cantinho da Sardenha, que explora a culinária do mar com o Menu Sardegna nel Cuore. Este menu especial inclui o Polpo Grelhado e o Spaghetti vongole. Essa variedade garante ao público uma imersão completa nas diversas tradições regionais da Itália, mostrando a riqueza da cena gastronômica local.

A SCIM oferece uma experiência completa, com opções que vão do Risoto Alla Monzese no Armonia Lounge & Restaurant ao coquetel OSSOBUCO do OITI Gastrobar. Essa celebração valoriza os chefs e o uso de produtos de qualidade. A Semana da Cozinha Italiana no Mundo em Fortaleza consolida-se como um evento importante do calendário local, unindo a arte culinária italiana ao acolhimento cearense. 

Serviço: Semana da Cozinha Italiana no Mundo

Data: Até 3 de dezembro

Lista completa de restaurantes participantes e programação: https://www.instagram.com/scimfortaleza?igsh=bXdiYjJpNDdhaG51

Headliner do Monsters of Rock, Guns N’ Roses amplia turnê pelo Brasil

O Guns N’ Roses anuncia uma nova etapa da turnê “Because What You Want and What You Get Are Two Completely Different Things” no Brasil. Além de se apresentar no Monsters of Rock, no dia 4 de abril, no Allianz Parque, a banda confirmou mais oito shows em abril de 2026: 1/4, no Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre; 7/4, no Centro Regional de Eventos, em São José do Rio Preto; 10/4, no Engenhão, no Rio de Janeiro; 12/4, no Estádio Estadual Kleber José de Andrade, em Vitória; 15/4, na Arena Fonte Nova, em Salvador; 18/4, na Arena Castelão, em Fortaleza; 21/4, no Estádio Governador João Castelo (Castelão), em São Luís; e 25/4, no Estádio Olímpico do Pará (Mangueirão), em Belém.
O novo giro pelo país é resultado do estrondoso sucesso de público e crítica registrado neste ano, quando a banda lotou estádios, quebrou recordes e mobilizou fãs de todas as regiões do Brasil pedindo novas apresentações.
Com Axl Rose, Slash e Duff McKagan em plena forma, o Guns N’ Roses retorna ao Brasil com um repertório repleto de hinos atemporais — como Sweet Child O’ Mine, Welcome to the Jungle, Paradise City e November Rain — em uma performance explosiva que promete repetir — e superar — a energia que conquistou o público brasileiro.
Mais informações sobre vendas de ingressos para os shows do Guns N’ Roses serão divulgadas em breve pelos canais oficiais.
Os ingressos para o Monsters of Rock, que também contará com Lynyrd Skynyrd, Extreme e Halestorm, estão à venda exclusivamente pelo site Eventim. Em breve, mais atrações serão anunciadas.
Guns N' Roses é uma lenda em plena atividade. É a banda americana mais dinâmica, impactante e definitiva da história do rock. Enraizada na cultura do rock, "Appetite for Destruction" (1987) é uma obra-prima, certificada com disco de diamante, e entrou para a história como "o álbum de estreia mais vendido da história dos EUA" e "o 11° álbum mais vendido de todos os tempos nos Estados Unidos". Já a turnê Not In This Lifetime... (2016-2019) ficou classificada como "a 4ª turnê mais lucrativa de todos os tempos".
Em 1991, o Guns N' Roses sacudiu o mundo com o potente combo dos álbuns “Use Your Illusion I” e “Use Your Illusion II” (7x platina), que conquistaram imediatamente os dois primeiros lugares da Billboard 200. Com vendas totais de 100 milhões de cópias até hoje, seu catálogo ainda inclui: “G N' R Lies” (5x platina), “The Spaghetti Incident?” (platina), “Greatest Hits” (5x platina) e “Chinese Democracy” (platina).
Site oficial: https://mercuryconcerts.com/
Redes Sociais: @monstersofrockbr @mercuryconcerts

SERVIÇO:
MONSTERS OF ROCK
Cidade: São Paulo
Data: 04 de abril de 2026
Local: Allianz Parque – Avenida Francisco Matarazzo, 1705 – Água Branca - São Paulo
Portas: 10h
Início dos Shows: a confirmar
Atrações Confirmadas: Guns N´ Roses, Lynyrd Skynyrd, Extreme e Halestorm
Mais atrações serão confirmadas em breve
Classificação Etária: 14 (quatorze) anos desacompanhados. Menores de 14 (quatorze) anos poderão comparecer ao evento desde que acompanhados dos pais e/ou responsáveis legais. Informação sujeita à alteração, conforme decisão judicial.
Mais informações em http://monstersofrock.com.br

sábado, 29 de novembro de 2025

Meses após viver personagem com câncer em filme, atriz Dani Gondim recebe diagnóstico da doença

A atriz cearense Dani Gondim revelou, neste sábado (29), que está enfrentando um linfoma. A notícia foi compartilhada em uma rede social, acompanhada de um vídeo no qual ela aparece raspando o cabelo, gesto que marca o início do seu tratamento com quimioterapia.
Dani ganhou destaque no início do ano ao interpretar Marina Alves, jornalista diagnosticada com a mesma doença, no filme Milagre do Destino, lançado em fevereiro. “Sempre soube que a arte poderia imitar a vida, mas nunca imaginei que minha vida acabaria espelhando tão diretamente um personagem que interpretei”, escreveu.

Segundo a atriz, foi há cerca de um ano que recebeu o convite para dar vida à repórter Marina, cuja trajetória contra o câncer inspirou o longa. Após a estreia, Dani também participou de uma campanha nacional, em março, para incentivar doação de sangue e de medula óssea.
“Meses depois, a luta que levei para as telas chegou até mim. Hoje, tenho meu próprio câncer para enfrentar”, relatou.

Ela contou que está passando por sessões intensas de quimioterapia, responsáveis pela queda do cabelo. Apesar da dificuldade do processo, destacou a importância do apoio da família. “Não queria estar passando por isso, mas sou profundamente grata pela vida que tenho e pelo amor que me sustenta”, afirmou.
História real que inspirou o filme
O longa Milagre do Destino, disponível no Globoplay, é baseado na trajetória da repórter Marina Alves, da TV Verdes Mares. Marina foi diagnosticada, em agosto de 2021, com um linfoma linfoblástico de células T, tipo agressivo de câncer que compromete o sistema imunológico. Iniciou rapidamente o tratamento e, semanas depois, descobriu a necessidade de um transplante de medula.

A jornalista acreditava ser filha única, o que dificultava encontrar um doador compatível. Porém, aos 33 anos, soube da existência de Lumara, irmã por parte de pai — relação que já havia se iniciado de forma virtual, antes mesmo do diagnóstico, quando as duas notaram semelhanças físicas. O reencontro aconteceu no hospital onde Marina estava internada, local em que Lumara trabalhava no banco de sangue.
O filme é protagonizado por Dani Gondim e Rhaisa Batista, com direção de Alexandre Klemperer e produção da TV Verdes Mares.

A magia do Natal já contagia as ruas de Caucaia e Fortaleza com a circulação do ônibus iluminado da Empresa Vitória

Pelo 11º ano consecutivo, a Empresa Vitória leva a magia do Natal pelas ruas de Caucaia e Fortaleza (CE). Nestes meses de novembro e dezembro, os motoristas Valdinez Batista Braga, Thiago das Chagas Rosa, Alan da Silva Soares, Francisco Antônio Freitas e Francisco Carlos Oliveira do Nascimento trocam o uniforme de trabalho pelo traje típico vermelho do Papai Noel, com destaque para os punhos, gola e a barra da calça em pelúcia branca e macia, imitando a neve ou o pelo dos animais do Ártico. E não pode faltar o cinto largo com fivela, botas pretas e o gorro vermelho com pompom na cabeça. Se não tiver a barba natural branca e longa, uma improvisação ajuda a manter vivo o encanto das crianças e até dos adultos. Na direção, eles percorrem várias ruas nas regiões atendidas pela empresa com o ônibus iluminado.
A ação é um dos momentos mais esperados até pelos colaboradores da Empresa Vitória, que também têm a oportunidade de proporcionar esse encanto para os seus familiares. Conforme explicou o coordenador de Marketing, Rafael Caúla, a ideia é que ninguém fique de fora desse momento tão aguardado. “Os colaboradores são envolvidos já na montagem e decoração do ônibus. Depois, os motoristas se vestem de Papai Noel. Temos os familiares dos colaboradores fazendo uma viagem no tempo, resgatando memórias deste período de celebrações. Estudantes e crianças assistidas por instituições de Caucaia também vivenciam essa magia. É uma oportunidade de aprofundar os laços com a comunidade local, que foi a primeira a ser assistida por essa ação, já que no início o ônibus iluminado circulava somente com o Papai Noel. Esse é o momento de espalharmos alegria”, explica Rafael.
Até o dia 23 de dezembro, estão previstos pelo menos 41 passeios no ônibus iluminado com os colaboradores da Empresa Vitória e seus familiares, estudantes e crianças de várias instituições de Caucaia, a exemplo do Colégio Santos, SESC Caucaia, Escola de Campeões, Lions Club, Provic, Creche Sonho Infantil II e III, Nedi Arco Íris, Natal de Luz, do Shopping Iandê e do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus), entre outros. Já as linhas convencionais que transportam os passageiros também entrarão no clima de Natal em algum momento neste mês de dezembro. O ônibus iluminado roda sempre de segunda-feira até sábado, a partir das 18 horas.
“Ser motorista é a minha profissão, mas, nesta época do ano, vira uma missão mágica. Quando eu visto essa roupa de Papai Noel e me sento ao volante do ônibus iluminado, algo muda. Não é mais apenas sobre transportar pessoas. É sobre ver o rostinho das crianças sorrindo quando a gente passa pelos bairros. É ver o trabalhador cansado abrindo um sorriso quando vê o ônibus. Eu rodo por essas ruas de Caucaia e Fortaleza o ano inteiro, mas nesse período natalino a cidade parece ter outra luz. O melhor presente que eu ganho? É o aceno e o sorriso sincero das pessoas”
Alan da Silva Soares (motorista na Empresa Vitória)
Conforme explicou o diretor-executivo da Vitória, Luís Guimarães, a empresa é movida por gente e eles são o coração de ações importantes como a do ônibus iluminado. “Nosso propósito é impactar positivamente a vida das pessoas, buscando constantemente excelência, inovação e sustentabilidade naquilo que fazemos”. E neste ano, cada ação se torna ainda mais especial, pois a Empresa Vitória está na contagem regressiva para a celebração dos seus 70 anos, que serão completados no dia 28 de setembro de 2026. O ônibus iluminado faz parte dessa história e trajetória do serviço de transporte público urbano nos municípios de Caucaia, Fortaleza e Região Metropolitana Oeste.

Cartinhas de Natal
Crianças de Caucaia, com idade entre cinco e 10 anos, tiveram a oportunidade de participar da primeira edição da campanha “Cartinhas de Natal”. A ideia foi incentivar os pequenos a contarem uma história legal com a empresa e o ônibus iluminado. Os autores das cartinhas sorteadas, junto com um acompanhante cada, terão a oportunidade de fazer um passeio nesse transporte e visitar a sede da Empresa Vitória. A data prevista para o passeio é no dia 15 de dezembro. 

Serviço: 
Empresa Vitória
Endereço: Avenida Dom Almeida Lustosa, 339, Parque Albano, Caucaia/CE 
Site: www.empresavitoria.com.br
Instagram: @empvitoria

Novembro: mês mundial de prevenção de lesões por pressão

Sinais de ressecamento, rachaduras, eritema, fragilidade, calor e escurecimento merecem atenção e cuidados por parte da população. Estamos falando sobre um problema de saúde pública com alta prevalência nos hospitais e também nos serviços de atenção domiciliar: lesões por pressão, que neste mês de novembro ganha destaque por meio de campanhas de conscientização. 
É uma oportunidade imprescindível para falar sobre esse agravo, que pode ser evitado com cuidados adequados. Afinal, no período entre os anos de 2014 e 2022, segundo dados do Relatório Nacional de Incidentes relacionados à Saúde, as lesões por pressão foram o segundo tipo de atendimento mais frequente nos serviços de saúde no país, totalizando 223.378 notificações. 
As lesões por pressão são feridas causadas pela interrupção da circulação sanguínea devido à pressão prolongada sobre a pele, geralmente em áreas ósseas como sacro, calcanhares e cotovelos. Elas são mais comuns em pessoas acamadas, com mobilidade reduzida ou internadas por longos períodos.
A prevenção é sempre o melhor caminho. Medidas simples, como mudanças de posição, hidratação da pele, uso de superfícies de alívio de pressão e vigilância constante, fazem toda a diferença. Mas é fundamental destacar o papel do enfermeiro estomaterapeuta e enfermeiro dermatológico, profissionais especializados no cuidado com feridas, estomias e incontinências. 
Cabe a nós, orientar, avaliar riscos e conduzir o plano de prevenção com base em evidências científicas. Entre as estratégias preventivas mais eficazes está o uso de curativos multicamadas. Referência no assunto, a DNE Diagnósticos Nordeste representa o Proximel e o Zetuvit, curativos que distribuem melhor a pressão, reduzem o atrito e o cisalhamento, regulam o microclima, mantendo a integridade da pele e protegendo as áreas de maior risco. Prevenir é cuidar com ciência, sensibilidade e compromisso. 

Rafaela Ferreira
Enfermeira Dermatológica

sexta-feira, 28 de novembro de 2025

No Náutico Atlético Cearense, Edgel estreia o projeto “Ensaio do Futuro”

Com 15 atrações no dia 20 de dezembro, jornalista, empresário, influenciador e produtor cultural celebra reposicionamento de imagem e retoma grandes eventos após encerrar ciclo de A Mulher do Futuro

Há momentos em que uma cidade pede rituais capazes de reorganizar sensibilidades e renovar olhares. O Ensaio do Futuro surge nesse espírito: não apenas um evento, mas uma síntese artística que transforma música, encontros e presenças em narrativa. No dia 20 de dezembro, o Náutico Atlético Cearense recebe quinze atrações para ocupar o clube das 16h à 1h, numa celebração extensa que traduz o novo tempo de Edgel e marca a retomada de sua agenda de grandes produções.
O retorno ao Náutico acontece dois anos depois do Arraiá do Futuro, realizado em 2023 no mesmo endereço, agora sob outra perspectiva. O produtor viveu um período de reavaliação criativa que resultou em amadurecimento e redirecionamento estético. “Depois de revisar passos e intenções, senti necessidade de construir algo que representasse reinício e, ao mesmo tempo, celebração. O Ensaio do Futuro nasce disso: uma afirmação do que quero fazer agora, com técnica, verdade e desejo real de surpreender”, explica Edgel, em tom de manifesto.
A recente decisão de aposentar a personagem A Mulher do Futuro e assumir o próprio nome como marca repercutiu amplamente. No vídeo divulgado como carta aberta, o criador afirmou que não vive processo de transição, mas sim de reorganização artística. “Não estou em transição; essa dúvida não existe. Percebi que usar a ideia de ‘mulher’ apenas como artifício já não correspondia ao que eu sou. Com ‘Edgel’, que é um nome agênero, posso circular por expressões diferentes quando quiser e criar projetos que revelem outras camadas minhas em 2026”, afirma.
O Ensaio do Futuro aposta na diversidade sonora como força dramatúrgica do evento. A programação começa com o Bloco Pagode/Samba, conduzido pela energia da Unidos da Cachorra e da Banda Sousete. O Bloco Forró leva ao palco a presença de Laninha Show, reafirmando vínculos com a cultura regional. As participações de Brendynha, Laura Nogueira, Xandynho, Jessik e Vanessa, a Cantora, ampliam o alcance afetivo da noite. No Bloco Funk, Gabivic assume a linha de frente, enquanto os DJs Luiz Neto, Igor Wolf, Carly, Carina e Matheus Sales costuram as transições musicais e mantêm o ritmo vivo até a madrugada.
A escolha do Náutico como cenário funciona como gesto simbólico e reposicionamento histórico. O espaço faz parte da trajetória do produtor e reaparece agora sob a luz de um novo projeto, alinhado a uma política de valorização da cena local e da economia criativa do Ceará. Edgel reforça que sua intenção é potencializar o que já existe de pulsante na cidade. “Quero dar visibilidade ao que nasce aqui. Não me interessa repetir modelos importados; quero fortalecer artistas, microinfluenciadores e criadores que compartilham dessa mesma energia. No dia 20, o Náutico será território de festa, afeto e descoberta”, afirma.
Mais que uma noite de música, o Ensaio do Futuro opera como um rito de afirmação cultural — um espaço onde trajetórias se reorganizam, novas leituras se abrem e a festa volta a ocupar o lugar de potência que sempre teve.

SOBRE EDGEL
Edgel Joseph é jornalista, produtor cultural e empresário, reconhecido na cena artística e LGBTQIA+ de Fortaleza. Formado pela Universidade Federal do Ceará, iniciou a carreira como performer há mais de dez anos e ganhou destaque com a persona A Mulher do Futuro, que o projetou no circuito de festas e eventos. Ao longo da trajetória, criou a Revista Com Estilo, o Kósmika Club e produziu eventos que reuniram nomes nacionais e artistas cearenses. Em 2024 e 2025, assumiu o próprio nome como marca e inaugurou uma fase mais ampla e madura, alinhada ao trabalho que hoje desenvolve na economia criativa do estado.

SERVIÇO:
Evento: Ensaio do Futuro
Data: 20 de dezembro de 2025
Local: Náutico Atlético Cearense
Horário: das 16h à 1h
Atrações: Bloco Pagode/Samba (Unidos da Cachorra, Banda Sousete); Bloco Forró (Laninha Show); Bloco Funk (Gabivic); Participações (Brendynha, Laura Nogueira, Xandynho, Jessik, Vanessa, a Cantora); DJs Luiz Neto, Igor Wolf, Carly, Carina e Matheus Sales
Ingressos: disponíveis nas plataformas oficiais
Classificação: 18 anos

Além da TV Ceará, programa "Atualizando", com Missilene Xavier, será exibido pela Rede Gazeta em outros estados

O “Programa Atualizando” sempre teve como bandeira a celebração da cultura, estilo de vida, turismo, moda, gastronomia e música — produzindo conteúdo com identidade nordestina e olhar para o cotidiano do Ceará e região. Sua estreia na TV Ceará, em janeiro de 2024, comandada pela jornalista Missilene Xavier, foi recebida com entusiasmo: o formato propôs mostrar “nossa gente, novas histórias e cidades do Ceará”, com a ambição de “rodar todo o estado” — valorizando as belezas, sabores e vivências locais. 

Agora, com a chegada simultânea à Rede Gazeta Brasil, o programa conquista um salto de escala: deixa de ser apenas regional para ganhar projeção nacional, alcançando espectadores além das fronteiras do Ceará. Essa decisão demonstra ambição e sensibilidade — pois preserva a essência do “Atualizando” (suas raízes, sotaques, cultura regional), ao mesmo tempo em que abre espaço para dar voz a públicos de diferentes estados. O resultado, se bem aproveitado, pode ser um fortalecimento da representatividade regional na TV nacional.

Missilene Xavier: identidade, talento e carisma à frente do programa
Missilene tem uma trajetória que ajuda a explicar o sucesso do “Atualizando”. Antes dessa atração, ela apresentou o programa “Na moda com a Missilene”, pela TV Band Maranhão. Depois, foi convidada para a TV Band Ceará — e a partir dessa experiência, surgiu a ideia do Atualizando. 

Em mais de uma ocasião, ela já declarou o seu compromisso com o programa: “com tanto amor, com tanto carinho”, trazendo alegria, leveza, irreverência.  A mudança recente para uma emissora de maior projeção — mas mantendo o cerne da produção — mostra sua ambição de crescer, sem sacrificar as raízes nem a proximidade com o público. Esse equilíbrio entre autenticidade local e ambição nacional faz de Missilene uma apresentadora ideal para levar o “Atualizando” adiante.

O significado da cobertura simultânea TV Ceará + Rede Gazeta Brasil
A “simultaneidade” da exibição — ou seja, o fato de o programa seguir na TV Ceará e ao mesmo tempo ser veiculado pela Rede Gazeta Brasil — revela um formato inteligente e inclusivo. Em vez de “trocar” uma tela por outra, o “Atualizando” expande sua presença, alcançando mais pessoas sem apagar sua origem.
Isso significa que o público cearense — acostumado ao programa — continua tendo acesso à edição local, enquanto o programa ganha visibilidade nacional. Essa combinação pode aumentar a troca cultural, dar visibilidade a talentos do Ceará, ao mesmo tempo em que aproxima realidades diversas do Brasil.
Além disso, integrar uma rede como a Rede Gazeta — reconhecida historicamente por sua tradição e alcance — dá ao “Atualizando” uma credibilidade extra e a possibilidade de dialogar com públicos variados, cidades e estados diferentes.

Um convite para o Brasil ver o Ceará — e além
O “Atualizando” representa uma ponte real entre o regional e o nacional: ele permite que sotaques, paisagens, histórias e sabores que muitas vezes ficam restritos a um estado sejam vistos e apreciados por todo o país. Isso pode reforçar a diversidade cultural do Brasil, valorizar o Nordeste e estimular o interesse por turismo, música, moda e gastronomia local — tudo com leveza, proximidade e identidade.

Sob a condução de Missilene Xavier, com carisma, empatia e um olhar atento às pessoas, o programa tem tudo para se tornar uma referência de conteúdo plural, diverso e representativo. A decisão de exibição simultânea é um acerto de estratégia: amplia alcance sem abrir mão da essência — algo que merece ser celebrado como um passo importante para a televisão brasileira.

Teatro da Praia recebe nova montagem da Escola de Carri Costa: “Cacos de Família”

Espetáculo reúne elenco da Escola de Teatro Carri Costa em temporada nos dias 29 e 30 de novembro, sábado e domingo

O Teatro da Praia recebe neste fim de semana, dias 29 e 30 de novembro, o espetáculo “Cacos de Família”, nova montagem da Escola de Teatro Carri Costa que apresenta ao público um elenco formado por profissionais e jovens atores em processo de formação: Bruno do Vale, Cátia Cavalcante Henrique Morais, Mateus Silva, Renato Macchiatto, Ruth Campos e Dyego Stefann. As sessões acontecem neste sábado e domingo, às 20h, reforçando a tradição do teatro de revelar novos talentos e fortalecer a produção local.
Dirigido por Carri Costa, “Cacos de Família” é resultado de meses de pesquisa, preparação de elenco, construção cênica e improvisos orientados dentro da Escola de Teatro. A peça trabalha o humor crítico, a agilidade narrativa e situações do cotidiano familiar com a irreverência característica do diretor, que há mais de 30 anos movimenta a cena teatral cearense.
Para Carri Costa, o espetáculo é também um espaço de afirmação artística para os estudantes. “Formar atores é também formar cidadãos criativos, gente que pensa, questiona e transforma. Ver esses alunos ocupando o palco com segurança e inventividade é a maior prova de que o teatro segue vivo, pulsante e necessário”, destaca o diretor.
“Cacos de Família” integra a programação contínua do Teatro da Praia, que mantém uma agenda dedicada a produções autorais, estreias de novos grupos e experimentações da escola. A montagem traz uma narrativa cômica e afetiva, repleta de situações identificáveis, conflitos, exageros e pequenas tragédias da vida cotidiana — sempre interpretadas com intensidade e frescor pelos alunos-atores, e com inspiração no famoso programa de discussões e brigas exibido há anos pelo SBT. Se preparem para rir sem parar nesse fim de semana no Teatro da Praia.

SERVIÇO – Espetáculo “Cacos de Família”
Data: 29 e 30 de novembro (sábado e domingo)
Horários: Sábado e Domingos às 20h
Local: Teatro da Praia – Avenida da Abolição, 2971, Meireles, Fortaleza
Ingresso: À venda antecipadamente e na bilheteria
Classificação: Livre

ELENCO
Bruno do Vale, Cátia Cavalcante Henrique Morais, Mateus Silva, Renato Macchiatto, Dyego Stefann e Ruth Campos.

DIREÇÃO 
Carri Costa 

Fina Casa Cores abre as portas com proposta inédita no Ceará

Grupo Fina Casa inaugura novo empreendimento no Eusébio: Fina Casa Cores amplia atuação do grupo e apresenta conceito inovador em tintas e efeitos especiais

O Grupo Fina Casa inaugurou, na noite desta quinta-feira, 27 de novembro, o seu mais novo empreendimento: Fina Casa Cores, um espaço totalmente dedicado a tintas, texturas, massas, efeitos especiais e soluções completas para pintura residencial e comercial. A nova loja, instalada no Eusébio, ao lado da Fina Casa Revestimentos (Rod. Dep. Joaquim Noronha Mota, 10.300), marca mais um passo da expansão da empresa no mercado de acabamentos e serviços para arquitetura, design e decoração.
Com mais de 180 m², a Fina Casa Cores traz para o segmento de tintas a mesma excelência já reconhecida no atendimento da Fina Casa Revestimentos. O espaço oferece aos profissionais de arquitetura, design de interiores e pintura uma estrutura diferenciada, consultoria técnica especializada e um portfólio completo de soluções, incluindo ferramentas profissionais, linhas premium e tecnologias de última geração.
Um dos grandes destaques da loja é seu status como tinteira oficial da região, termo utilizado no setor para designar lojas credenciadas e equipadas com sistemas profissionais de produção de cores. A Fina Casa Cores conta com tecnologia exclusiva da Suvinil, permitindo a criação de todo o catálogo de tonalidades da marca, com precisão, rapidez e qualidade industrial — um diferencial único no Ceará.
A inauguração reuniu convidados, profissionais e parceiros do mercado, que foram recebidos pelos diretores Solange Lemos e Gerson Ribeiro. Durante a noite, os presentes conheceram o conceito do novo espaço, participaram de demonstrações, brindaram a nova etapa do Grupo Fina Casa e exploraram as novidades em produtos e serviços especializados.
“A Fina Casa Cores nasce para complementar o universo da Fina Casa, trazendo ao nosso público uma experiência completa também no segmento de tintas. É um espaço pensado para inspirar, atender com excelência e facilitar o dia a dia dos profissionais que confiam em nosso trabalho”, destacou Solange Lemos, diretora do grupo, durante o evento.
A Fina Casa Cores já está aberta ao público e preparada para atender clientes finais e profissionais com consultoria personalizada e soluções integradas para projetos de pintura e decoração.

Serviço:
Fina Casa Cores
Rod. Dep. Joaquim Noronha Mota, 10.300 – Eusébio
Instagram: @finacasacores

DesConto de Fadas estreia no Theatro José de Alencar com humor cearense e princesas fora do conto clássico

Espetáculo da Cia Caricatas será apresentado nesta sexta 28 de novembro, às 19h, no Anexo Morro do Ouro

O Theatro José de Alencar recebe, nesta sexta (28), o espetáculo DesConto de Fadas, nova montagem da Cia Caricatas que propõe uma releitura bem-humorada e nada idealizada das tradicionais histórias de princesas. Com estética cearense, improviso e referências ao cotidiano, a peça coloca Cinderela, Branca de Neve, Bela Adormecida e Fiona diante dos desafios da vida adulta — longe dos castelos encantados e muito perto da realidade de um terminal movimentado.
Na trama, o “felizes para sempre” termina no Terminal do Siqueira, onde as protagonistas se reencontram entre confidências, litrões, boletos, trabalhos instáveis e um bar recém-inaugurado que se torna ponto de encontro para revisitar suas próprias histórias. O reencontro, marcado por diálogos rápidos e humor direto, explora crises, frustrações e novas descobertas com uma linguagem popular que provoca identificação imediata.
O enredo ganha novo rumo com a chegada de Rumpelstiltskin, vilão tragicômico que tenta recuperar o protagonismo perdido por meio de um plano de vingança tão exagerado quanto seus próprios traumas. A partir daí, a narrativa se desenrola em um embate cheio de reviravoltas, deboche e situações inesperadas, desmontando de vez os mitos do “era uma vez”.
Com criação coletiva, ritmo acelerado e forte interação com a plateia, DesConto de Fadas faz da amizade, do riso e da coragem as verdadeiras forças que movem suas personagens — questionando finais perfeitos e celebrando histórias que continuam, mesmo quando não seguem o roteiro tradicional.
O elenco reúne Celso Lourenço (ator e diretor), Fábio Nobre(ator), Karoline Tedesco (atriz e produtora), Kayo Fernandes e Régis Pereira, artistas que dão vida à proposta estética e cômica da Cia Caricatas. O grupo, formado por criadores independentes do Ceará, transita entre teatro, humor e produção cultural, desenvolvendo narrativas contemporâneas com comunicação direta e popular.


SERVIÇO — “DesConto de Fadas”
Companhia: Cia Caricatas
Datas: 28 de novembro
Horário: 19h
Local: Theatro José de Alencar – (Morro do Ouro)
Endereço: Rua Liberato Barroso, 525 – Centro, Fortaleza
Elenco: Celso Lourenço, Fábio Nobre, Karoline Tedesco, Kayo Fernandes e Régis Pereira
Direção: Celso Lourenço

Coral Itinerante do Ceará Natal de Luz inicia os primeiros roteiros em Fortaleza neste sábado (29) e domingo (30)

Caminhão irá percorrer ruas e avenidas da capital cearense das 18h às 20h
Crédito: André Lima

O Coral Itinerante do Ceará Natal de Luz dá início neste sábado (29) e domingo (30) aos percursos pela cidade de Fortaleza. Desde 2020, o Coral da Luz conta com sua versão móvel, o Caminhão Itinerante, um veículo decorado que percorre as ruas de Fortaleza de quarta a domingo, das 18h às 20h, levando a magia do Natal a diversos bairros e promovendo a democratização do acesso à cultura.
Neste ano, o projeto realizará 17 roteiros em parceria com a Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC), e contará com a novidade da participação das kombis da Fábrica Fortaleza, formando uma carreata natalina que transforma as ruas em um espetáculo de luz, som e emoção.
O Coral Itinerante é conduzido pelas cantoras e ex-integrantes do Coral da Luz, Esther Fontenelle e Adriane Moreno, e apresenta um repertório que combina clássicos natalinos com algumas canções autorais do maestro Poty Fontenelle, proporcionando uma experiência musical comovente e significativa.

Rotas do fim de semana
No sábado (dia 29), o caminhão partirá do supermercado Frangolândia do bairro Messejana rumo ao Lago Jacarey, no bairro Cidade dos Funcionários. No domingo (dia 30), sairá do Hospital Infantil Alberto Sabin, na Vila União, com destino à Av. L, no bairro Conjunto Prefeito José Walter.
Os percursos foram previamente aprovados pela Autarquia Municipal de Trânsito de Fortaleza (AMC) e contarão com apoio dos agentes do Via Livre, socorristas e policiamento. O caminhão do Coral da Luz seguirá o trajeto em velocidade reduzida para que as pessoas possam ver de perto a apresentação das crianças. 
Todas as datas, horários de saída e trajetos estão no site do Ceará Natal de Luz (www.cearanataldeluz.com.br)

Percursos
29/11: https://maps.app.goo.gl/mtRz9MtvqTeHRE7f6

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Festival Elos e MICBR se unem em edição histórica

Ampla e diversificada programação gratuita formará corredor cultural na Praia de Iracema entre 4 e 7 de dezembro

Consolidado como um dos principais eventos de música e cultura do país, o Festival Elos realiza sua 7ª edição entre os dias 4 e 7 de dezembro, em Fortaleza, com uma novidade que marca sua trajetória: em 2025, o festival será oficialmente apresentado como ELOS MICBR+Iberoamérica, resultado de uma importante parceria com o Mercado das Indústrias Criativas do Brasil (MICBR). A união entre os dois importantes projetos de economia criativa promove a força da cultura como instrumento de desenvolvimento, intercâmbio e inovação.
Com uma programação totalmente gratuita e ampliada, o festival ocupará a Praia de Iracema com uma estrutura distribuída em três palcos: o Palco Elos, principal da Praia; o Palco Aparelhagem, como espaço secundário; e o Palco Acelera MICBR, instalado no Centro Cultural Belchior, que passa a concentrar as apresentações do Elos Acelera e MICBR, com apresentações em formato de shows curtos.
Os palcos chegam para compor um corredor cultural do MICBR+Iberoamérica, que vai do Centro à Praia de Iracema. O evento ocupará importantes espaços culturais de Fortaleza, como o Teatro São José e Centro Cultural Belchior, espaços da Prefeitura de Fortaleza, geridos pela Secretaria Municipal da Cultura (Secultfor) em parceria com o Instituto Cultural Iracema (ICI), e o Centro Dragão do Mar, o Hub Porto Dragão, a Escola Porto Iracema das Artes e a Biblioteca Pública Estadual do Ceará (BECE), espaços do Governo do Ceará, geridos pelo Instituto Dragão do Mar, de forma totalmente aberta e gratuita.
A programação geral do Festival Elos reúne grandes nomes da música popular brasileira e cearense e conta com shows de Iza, Gaby Amarantos, Vanessa da Mata, Otto e Getúlio Abelha, além de uma lista diversificada de atrações que celebram a pluralidade artística do Ceará, com shows de música instrumental e diversos outros gêneros musicais, do jazz ao funk.
O programa Fortaleza Cidade Criativa do Design – Unesco, gerido pela Secultfor em parceria com o ICI, também ganha destaque na programação do Festival Elos com a abertura de uma loja colaborativa que vai reunir produtos de artistas e designers cearenses. A iniciativa reforça o papel da cidade na promoção da cadeia criativa e no estímulo ao empreendedorismo do setor.
Para os idealizadores do festival, a edição ELOS MICBR+Iberoamérica representa um avanço estratégico para a internacionalização e o fortalecimento dos eventos no circuito da economia criativa. “Essa união vem para potencializar os dois eventos em vários níveis. Juntos, vamos ampliar diálogos, criar novas oportunidades para artistas e profissionais do setor e fortalecer o Ceará como um polo criativo no Brasil e no exterior. É uma parceria que nasce do alinhamento de propósitos e da crença no poder transformador da cultura”, afirma Paulo Feitosa, idealizador do Festival Elos.

Serviço:
7ª edição do Festival Elos
4 a 7 de dezembro
Horários diversos
Praia de Iracema (Aterrinho, Teatro São José, Centro Cultural Belchior, Centro Dragão do Mar, o Hub Porto Dragão, a Escola Porto Iracema das Artes e Biblioteca Pública Estadual do Ceará (BECE)
Acesso gratuito e livre
Mais informações: www.festivalelos.com.br/ e @festivalelos

Cleane Fontenele leva Método CEV ao formato presencial em evento no Shopping Del Paseo

O Método CEV em Movimento, evento que visa ensinar profissionais a impulsionar seus negócios por meio da comunicação estratégica, será realizado no dia 29 de novembro, das 8h às 13h, no Cinema do Shopping Del Paseo, em Fortaleza. Esta edição, que marca o início do movimento, tem como público-alvo empreendedores das áreas de saúde e beleza. 
O encontro oferece uma experiência completa de aprendizado, contemplando desde os fundamentos essenciais da comunicação até técnicas de vendas e expansão profissional. Ministrando palestras sobre Marketing Digital, Branding e Inteligência, estão: Cleane Fontenele, mentora e especialista em posicionamento digital; Ramon Pessoa, CEO da R7 Treinamentos e especialista em inteligência comercial; Rebecca Costa, criadora do Branding Voice; e Mariana Sasso, especialista em comunicação e oratória.
“O Método CEV em Movimento é voltado para profissionais que desejam melhorar sua presença no mercado, aumentar resultados e aprender a se posicionar de maneira mais efetiva, seja no ambiente digital ou presencial. Nós queremos que os participantes saiam do evento com repertório, ferramentas práticas e novos contatos, para fortalecer sua jornada empreendedora de maneira estruturada e evolutiva”, explica Cleane Fontenele, idealizadora do evento. 

O Método CEV
O Método CEV — Conteúdo, Estratégia e Vendas — é uma metodologia criada para ajudar profissionais a fortalecerem sua presença digital e se tornarem autoridades no mercado. Seus pilares orientam desde a criação de conteúdo que gera desejo e autoridade até a aplicação de estratégias, ensinando o profissional a entender onde está hoje, o que está travando sua evolução e quais passos devem ser seguidos para prosperar.
Por trás dessa metodologia está Cleane Fontenele, empresária, palestrante e especialista em marketing digital. Com mais de 16 anos de experiência em comunicação e quase 6 milhões de seguidores nas redes sociais, Cleane construiu um ecossistema completo que inclui a ACEV, Assessoria de Comunicação e Marketing, o programa de TV Corpo & Estilo de Vida e o livro “Método CEV: 7 Continentes”. 
Agora, com o projeto “Método CEV em Movimento”, Cleane leva essa transformação para encontros presenciais, criando experiências que integram conhecimento prático, networking e estratégias reais.

Programação
8h às 8h45: Coffee Break e Momento de Networking
9h: Abertura do Evento
9h às 10h30: Palestras com Cleane Fontenele e Rebecca Costa
10h30 às 10h45: Intervalo
10h45 às 12:30: Palestras com Mariana Sasso, Cleane Fontenele e Ramon Pessoa
12:30 às 13h: Encerramento do Evento

SERVIÇO:
Inscrições: https://metodocevemmovimento.cleanefontenele.com 
Data: 29/11 de 8h às 13h
Local: Cinema do Shopping Del Paseo
Instagram: https://www.instagram.com/cleanementora/ 
Contato Time Comercial: (85)98696-9403

quinta-feira, 27 de novembro de 2025

ENTREVISTA: "Eh do Cariri" , a nova imersão cultural de Max Petterson, estreia no YouTube

Série-documental apresenta o Cariri cearense a partir do olhar de sete artistas convidados 

O ator e criador cearense Max Petterson lançou no YouTube a série "Eh do Cariri", dirigida por Andrezza Cruz e realizada pela Wavi, reunindo artistas nacionais em uma imersão pela tradição, memória e espiritualidade do Cariri. Gravado em locais como a Fundação Casa Grande, o ateliê de Espedito Seleiro e a Festa do Pau da Bandeira, o projeto propõe um retrato contemporâneo de uma das regiões culturais mais vibrantes do país.
Em entrevista ao DIVIRTA-CE, Max destaca o impacto da experiência: “Acompanhar as reações deles diante de algo que para mim era cotidiano é especial, porque faz com que eu valorize ainda mais aquilo que sempre esteve ali.”
Gravado entre os dias 30 de maio e 1o de junho de 2025 na região do Cariri cearense, o documentário promoveu uma imersão cultural inédita reunindo sete artistas nacionais — Silvero Pereira, Chandelly Braz, Eva Pacheco, Giovanna Lima, Lucas Pizane, Tiago Abravanel e Morgana Camila — em uma jornada de três dias pelo coração do Cariri.

Durante o percurso, os convidados vivenciaram tradições, visitaram espaços simbólicos e conheceram mestres e projetos que mantêm viva a memória da região. A experiência passou por locais icônicos como a Fundação Casa Grande (Nova Olinda), o ateliê do Mestre Espedito Seleiro, o Museu do Padre Cícero, e culminou nas celebrações da Festa do Pau da Bandeira de Santo Antônio, em Barbalha — um dos maiores eventos populares do Nordeste.
Mais do que um registro documental, “Eh do Cariri” é uma declaração de amor à identidade caririense, revelando as camadas de religiosidade, tradição, arte, música e hospitalidade que fazem da região um dos polos culturais mais ricos do Brasil.
Cada capítulo apresenta um olhar diferente sobre o Cariri — misturando emoção, humor, descoberta e pertencimento —, reforçando o compromisso de Max em trazer visibilidade à cultura do interior do Ceará através de uma linguagem contemporânea, acessível e inspiradora.
Outros trabalhos Formado em Teatro pela Universidade Paris 8, Max viveu uma década em Paris, onde trabalhou em uma boutique de grifes como Chanel e Louis Vuitton. Dessa vivência nasceu um olhar refinado sobre moda e identidade cultural, que hoje se reflete na sua marca Espilicute, referência em criatividade e valorização do Nordeste. Já no audiovisual, ele participou de Bem-vindo a Quixeramobim (Globo Filmes – Melhor Filme de Comédia), Cangaceiro do Futuro (Netflix) e As Aparências Enganam (Disney), além de rodar o país com o espetáculo de stand-up “Assistiu Porque Quis”.
DIVIRTA-CE - Max, você sempre levou o Nordeste para o mundo - seja nas redes, no humor, na moda ou no cinema. Agora, com "Eh do Cariri", você traz o mundo para dentro do Cariri. Em que momento dessa imersão você percebeu que estava não só apresentando a região, mas também reaprendendo o Cariri a partir do olhar dos sete artistas convidados?
MAX PETTERSON - É sempre muito bonito e sempre uma nova reação trazer pessoas novas para um universo que já era meu por natureza. Nós que crescemos naquela cultura, naquela realidade, achamos tudo lindo, gostamos, mas já estamos acostumados. Quando você vê a reação de alguém que está chegando agora, em estado de choque, emocionado... isso muda tudo. No documentário, vocês vão ver a Morgana chorar, o Tiago Abravanel se emocionar com o acolhimento das pessoas. É uma energia muito forte. Acompanhar as reações deles diante de algo que para mim era cotidiano é especial, porque faz com que eu valorize ainda mais aquilo que sempre esteve ali.

DIVIRTA-CE - O documentário atravessa lugares-símbolos como a Fundação Casa Grande e o ateliê do Mestre Espedito Seleiro, ao mesmo tempo em que mergulha na energia coletiva da Festa do Pau da Bandeira. Como você e a diretora Andrezza Cruz trabalharam a narrativa para equilibrar memória, espiritualidade, festa e política cultural sem transformar o Cariri em uma "estética folclorizada"?
MAX PETTERSON - Foi um verdadeiro jogo de cintura. Primeiro porque eu precisei apresentar o Cariri para a Andrezza. Ela é do Rio, talentosíssima, e sabíamos que o olhar dela ia agregar muito e agregou. Mas, no começo, eu precisei fazer um 'Eh do Cariri' só com ela, para que mergulhasse profundamente na nossa energia. Era importante que ela entendesse nossas camadas para conseguirmos transportar isso para a tela. Foi uma imersão gigante para os dois lados. E não tinha como transformar o Cariri em algo folclorizado, porque o Cariri já é completo. Ele não é uma estética: é cultura, religiosidade, ancestralidade. Nosso trabalho foi apenas uma seleção dolorosa, inclusive porque muita coisa não coube. A desculpa foi: 'isso fica para o ano que vem'. Essa primeira temporada foi escolhida a dedo para despertar curiosidade em quem nunca veio e fazer essa pessoa querer conhecer.

DIVIRTA-CE - A série reúne artistas de origens, repertórios e linguagens muito diferentes. Que fricções, descobertas ou até "choques de mundo" surgiram durante essa convivência de três dias? Houve algum momento em que você, anfitrião, também se sentiu visitante
MAX PETTERSON - A gente está sempre como visitante. Cada vez que você passa por um lugar, ele nunca está como você deixou sempre há uma descoberta nova. Estar com o Zeca Camargo no Cariri, por exemplo, foi um ápice. Eu cresci vendo o Zeca como um jornalista viajante, o cara das culturas do mundo. Ele só tinha ido ao Cariri nos anos 80. Dessa vez, ele viu o Cariri pelos meus olhos. Poder mostrar minha terra para alguém que me mostrou tantos lugares pela televisão foi muito especial. Com a Chandelly Braz também foi uma realização. Trabalhamos juntos por dois anos e eu falava muito sobre o Cariri. Levá-la para lá foi como cumprir um sonho interno. O projeto é isso: reunir pessoas que admiro e apresentar o Cariri para elas. Foi prazeroso e, ao mesmo tempo, um combo perfeito de mídia, difusão e propagação da nossa cultura.

DIVIRTA-CE - Você viveu uma década em Paris, estudou na Universidade Paris 8 e trabalhou em ambientes altamente cosmopolitas e de luxo. Como esse olhar treinado na moda - que pensa em detalhe, textura, identidade e narrativa - influenciou a forma de mostrar o Cariri para um público global sem perder o que ele tem de mais íntimo e verdadeiro?
MAX PETTERSON - Minha década em Paris foram muitas lapadas da vida. Eu fiquei muito refinado, Paris me lapidou profissionalmente. Trabalhar com moda me deu um olhar crítico e atento aos detalhes. Em vários momentos, especialmente em fashion weeks, eu via coisas que já tínhamos no Cariri. Uma grife francesa lançou bolsas de palha e eu pensei: 'isso é Juazeiro do Norte'. A Prada lançou sandálias de couro e eu reconheci aquilo de imediato. Essas experiências me fizeram enxergar o valor do que é nosso. Aprendi a observar o que é de fora, mas também a valorizar profundamente o que está dentro da minha identidade, minha região, minha cultura. Então esse olhar cosmopolita me ajudou justamente a mostrar o Cariri ao mundo sem inventar nada. Bastou mostrar o que ele já é: sofisticado, ancestral e verdadeiro

DIVIRTA-CE - "Eh do Cariri" nasce como declaração de amor, mas também como posicionamento político: afirmar o interior do Ceará como potência criativa do país. Que respostas você espera provocar no público nacional - e especialmente no público cearense - sobre pertencimento, autoestima e centralidade cultural do Cariri?
MAX PETTERSON - Eu tenho três vertentes de resposta. Para o público nacional, quero estimular curiosidade. Que as pessoas entendam a pluralidade do Brasil e saibam apontar o Cariri no mapa, reconhecer a estampa do Espedito Seleiro, descobrir nossa cultura. Quero ampliar a visibilidade da minha região. Para o público cearense e nordestino, quero despertar orgulho. O Nordeste é múltiplo, mas estamos unidos pelo mesmo propósito cultural. Quero reforçar esse senso de pertencimento e potência. E para o Cariri, o sentimento é gratidão. O Cariri foi minha mãe e meu pai artisticamente. Tudo o que eu sou tudo o que ainda serei devo à cultura caririense. Então, para o meu povo, eu digo: muito obrigado. Recebam esse grande presente

DIVIRTA-CE - O projeto estreia no seu YouTube em quatro episódios, cada um com um olhar diferente. Ao pensar no impacto dessa obra dentro da sua trajetória - do stand-up "Assistiu Porque Quis" à sua marca Ispilicute, passando por cinema e séries - como você enxerga esse documentário reposicionando a sua própria identidade artística? Ele inaugura um "novo Max" ou reafirma o Max que sempre existiu?
MAX PETTERSON - Artisticamente, sempre fui de muitas vertentes. Sempre quis explorar várias áreas. No YouTube eu já tinha esse lado investigativo - desde a França eu ficava curioso sobre a história dos lugares. Foi aí que nasceu o Max da historiedade. Com o Cariri, não foi diferente. Sempre quis mostrar cultura, despertar curiosidade. E eu sinto que, no Eh do Cariri, nasce um Max mais profissional. Reuni uma equipe gigante, entreguei um conteúdo cinematográfico e de extrema qualidade dentro da realidade que tenho hoje. Esse projeto é um marco na minha carreira. É como dizer: 'eu estou responsável pelo meu próprio destino artístico'. E quando digo 'eu', não é sozinho porque não fiz nada sozinho. Mas no sentido de entender que hoje eu sou a minha própria emissora de televisão. E que bom que o público e as marcas apoiam e embarcam comigo nessa loucura linda que é ser artista

Alice Dote coloca o erotismo no centro da pintura contemporânea

"O Nome Disso Não é Fome” estreou no no Centro Cultural Banco do Nordeste, reunindo pinturas e videoperformance inédita da artista 

Na estreia de sua primeira exposição individual, “O Nome Disso Não é Fome”, a artista visual e pesquisadora Alice Dote leva ao Centro Cultural Banco do Nordeste um conjunto de 20 pinturas a óleo e uma videoperformance inédita que expandem sua investigação sobre o olhar erótico na arte. Em entrevista a O Estado, Dote afirma que a mostra nasce do desejo de “encarar, assumir e sustentar as próprias fomes”, gesto que atravessa tanto sua pesquisa quanto sua relação com os corpos que pinta.

Partindo de cenas íntimas registradas por ela mesma — “esse teatro erótico da intimidade”, como define — a artista tensiona posições historicamente fixadas entre quem observa e quem é observado. “Não me interessa inverter opressões, mas criar outras relações e alianças com as musas que dispo”, explica. Para ela, pintar também significa expor-se: “Essa pintura só pode existir porque o meu corpo também está deitado, entende?”

Com curadoria de Eduardo Bruno e Waldírio Castro, a exposição ocupa um corredor que o público só pode atravessar até o fim, metáfora espacial para o enfrentamento do desejo. Há também um espaço reservado +18, que, segundo Dote, funciona como dispositivo poético: um convite para que o espectador decida se quer ou não atravessar o véu do erotismo — “o jogo entre mostrar e esconder”.

Ao longo dos quatro meses em cartaz, o público terá acesso a atividades como visitas guiadas, pintura com modelo vivo e rodas de conversa sobre erotismo e arte. “Quero que quem vê se relacione eroticamente com a pintura”, diz a artista. “Que olhe de esguelha, que imagine o interdito, que alargue as cenas. Que saia lambendo os dedos — e ainda com fome."
DIVIRTA-CE - De onde veio “o nome disso não é fome” que dá nome a sua exposição e como foi o processo de construção das 20 obras?
ALICE DOTE - Essa frase me marcou de imediato quando a ouvi, de alguém com quem me relacionava. Ela me chegou de forma acusatória, e creio que carregada de intenção de culpa e constrangimento pelas minhas decisões no campo afetivo-sexual. A associação subjacente com os comportamentos alimentares também foi inevitável. Por isso, me pareceu uma frase formulada de forma tão sofisticada, cheia de subtextos delicados, que, talvez também por isso, eu não pude deixar de me apropriar dela, torcê-la, esgarçá-la e transformar isso em outra coisa. Essa acusação do meu apetite acabou me fazendo encarar, assumir e sustentar minhas fomes. Foram cerca de oito meses de produção das obras que logo se entenderam como uma série. Como característico da minha poética, as pinturas têm como disparo a fotografia. Ao longo desse período, fui sendo cada vez mais convocada pelos registros que faço desse “teatro erótico da intimidade”, cenas íntimas que trazem seja outros corpos, seja vestígios do que ali acabou de acontecer. Foi uma produção intensa, de muito investimento de libido na própria prática de ateliê. Nem todas as pinturas estão na exposição. Além do que eu já havia produzido, eu desejei produzir uma obra inédita pensada especificamente para o espaço expositivo do Banco do Nordeste Cultural, e o trabalho curatorial de Eduardo Bruno e Waldirio Castro conduziu a produção de novas imagens, alargando um entendimento de erotismo. Juntos, também chegamos à concepção de uma videoperformance, uma linguagem bem nova na minha prática artística.

DIVIRTA-CE - Na história da arte, o olhar masculino moldou a imagem da mulher. Ao inverter essa relação, despindo e observando homens, o que muda para você e para quem vê?
ALICE DOTE - De fato, uma das marcas mais evidentes do regime de visão dominante no sistema da arte ocidental é a assimetria de gênero que se estabelece entre quem vê e a coisa vista: o homem é o detentor do olhar; a mulher, o objeto de contemplação e controle. A sexualidade feminina ainda é colocada em discurso através das imagens produzidas por um olhar masculino. Percebo como, ao longo da minha trajetória, tenho tentado não exatamente “inverter” essa relação, reproduzindo um sistema opressivo, mas tentado criar outras relações, negociações, alianças entre mim, como artista, e as “musas” que dispo. Além disso, sei que nenhuma posição é assegurada apenas porque a câmera e o pincel estão agora em minhas mãos. Essas posições não são fixas, e sei que também me exponho, me ofereço, abro um espaço de vulnerabilidade. Essa pintura só pode existir porque o meu corpo também está deitado, entende? Então, não suprimo o homem nem me interessa subjugá-lo: ele é o outro com quem também busco construir um éthos erótico de afirmação da vida.

DIVIRTA-CE - A exposição cria um espaço reservado para obras com nudez com classificação indicativa. Esse gesto é também um comentário sobre censura e desejo? O que o segredo desperta na experiência do público?
ALICE DOTE - Existe uma exigência de classificação indicativa para obras em que a nudez implique um conteúdo sexual ou em que se estimule um contexto erótico. Essa política pública não age no sentido de censura, mas de recomendação (no intuito de informar aos pais e garantir o direito de escolha). Então, na exposição, o que de início era uma questão objetiva virou uma oportunidade de exercício espacial e curatorial. O espaço reservado se utiliza do interdito e da ambivalência constitutivos do erótico (em contraste com o pornográfico). O espaço do erótico é o da insinuação, da sugestão, do jogo entre mostrar e esconder. Isso marca toda a exposição, mas a existência de um espaço onde se adentra por uma cortina (o véu que afastamos para revelar algo) atiça a imaginação e convoca o espectador à decisão de se levar por ali. Eros tem a ver com fronteira, inclusive. E, na exposição, além desse espaço, quero tratar disso ao reconhecer e brincar com essas fronteiras, chamar o heterogêneo para perto, e propor um movimento em direção a algo que ainda não sabemos o que é (mas que, exatamente por isso, nos move).  

DIVIRTA-CE - Sua pesquisa toca em dimensões íntimas, mas o gesto de assumir o olhar erótico feminino é, inevitavelmente, político. Em que medida a exposição é também uma afirmação de poder e autonomia?
ALICE DOTE - Todo o meu trabalho vem acontecendo sem se furtar de uma posição política, não necessariamente como manifesto deliberado, mas intrínseco a sua própria poética. Se já temos toda uma problemática envolvida em sermos mulheres atuando em um território de prerrogativa masculina, imagina o que acontece quando adentramos o campo da sexualidade e do erotismo. Há uma pergunta simples: quantas artistas, especialmente pintoras, conhecemos, na história da arte e contemporaneamente, atuando nesse campo? E quantas delas se voltam à nudez, e à nudez masculina? 
De início, devo dizer que sei que me filio a uma genealogia de artistas mulheres que se contam através do gesto artístico, desafiando uma tradição masculina. Tenho encontrado muita força nessas mulheres, seja na pintura ou na literatura, no atrevimento de sustentar a força erótica da vida. 
Há uma decisão de se despedir da musa, ou melhor, liberar a musa para confundir e se confundir, fazer dela outros usos. Há uma postura de dispensar o lugar de decoração, de apostar no trabalho para engordar as feras, de assumir o risco de expor e expor-se ao se utilizar da matéria da própria vida como matéria poética, de sustentar o desejo e suas consequências. De se utilizar do trabalho artístico como trabalho contínuo (de toda uma vida) de tomar o desejo como bússola ética da vida. Essa também é uma postura de se apropriar do próprio corpo, das imagens criadas não só sobre esse corpo, mas especialmente por esse corpo. 

DIVIRTA-CE - Você fala do erotismo como “procedimento” e do envolvimento com “a carne da imagem”. Que tipo de relação tátil ou sensorial você busca entre o espectador e a pintura?
ALICE DOTE - Esse envolvimento erótico com a pintura acontece para mim, como pintora, e desejo que quem vê se relacione também eroticamente com a pintura. A pessoa espectadora é como a terceira pessoa da relação. Não é o triângulo como a constituição radical do desejo? Espero que olhe de esguelha ou deite na cama, imagine nos interditos, alargue as cenas. Para além da materialidade da pintura, que eu acho absolutamente sedutora, voluptuosa, apetitosa, e que convida a um olhar tátil, o esforço imaginativo também é uma ação erótica. Desejo que saiam da exposição lambendo os dedos e ainda com fome.

DIVIRTA-CE - Afinal, que desejo habita esse espaço entre o corpo e a tela?
ALICE DOTE - Não sei se pinto para me emocionar, ou me emociono para pintar. É como se a pintura me empurrasse a ir mais longe, mais fundo, mais outra. O tesão está, afinal, na própria pintura. É ela que me seduz, me flecha, me atormenta até. E nisso, quando nos envolvemos amorosamente com o que fazemos, há uma relação erótica das mais fortes e das mais inegociáveis.

A influência de Wilson Simonal na música brasileira

Cantor Simominha fez show em Fortaleza e conversou com o DIVIRTA-CE 

A CAIXA Cultural Fortaleza recebeu o cantor Simoninha para show na Caixa Cultural Fortaleza, na Praia de Iracema. O projeto faz homenagem a Wilson Simonal, pai do músico, com sucessos que marcaram época e embalaram gerações. 
O Baile do Simonal é uma viagem pela trajetória do artista, resgatando sua importância na música nacional e sua contribuição para o groove brasileiro. 

DIVIRTA-CE - O projeto “O Baile do Simonal” nasceu como uma homenagem ao seu pai — mas, ao longo dos anos, como você enxerga que o espetáculo se transformou e evoluiu de uma simples remontagem de repertório para um “movimento” ou uma obra em si?
SIMONINHA - Eu acredito que o projeto realmente nasceu como uma homenagem e uma releitura, para as novas gerações, daquele repertório do Simonal, interpretado por vozes diversas e de vários espectros da música popular brasileira. Isso mostra a dimensão de como a música de Simonal era possível — e de como ela se enraizou na cultura brasileira, independentemente do segmento. Tínhamos Samuel Rosa, Ed Motta, Alexandre Pires, Seu Jorge, Péricles, Sandra de Sá, Caetano Veloso, a Orquestra Imperial, o Jota Quest na figura do Flauzino… Enfim, muitos universos musicais reunidos. O projeto já nasce com esse DNA e, a partir disso, vai se transformando. 

DIVIRTA-CE - Seu pai viveu uma trajetória de enorme sucesso, mas também de grandes desafios e controvérsias. Como você internalizou esses dois lados ao assumir esse legado? 
SIMONINHA - Olha, eu acho que essa trajetória quase “shakesperiana” do Simonal, sem dúvida, teve uma importância enorme na minha formação. E isso por vários motivos. Primeiro porque eu sempre tive facilidade — e também interesse — em conhecer muito do backstage: estar nos bastidores, aprender sobre produção, direção musical, entender as engrenagens que fazem tudo acontecer. Acredito que isso veio muito do fato de eu ter vivido nesse ambiente desde muito cedo. Essa dimensão trágica e grandiosa da história do Simonal, essa ascensão e queda tão marcantes, me proporcionou um olhar diferente sobre a música e sobre a carreira. Entendi, desde cedo, que tudo é passageiro, que o sucesso é passageiro.

O ESTADO - Considerando que você é, ao mesmo tempo, intérprete, produtor musical, diretor, empresário e pai de família, como você equilibra essas diferentes facetas?
SIMONINHA - Eu acho que é verdade o tlfato de eu me desdobrar em várias frentes, mas todas são ligadas à música. E eu sempre falo que o lugar que eu mais me sinto à vontade é em cima do palco, onde eu posso exercer o meu trabalho de uma forma muito especial e única. E essa coisa do sagrado e de olhar isso como realmente uma missão. Eu acho que isso eu aprendi com o meu pai e com companheiros deles, a geração deles, de como você lhe dá música. A música para mim nunca foi e nunca será um negócio. A música é uma missão.

DIVIRTA-CE - No show em Fortaleza, você vai se apresentar em um contexto regional — o Nordeste brasileiro tem uma tradição e um público com identidade própria em relação à música popular. Como você adapta ou interpreta o repertório do seu pai para esse público nordestino?
SIMONINHA - É sempre muito bom tocar no Nordeste. Sempre foi muito bem recebido. A minha música sempre foi bem recebida e meu pai sempre fez muito sucesso no Norte e Nordeste. 
Eu acho que ele tem uma música dele, o swing, o groove, também passa muito pela música nordestina. O Simonal falava que dois das suas maiores influências que ele tinha muito na música dele eram a coisa do swing, muito do Jackson do Pandeiro, e o Inglês Gonzaga, que ele admirava, e era muito amigo também, enfim. Então isso, para mim, é muito natural e sempre fui bem recebido e gosto muito de poder tocar para as plateias do Norte e do Nordeste do Brasil.
Até porque é incrível como elas são abertas e receptivas, inteligentes, carinhosas. 

DIVIRTA-CE - Quando você revisita músicas como “Mamãe passou açúcar em mim” ou “Nem vem que não tem” no Baile, qual é a sua abordagem artística: manter o arranjo original, dar uma nova roupagem ou permitir improvisações e reinterpretar com liberdade? E como isso dialoga com a memória afetiva do público que já conheceu aquelas faixas décadas atrás?
SIMONINHA - Olha, já fiz as duas formas quando eu revisito músicas. Ou lembrando sempre os arranjos originais ou brincando por um caminho diferente. Mas, eu gosto de lembrar os arranjos originais porque, por exemplo, nem bem que não tenha uma música que tem um arranjo muito que parece muito simples, mas a execução é aquele samba lento e é muito difícil de se executar bem, de se fazer da forma como foi como a gravação original acontece. Então eu acho legal a gente trazer isso porque é uma música que muita gente toca mas executá-la daquela forma com aquele andamento e com aquele swing é realmente muito difícil. 

DIVIRTA-CE - A memória e o legado de Wilson Simonal envolvem uma mistura de samba, soul, humor e irreverência — a famosa “fase da pilantragem”. Como você vê essa expressão (“pilantragem”) hoje, em tempos diferentes, e como ela se manifesta no palco do Baile? Que elementos desta irreverência você acredita que continuam relevantes para o público contemporâneo?
SIMONINHA - A irreverência que o Simonal trouxe para a música brasileira, ela está aí espalhada por todos os cantos. Como o Simonal foi um artista que ficou apagado durante muito tempo e a sua importância ficou diluída e diminuída, as pessoas não sabiam de onde vinham determinadas coisas. Ele trouxe essa coisa da comunicação, dos grandes espetáculos. O Simonal inaugurou isso no Brasil. A praia das plateias cantarem e dançarem juntos. Isso praticamente não acontecia antes dos shows do Simonal.

Letícia Spiller volta aos palcos com comédia ácida sobre os dilemas do amor moderno

Em entrevista ao DIVIRTA-CE, atriz fala sobre reencontro com Marcelo Serrado, carreira multifacetada e temas contemporâneos de “Avesso do Avesso”

A atriz Letícia Spiller volta aos palcos com uma estreia especial no Ceará. Ela e Marcelo Serrado, amigos há mais de três décadas, protagonizam o espetáculo Avesso do Avesso. A comédia ácida — dirigida por Marcelo Saback e escrita por nomes como Tati Bernardi, Aloísio de Abreu e Claudia Tajes — já foi assistida por mais de 25 mil pessoas no Brasil, e marca o reencontro cênico da dupla, que contracenou nas novelas Quatro por Quatro e O Sétimo Guardião.

Com uma encenação minimalista que aposta na química entre os intérpretes, o espetáculo costura esquetes sobre temas da contemporaneidade como swing, dependência digital, relações tóxicas e o machismo. Tudo isso com humor, crítica e sensibilidade artística. No palco, Letícia dá vida a mulheres que enfrentam dilemas modernos — e empresta às personagens sua trajetória de atriz, poeta, escritora e mãe.

Em entrevista ao DIVIRTA-CE, Letícia comenta o processo criativo da peça, sua relação com a comédia e sua aposta na arte como transformação. A atriz também celebra o Projeto Conexão, idealizado pelo Instituto Siará Cultural em parceria com a 101 Produções, que leva grandes espetáculos a novas praças e propõe conexões potentes entre arte, território e público.

DIVIRTA-CE - Como é dividir o palco com um amigo de 35 anos como Marcelo Serrado em sua primeira parceria cênica? O que você buscou trazer de sua vida pessoal — como mãe e escritora — para compor suas personagens? Como sua formação como poeta, escritora e cantora influenciou sua sensibilidade em comédias contemporâneas como Avesso do Avesso?
LETÍCIA SPILLER - Dividir o palco com o Marcelo é maravilhoso! Somos amigos de longa data, o que já nos tranquiliza muito (rs) e ele é muito generoso e divertido! Ter esse reencontro cênico com ele no teatro é um presente.
As cenas não são realistas; é como se tivesse uma lente de aumento em cada situação. Mas claro, nós somos a nossa própria maior bagagem de emoções, então empresto as minhas e me divirto muito também. É a primeira vez que atuo em uma comédia contemporânea no teatro; uso as ferramentas que tenho para isso. Seja no improviso, no canto e na minha capacidade de acrescentar ou sugerir alguma mudança.

DIVIRTA-CE - Em que medida temas atuais como machismo, feminismo ou dependência de celular refletem sua visão pessoal? Ao atuar em cenas sobre relações modernas e swing, como você encontra o equilíbrio entre leveza e crítica social?
LETÍCIA SPILLER - Acredito que com humor podemos falar com leveza sobre temas relevantes, criticando de forma bem-humorada. E acho muito bom falarmos sobre esses temas abertamente e escancará-los através da comédia. Os textos são muito bons. Já está tudo ali: leveza e crítica bem equilibrados.

DIVIRTA-CE Qual o impacto dos textos de dramaturgos como Tati Bernardi ou Aloísio de Abreu em sua interpretação das esquetes?
LETÍCIA SPILLER - Nesses dois textos especialmente estamos falando sobre relacionamento tóxico, narcisismo e submissão. São dois tapas na cara, mas garanto que as pessoas dão gargalhadas, seja porque identificam histórias de pessoas próximas ou não, e também porque já passaram por alguma situação parecida.

DIVIRTA-CE - Com tantos autores diferentes escrevendo esquetes, como você mantém coerência dramática e fluidez na narrativa? O que significa para você que o Projeto Conexão seja uma iniciativa cultural inédita com foco na democratização do acesso?
LETÍCIA SPILLER - Temos alguns códigos de mudança, seja na linguagem corporal, no próprio texto, na música, na mudança de luz.
Acho importantíssimo o trabalho do Projeto Conexão, que leva arte para todo Brasil, e torço para que se expanda ainda mais. Estou muito feliz em ir para São Luís do Maranhão, praça que ainda não me apresentei.

DIVIRTA-CE - Como artista e mulher, o que espera provocar no público ao interpretar essas crises modernas? Ao revisitar sua carreira (televisão, teatro, literatura e música), o que você mais vê de evolução em termos artísticos?
LETÍCIA SPILLER - Espero sempre que as pessoas reflitam e se transformem de alguma forma. Vejo mudanças muito positivas como representatividade, mais protagonismo para pessoas pretas e inadmissibilidade para abusos. Mas ainda temos muito que evoluir.

DIVIRTA-CE - Como convive com a diversidade de sua carreira: atriz de novela, teatro, poeta, escritora — o que te dá mais prazer na atualidade? Além do espetáculo, tem algum projeto na TV ou streaming?
LETÍCIA SPILLER - Eu amo muito meu ofício em todas as suas linguagens possíveis. Estou com vários projetos para acontecer e estrear, como por exemplo o filme Macunaíma, que ainda está sendo rodado. A série Verônica, da Globoplay, projetos para cinema e teatro que estão por começar. Tem um filme que começo a trabalhar agora em agosto.


ENTREVISTA: Marisa Orth e o humor feminino no cinema

Atriz fala com o DIVIRTA-CE sobre o poder transformador da comédia 

A atriz Marisa Orth recebeu uma homenagem na 20ª CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto. Mais do que celebrar seus personagens inesquecíveis ou sua veia cômica afiadíssima, a mostra reconhece sua contribuição singular à construção de um humor que não foge da crítica, do feminino, do absurdo ou do trágico — e que insiste em desafiar estereótipos.

Ao ser escolhida como figura central da temática histórica desta edição — que lança luz sobre o papel do humor no cinema brasileiro sob a perspectiva das mulheres —, Marisa assume, com brilho e generosidade, a tarefa de representar esse “riso com memória”. “Estou honrada em ser essa presença que permite a gente falar de um cinema de humor de qualidade, que já teve grandes mestres e precisa ser redescoberto”, diz ela, em entrevista para o DIVIRTA-CE.

Marisa revisita sua trajetória com inteligência e humor raro — e com um desejo genuíno de fazer rir sem perder o pensamento. Como ela mesma define: “O humor é 50% da dramaturgia do mundo. Está na hora de tirá-lo do preconceito”. A 20ª CineOP acontece entre 25 e 30 de junho na cidade histórica mineira, com programação inteiramente gratuita, exibição de 147 filmes, realização de debates e rodas de conversa e promove encontros estratégicos de discussões de políticas públicas no campo da Preservação, do Cinema e Educação. Marisa Orth estará em Ouro Preto durante a mostra, participando de atividades públicas e da roda de conversa “O Riso das Medusas”, dia 26/6 (quarta-feira), às 11h30, na Praça Tiradentes, com participações da diretora Anna Muylaert, entre outras convidadas. A atividade discute a comicidade feminina no cinema, com foco em trajetórias, representações e desafios enfrentados por mulheres no audiovisual.

DIVIRTA-CE - Marisa, a CineOP celebra sua carreira multifacetada, que transita entre o cômico e o dramático. Quais aspectos de sua trajetória você acredita que mais dialogam com a proposta da mostra deste ano, que reflete sobre o papel do humor no cinema brasileiro a partir da perspectiva das mulheres?
MARISA ORTH - Primeiro, fiquei super honrada pela minha presença, servir para que a gente possa falar de cinema de humor de qualidade num país que já teve grandes mestres da comédia e que era uma fonte de divisas muito importante. Estou falando de um cinema lá do passado, de Sinédia, de Atlântida, de Veracruz. 
Tem tanta comédia, tanta coisa boa, mesmo Mazarópia, enfim. E eu acho que agora as mulheres estão mais nesse papel engraçado. Ingrid Guimarães, Mônica Martelli, tem Samantha Schmutz, tem Tata Werneck. Eu também já fiz cinema de humor bastante. Vai ser ótimo, acho que a gente tem que falar sobre isso.

DIVIRTA-CE - Você já declarou que "o humor é gigantesco". Como você enxerga a evolução do humor feminino no audiovisual brasileiro ao longo das últimas décadas?
MARISA ORTH - Digo que o humor é gigantesco porque ele é outra máscara, né? Tem a máscara da tragédia e a máscara da comédia. 
Sei que já é até clichê você falar hoje que ninguém valoriza a comédia, que ninguém dá Oscar para a melhor comediante... Apesar disso tudo, o humor é gigantesco. É 50% da dramaturgia do mundo. Seja no cinema, seja no teatro, seja em qualquer forma de arte. Então, sempre vale, a gente tem sempre que estar tirando o humor desse preconceito.

DIVIRTA-CE - Na roda de conversa "O Riso das Medusas", você discutirá a comicidade feminina no cinema. Quais representações ou desafios você acredita que ainda precisam ser abordados ou superados nesse contexto?
MARISA ORTH - Eu acho que começa essa história do humor da mulher falando sobre a condição da mulher, rindo de si mesma, rindo dessa coisa da mulher ter sempre que esperar um homem, questionando isso. 
Uma mudança que aconteceu, começou com Bridget Jones, uma onda nos 90, até Como Eliminar Seu Chefe. É um humor que tem a ver com o renascimento, com o feminismo mesmo. E eu acho que cada vez mais cabe a mulher fazer piada sobre tudo, e não apenas sobre a sua condição de mulher.

DIVIRTA-CE - Você é lembrada até hoje pela personagem Magda, de "Sai de Baixo". Como você lida com essa identificação do público com seus personagens mais icônicos? 
MARISA ORTH - Acho muito chique ser lembrada como a Magda. Eu já tive medo de ser esquecida para outras funções, mas acho que eu superei isso e o público também. 
Eu vejo coisas engraçadas, porque eu falo assim, gente, você não sabe como a Magda está fazendo bem essa peça de teatro, é engraçado. 
E eu lido muito bem. Acho que ela é uma personagem, em alguns momentos, maior que eu. 
Acho que ainda vou ver outra atriz fazendo Magda.

DIVIRTA-CE - Em sua carreira, você transitou por diversos gêneros e mídias. Há algum papel ou projeto que você considera um divisor de águas em sua trajetória artística? 
MARIDÃO ORTH - Em alguns divisores de água, sim. A peça Fica Comigo Essa Noite. O filme Não Quero falar Sobre Isso Agora, maravilhoso, do Mauro Farias, único executado no Brasil em 1990. Foi maravilhoso, uma comédia muito deliciosa, quando eu conheci o Mauro, o Evandro Mesquita e tanta gente boa. Eu trabalhei com a Lili Fonseca, também um belíssimo representante da mulher no humor, no cinema. Rainha da Sucata, minha primeira novela. Sai de baixo, sem a menor dúvida. Puxa vida. Vamos parar por isso, está bom.

DIVIRTA-CE - Você mencionou o desejo de interpretar vilãs e personagens mais desafiadores. Quais características você acredita que uma vilã precisa ter para ser convincente e impactante no palco ou nas telas?
MARISA ORTH - Acho que todos os atores do mundo um dia querem fazer um vilão, né? Eu já fiz um engraçado no longa do José Roberto Toureiro, Como Fazer um Filme de Amor - muito engraçado. E eu fazia Lilith, uma vilã, clichê, clichê, tinha até nome de vilã, ela tinha, Lilith. E ela é bem engraçada. Eu não sei, nunca fiz, né? Acho que uma mulher que não liga para o que os outros dizem já é uma vilã, né?

DIVIRTA-CE - Com tantos anos de carreira e diversos projetos realizados, quais são seus próximos desafios ou projetos que você ainda deseja explorar no universo artístico?
MARISA ORTH - Eu tenho, sem dúvida, muita vontade de fazer mais cinema. Que os cineastas se arrisquem a comprar essa briga. Nem tudo que eu faço fica com cara de Magda. 
Eu posso fazer mil outros papéis. 
Muito mais cinema. Gostaria de cinema de humor, que seja. E quero trabalhar a velha. Quero ver os papéis que a velhice, que a maturidade vai me trazer. É isso. Vontade de fazer todos.