A IA, se mal utilizada, pode agravar várias vulnerabilidades emocionais. Porém, não deve ser vista apenas como ameaça
Cada vez mais presente na vida das pessoas, o uso da Inteligência Artificial avança em velocidade recorde no Brasil e no mundo todo. Porém, junto com os seus inúmeros benefícios, surgem preocupações sobre os seus efeitos na saúde mental. Especialistas alertam que o uso intenso e sem mediação da IA pode potencializar problemas como ansiedade, depressão, dependência digital e a sensação de desumanização das relações.
Isso porque, o consumo excessivo da tecnologia acaba dificultando o equilíbrio entre a vida online e offline do usuário. “É o que chamamos de hiperconexão, Se mal utilizada, a IA pode agravar várias vulnerabilidades emocionais”, explica a psicóloga e docente do Instituto de Educação Médica, Ana Beatriz de Oliveira.
Com tecnologias cada vez mais eficientes, o usuário, através da IA é capaz de criar ambientes digitais altamente envolventes e, muitas vezes, viciantes, tornando um desafio desconectar-se da tela. A psicóloga destaca que o consumo excessivo da tecnologia acaba dificultando o equilíbrio entre a vida online e offline do usuário. “Está cada dia mais comuns essas demandas nos consultórios psicológicos”, aponta a especialista.
Mercado de trabalho
O mercado de trabalho também vem sofrendo influência direta da Inteligência Artificial. A automação de funções promovida pela IA, por exemplo, cria incertezas quanto ao futuro profissional de milhões de pessoas. “Essa insegurança está entre os fatores que mais afetam a saúde emocional, especialmente em jovens adultos”, confirma Ana Beatriz de Oliveira. Porém, a psicóloga destaca que a Inteligência Artificial não deve ser vista apenas como ameaça. “O uso ético e responsável é um caminho seguro. O desafio, no entanto, é estabelecer limites e criar estratégias de conscientização”.
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