Evento acontece em Juazeiro do Norte e Crato, de 14 a 22 de novembro, com acesso gratuito 
Centro Cultural do Cariri Sérvulo Esmeraldo, CCBNB Cariri, SESC Juazeiro do Norte, Instituto de Artes Dança Cariri (IADC), CRAI Cariri e Casa Movimento serão palco da XV Semana Dança Cariri – Festival Internacional que, de 14 a 22 de novembro, apresenta 23 espetáculos, entre importantes obras internacionais, nacionais e regionais, e performances, e realiza uma série de ações formativas, que reafirmam a dança como força de transformação social e cultural. Toda a programação é gratuita e conta com serviços de acessibilidade. 
A 15ª edição da Semana Dança Cariri – Festival Internacional é uma realização do Instituto de Artes Dança Cariri (IADC), com o apoio do Governo do Estado do Ceará, por meio do 1º Edital de Festivais Culturais Calendarizados, da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult) e da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB).
NOS PALCOS DA XV SEMANA DANÇA CARIRI
“Ekesa-Sanko” – Dilo Paulo (Angola)
DATA E LOCAL: 14.11 (sexta-feira), às 19h30, no Terreiro das Artes CCC
“Ekesa–Sanko” é uma obra afro contemporânea que conta a história de um herói que esqueceu o seu passado e começa uma jornada para não se perder de si mesmo, resgatando a conexão com os seus ancestrais para voltar ao passado e ressignificar o presente.  O espetáculo é apresentado pelo bailarino angolano Dilo Paulo, que assina a coreografia.
“Santos de Casa” - Cia Alysson Amâncio (CE) 
DATA E LOCAL: 15.11 (Sábado), às 16h, no CRAI Cariri
O espetáculo “Santos de Casa” é uma obra de dança contemporânea inspirada nas danças populares das manifestações populares do cariri cearense. É um olhar para esse território multifacetado, seus encantamentos e agruras.
“Dança do Ventre” – Carla Cavalcante (CE)
DATA E LOCAL: 15.11 (Sábado), às 18h30, no Terreiro das Artes CCC
Carla Cavalcante é artista, coreógrafa e professora de dança com uma trajetória marcada pela sensibilidade, força criativa e profundo compromisso com o autoconhecimento através da arte. Especialista nas modalidades de Dança do Ventre e Dança Cigana, Carla une técnica, ancestralidade e espiritualidade em sua prática, criando experiências transformadoras para suas alunas. É Graduada em Filosofia pela Universidade Federal do Cariri (UFCA).
Baila Cariri (CE) 
DATA E LOCAL: 15.11 (Sábado), às 18h30, no Terreiro das Artes CCC
Baila Cariri é uma escola de Dança de Salão dirigida por Moisés e Jamile, professores de dança há mais de 25 anos. 
“Abraço de Urso” – Grupo Pisada (PE) 
DATA E LOCAL: 15.11 (Sábado), às 18h30, no Terreiro das Artes CCC
Em “Abraço de Urso”, humanas brincam de ser ursas que sonham ser humanas. Dali surge uma relação de atração e repulsa, comunhão e disputa, perigo e encantamento. Uma atmosfera onde a convivência entre diferentes naturezas é possível e desafiadora. A performance busca refletir sobre as formas de lidar com a alteridade, inspirando-se no livro Escute as Feras, de Nastassjia Martin, e na tradição dos Ursos e À La Ursas das periferias do Recife. Maria Acselrad assina a concepção e direção deste trabalho, além da dramaturgia com Paula Nestorov. São intérpretes-criadoras: Cauet da Silva, Hállida Araújo, Juliana Zacarias, Maria Acselrad e Rayana Santana.
“Breve” - Esther Weitzman Cia de Dança (RJ) 
DATA E LOCAL: 15.11 (Sábado), às 19h30, no Pequeno Palco CCC
“Breve” acontece no enlace de afetos promovido pelo encontro entre três artistas-bailarinos: Esther Weitzman, Paulo Marques e Toni Rodrigues que, nos trazem a potência e a sensibilidade de suas experiências na dança. A força implícita a esta composição sugere a todo instante o movimento não linear atravessado por questões disseminadas e acolhidas de maneira diversa em todas as culturas. A passagem do tempo. A maturidade, enriquecida por saberes adquiridos. O curso da vida, cuja confluência impregna os gestos e o fluxo dos movimentos dançados. O espetáculo tem concepção, coreografia e direção de Esther Weitzman. Co-direção de Frederico Paredes. Em cena, os bailarinos criadores Esther Weitzman, Paulo Marques e Toni Rodrigues.
“Alegria” – Cia Corpus Entre Mundos (DF)
DATA E LOCAL: 16.11 (domingo), às 18h30, no Terreiro das Artes CCC
O espetáculo "Alegria", da Cia Afrocontemporânea Corpus Entre Mundos, de Brasília, é uma expressão artística que busca explorar o estado de satisfação extrema e contentamento por meio da dança. A peça, apresentada pelos bailarinos e coreógrafos Dilo Paulo (Angola) e Lenna Siqueira (Brasil), é inspirada no conceito africano de Ubuntu, que se refere à essência do ser humano e sua interação na sociedade. Através da filosofia Ubuntu, a companhia busca levar ao palco o poder do corpo com sabedoria, reconhecendo que quanto mais temos consciência de nós mesmos e de nossos caminhos, mais respeitamos o outro. A alegria, nesse contexto, encontra-se em nosso próprio corpo, em nossa conexão com o mundo ao nosso redor. 
Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto (CE)
DATA E LOCAL: 16.11 (domingo), às 18h30, no Terreiro das Artes CCC
A Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto apresenta músicas rurais populares, danças e evoluções executadas pela banda, e, em sua maioria, de autoria do próprio grupo. As evoluções nas danças são fruto de pesquisas no ambiente rural de suas roças, uma vez que todos são agricultores. Suas músicas imitam o som do canto de pássaros e de outros animais da floresta assim como as danças imitam o comportamento de animais no seu habitat.
“A(s) - isso não é um solo” - Renata Costa (RJ) 
DATA E LOCAL: 16.11 (domingo), às 19h30 no Pequeno Palco CCC
“A(s) - isso não é um solo”, é um exercício de vislumbrar a construção da feminilidade a partir das palavras, do pensamento e do corpo das próprias mulheres e não pela visão dos homens, como está posto em nossa sociedade e comprovado historicamente, como aponta escritora bell hooks. Instigada pela autora, Renata Costa, neste trabalho, se coloca em contato intenso com mulheres que conseguiram ao longo da história algum espaço de visibilidade, assim como, com aquelas que foram escondidas pelo patriarcado, invocando-as em sua dança. O espetáculo tem direção geral, criação e atuação de Renata Costa, e dramaturgia dela e de Marcellus Ferreira.
“Uma lenda” - Priscilla Teixeira (RJ) 
DATA E LOCAL: 17.11 (segunda), às 18h30, no Teatro Luciany Maria – IADC
Peça coreográfica de abordagem autobiográfica que traça histórias fictícias e fabulares inspirada na “Lenda da cega no Lago Biwa”, de Valter Hugo Mãe. Uma narração que revela memórias e espectros de longevas e longínquas vidas e memórias ancestrais. Um corpo experiente que se potencializa através da oralidade se tornando poético se afastando por alguns minutos da fisicalidade das imagens visuais e reais. O espetáculo tem Concepção, direção, texto e interpretação de Priscilla Teixeira.
“O invisível” - Edney D’Conti (RJ) 
DATA E LOCAL: 18.11 (terça-feira), às 18h30 no CCBNB 
Entre memórias que se desfazem e corpos que resistem ao tempo, "O Invisível", solo de dança contemporânea com direção e interpretação de Edney D’Conti, transita entre a presença e a ausência, o real e o que se esvai. Inspirado pela experiência do pai do idealizador, diagnosticado com Alzheimer há 10 anos, o espetáculo transforma silêncios em gestos e ausências em poesia. Por meio do movimento, a obra reflete sobre a luta contra o esquecimento e a busca por pertencimento.
“Coisa” - Camila Fersi (RJ)
DATA E LOCAL: 18.11 (terça-feira), às 19h30, no Teatro Luciany Maria – IADC
“Coisa” é uma paisagem sonora visual que habita o campo de forças entre movimentos do corpo, temperaturas das cores e frequências sonoras. Inspira-se na memória dos sentidos: uma cor que lembra uma música, um lugar que traz uma sensação, um humor que dispara movimentos, ou ao contrário e pelo avesso. A criação e interpretação é de Camila Fersi, direção de Natália Quinderé, figurino do Pitô e trilha sonora de Bella Com Som.
“O cheiro da Lycra” – Alysson Amâncio (CE) 
DATA E LOCAL: 18.11 (terça-feira), às 19h30, no Teatro Luciany Maria – IADC
Espetáculo de dança contemporânea que conta a história do intérprete-criador Alysson Amâncio e as suas dificuldades em assumir-se como gay, bailarino e negro, tendo nascido “macho” no interior do Ceará. onde as expectativas eram, e ainda são, geralmente, marcadas por estereótipos de gênero. Este trabalho teve a tutoria do coreógrafo Fauller e pesquisa colaborativa dos artistas Luiz Renato e Kel Maia. 
“Isso não é uma coreografia” – Alysson Amancio e Camila Fersi (CE/RJ)
DATA E LOCAL: 19.11 (quarta-feira), às 18h30, no CCBNB
“Isso não é uma coreografia” é o duo de Alysson Amancio e Camila Fersi que parte de imagens e corporalidades do interior mineiro e do interior cearense para ativar as movimentações e descrições de movimentos dos artistas. Para tal, o espetáculo incorpora o trabalho dos fotógrafos Samuel Macedo e Thalia Fersi que compõe o cenário, uma espécie de museu que vai se transformando ao longo da obra coreográfica. Concepção, criação e performance: Alysson Amancio e Camila Fersi.
“Você nunca vai dançar” - Helena Matriciano (RJ) 
DATA E LOCAL: 19.11 (quarta-feira), às 19h30, no SESC 
Quando envelhecemos ganhamos um novo corpo, outras formas de mover, pensar, dançar. A vida paulatinamente vai proporcionando outros sonhos, medos, vontades, desejos. É preciso criar outros modos de existir. Você nunca vai dançar é um solo de dança contemporânea criado a partir das memórias de uma bailarina/professora. Olhar para trás para mirar o futuro, sempre é tempo de aprender e ensinar. Helena Matriciano (RJ) é a intérprete-criadora deste trabalho, realizado com a tutoria de Alysson Amâncio.
“Prieto” - Alberto Montes Zarata (México) 
DATA E LOCAL: 19.11 (quarta-feira), às 19h30, no SESC 
É uma peça que emerge do atrito entre raça, classe e dança folclórica. Não busca explicar ou representar, mas sim insistir em parecer suada, barulhenta, alegre e desconfortável. A obra confronta o branqueamento e a folclorização, sustentando o prazer e o relaxamento como arquivos vivos atravessados pelo poder e pela contradição. No palco, este corpo se esforça para perturbar e abrir o comum por meio da desobediência corporificada. Alberto Montes Zarata é intérprete, coreógrafo, pesquisador e professor. É formado em Dança Folclórica Mexicana pelo INBAL (Instituto Nacional de Belas Artes e Letras) e bacharel em Sociologia pela UNAM (Universidade Nacional Autônoma do México). Desde 2019, integra o corpo docente da Escola Nacional de Dança Clássica e Contemporânea do INBAL. Sua prática artística concentra-se nas noções de corporalidade, performatividade, arquivamento e intermidialidade, com grande interesse em danças periféricas e corpos racializados. 
“Die einen, die anderen” - Companhia Giradança (RN) 
DATA E LOCAL: 20.11 (quinta-feira), às 18h30 no SESC 
Cooperação internacional da Cie. Toula Llimnaios com a cia. Giradança, este trabalho realizado no Brasil e em Berlim, na Alemanha, é uma reflexão sobre a imagem do corpo e inspirada nas radio conferências do Foucault "o corpo utópico" / "heterotopias". Todo ser humano tem e terá um corpo, mas, ao mesmo passo, sua imaginação muda com o tempo em que vivemos. É o ponto de partida do mundo e nos conecta com ele. É o lugar do anseio, do desejo, da fantasia, do utópico, que reflete a visão de sua realidade impiedosa e de sua transitoriedade. Em "Die einen, die anderen", 14 pessoas experimentam como o corpo pode ser utilizado não só como um produto social e econômico de ideais e normas, onde seu manuseio é considerado um produto ou imagens ideais e, portanto, uma maximização da eficiência. Mas, em sua singularidade e individualidade, aprecia a humanidade, paixão, leveza, poesia e amor.
“Homem torto” - Eduardo Fukushima (SP) 
DATA E LOCAL: 20.11 (quinta-feira), às 19h30 no Teatro Luciany Maria – IADC
Homem Torto é desconfortável em si, é uma dança passagem em uma constante caminhada em devir quedas. É insistência no movimento em muitos vetores contorcidos e intensidades opostas, transitando entre opostos como a dureza e a delicadeza, a fragilidade e a força, o pequeno e o grande, o feminino e o masculino, o antigo e o novo, o perto e o longe. Homem Torto é uma dança de 2013, um dos clássicos de Eduardo Fukushima e já passou por mais de 15 países e muitas cidades brasileiras, recebendo o prêmio Rolex Mentor & Protégé Arts Initiative na Suíça e o Prêmio Delito Gomes em São Paulo. O espetáculo é um solo, concebido e dançado por Eduardo Fukushima, com a orientação de Lin Hwai-min.
“Piscina de Negras” – dePreto Plataforma de Criação com Lucivânia Lima e Suzana Carneiro (CE)
DATA E LOCAL: 21.11 (sexta-feira), às 18h30 no CCBNB
O direito ao lazer, ou gozo, a abundância, o direito à vida, ao bem viver é instaurado como zona de propulsão e possibilidades de sonhar. Ocupar, povoar, não apenas os espaços físicos, mas também as geografias simbólicas e os imaginários de corpos que não estão apenas a serviço. Este trabalho é uma realização da dePreto Plataforma de Criação, com direção de Alysson Amancio, codireção de Lucivânia Lima e dramaturgia de Suzana Carneiro. São intérpretes criadoras de Lucivânia Lima e Suzana Carneiro.
“OUTONOS” - Isabel Marques - Caleidos Cia de Dança (SP) 
DATA E LOCAL: 21.11 (sexta-feira), às 19h30 no SESC 
Novo trabalho da Caleidos Cia de Dança, apresentado por Isabel Marques, com direção de Fábio Brazil.
“Roma dos Pobres” - Cia Alysson Amancio (CE) 
DATA E LOCAL: 21.11 (sexta-feira), às 20h30, no Teatro Luciany Maria - IADC
Para muitos católicos Roma é o centro do mundo e o Papa a sua grande liderança. Para muitos romeiros religiosos, Juazeiro do Norte, no Ceará, é o centro do mundo e o Padre Cícero o seu grande líder milagreiro. Por outro lado, nascer em Juazeiro, interior, sertão, hemisfério sul, significa estar determinantemente longe dos territórios hegemônicos do planeta. É fato, o corpo interiorano muitas vezes é inferiorizado pelos ocupantes dos eixos ditos “centrais”. Ser do interior é ser inferior? Roma dos pobres trata desses corpos que têm valores distintos no sistema social. Precisamos repensar a meritocracia e as centralidades.  
Performance “Araçá” - Vitória Correia (CE)
DATA E LOCAL: 22.11 (sábado), às 9h, no Teatro Luciany Maria - IADC
Vinda de uma família de Rezadeiras, em cena a atriz Vitória Correia cobre sua pele com cascas, raízes, folhas da Caatinga com propriedades cicatrizantes, óleo de pequi e urucum. Criando sobre seu couro um novo corpo-raiz, uma carapaça que busca se curar das feridas coloniais. Regenerar, recontar e retomar as tantas histórias de sua gente. “Araçá” é sobre ancestralidades, mulheres, fé e tradição. Residente e natural de Crato, Vitória Correia é artista e pesquisadora, com interesse na Tradição Popular da reza e suas Teatralidades.
“Q Brô” - Dudude & Lina Lapertosa (MG) 
DATA E LOCAL: 22.11 (sábado), às 19h30, no SESC 
Uma poesia, onde duas pessoas, mulheres constroem suas narrativas no caminho vivido, neste lugar atualizando seus corpos com moveres onde o dançar é o espaço, respeitando suas singularidades. Uma ode experimental. Seus corpos se lançam jogando sementes desejosas de brotos, flores e frutos. Q BRÔ é cultivo é plantio de criação e entrega. Encantamentos. Encontros fortuitos. Arte que move danças trilhadas pelo querer fazer. Honrando presentes, pretéritos e memória de futuros. O eterno retorno do diferente. Assim é. Dudude assina a idealização e direção deste espetáculo, onde atua como intérprete criadora com Lina Lapertosa.
“Casa de Folhas” - Coletivo Avessos de Teatro (CE) 
DATA E LOCAL: 22.11 (sábado), às 20h30, na Casa Movimento 
"Casa de Folhas" é um espetáculo do Coletivo Avessos de Teatro, sediado em Crato, que investiga o cotidiano das mulheres catadoras de pequi do Quilombo de Souza, no município de Porteiras. A pesquisa para o espetáculo aborda a cultura, as memórias e as histórias dessas mulheres, que se entrelaçam com os ciclos de plantio, cuidado e colheita. O espetáculo já foi apresentado em eventos como o Festival das Artes Cênicas (FAC), no Centro Cultural do Cariri. 
SERVIÇO:
XV Semana Dança Cariri – Festival Internacional - De 14 a 22 de novembro em Juazeiro do Norte e Crato, Ceará. Informações: @semanadancacariri #adançatransforma
Endereços:
•IADC (Instituto de Artes Dança Cariri): Rua São Francisco, 836 - São Miguel, Juazeiro do Norte
•Centro Cultural do Cariri Sérvulo Esmeraldo: Av. Joaquim Pinheiro Bezerra de Menezes, 1 - Gizélia Pinheiro (Batateiras), Crato
•Centro Cultural Banco do Nordeste (CCBNB Cariri): Rua São Pedro, 337 - Centro, Juazeiro do Norte. 
•SESC Juazeiro do Norte: Rua da Matriz, 227 - Centro, Juazeiro do Norte
•CRAI (Centro de Reabilitação e Atenção Integrada): Rua Francisco Sobreira da Silveira, 74, Juazeiro do Norte