segunda-feira, 8 de setembro de 2025

Rommanel anuncia 3ª Convenção Revoada com palestra de Theodoro e show de encerramento de Thiaguinho

Maior evento do calendário da marca, realizado pelo time de marketing da Rommanel em parceria com a agência Athenas, acontece de 9 a 12 de setembro em resort no interior de São Paulo com 500 convidados

A Rommanel, uma das maiores marcas brasileiras de joias folheadas a Ouro 18K e joias em Prata Maciça 925, promove entre os dias 9 e 12 de setembro a 3ª edição da Revoada, sua convenção anual de negócios. Considerado o maior evento do calendário corporativo da marca, o encontro reunirá 500 pessoas e se tornará o grande ponto de encontro de todo o ecossistema Rommanel - revendedores, equipes de lojas, colaboradores e parceiros.
Além de reunir líderes de operações estaduais, representantes internacionais e equipes de vendas, a Revoada também prestigia os 114 revendedores estrelas, selecionados em uma campanha nacional de alto desempenho. A premiação e o reconhecimento dos melhores dentro da rede fortalecem ainda mais a atmosfera de pertencimento e inspiração que o evento proporciona.
Mais do que um encontro corporativo, a Revoada é uma experiência que reforça a iconicidade da borboleta, símbolo da Rommanel. Assim como a borboleta representa ciclo, transformação e reconhecimento da beleza em cada etapa, o evento celebra as jornadas individuais das pessoas que constroem a marca, transformando esforço em conquistas e reconhecimento.
Idealizado pelo time interno de marketing da Rommanel e realizado pela agência Athenas, responsável também pela produção e cenografia, o evento se consolida como um dos principais encontros corporativos do setor, combinando estratégia, engajamento, networking e celebração.
Entre os destaques da programação, a convenção contará com a palestra de Theodoro, influenciador digital seguido por mais de 5 milhões de pessoas e reconhecido por seu humor leve e autêntico. Ao dialogar diretamente com o público jovem, cada vez mais estratégico para a Rommanel, sua presença reforça o objetivo da marca de ampliar o diálogo com novas gerações e fortalecer sua presença no universo digital.
A agenda cultural inclui ainda show de abertura da banda Rod Hanna e um encerramento exclusivo com o cantor Thiaguinho, um dos maiores nomes da música brasileira.
"A Revoada é o ponto alto do nosso calendário corporativo. Mais do que um encontro, é um momento de inspiração, celebração de conquistas e alinhamento estratégico para o futuro. Esse evento se consolida como uma verdadeira plataforma de negócios e engajamento para toda a rede Rommanel_ ”, afirma Fabiana Martins, diretora de Marketing da Rommanel.
Desde sua estreia em 2022, a Revoada tem se destacado por unir apresentações de artistas renomados, como Michel Teló e Jota Quest, a iniciativas estratégicas de lançamento e integração. Em sua terceira edição, o evento reforça o compromisso da Rommanel em promover não apenas negócios, mas também experiências que fortalecem vínculos e ampliam horizontes.
Com quase quatro décadas de atuação, mais de 300 pontos de venda e presença em 15 países, a Rommanel utiliza a Revoada como plataforma para evidenciar sua liderança no mercado de joias folheadas a Ouro 18K e Prata 925, expandir networking e abrir caminhos para novos projetos e parcerias.

Camila Pudim viraliza com série de vídeos sobre Pudim Beauty e já ultrapassa mais de 18 milhões de views

Série de unboxings e transições criativos foi lançada neste final de semana e destaca cada produto da influenciadora

Camila Pudim, conhecida por sua criatividade e autenticidade nas redes sociais, lançou neste final de semana uma série de seis vídeos de sua marca de maquiagem, a Pudim Beauty. Os vídeos apresentam um unboxing completo de cada produto lançado e transições criativas focadas neles. Juntos, os conteúdos já somam mais de 18 milhões de visualizações entre Instagram e TikTok.
A marca estreou recentemente com três produtos veganos e multifuncionais: o Bolush (blush cremoso com embalagem inspirada em bolachas), o Purpurigloss (gloss de brilho intenso com aplicador exclusivo) e o Pequizinho (lip oil com bioativo de pequi). As embalagens lúdicas e a fragrância exclusiva de pudim de leite condensado reforçam a proposta de unir diversão, afeto e memória afetiva. Os preços sugeridos são R$ 53,90 para Purpurigloss e Pequizinho, e R$ 63,90 para o Bolush.
Outro destaque da marca é a capivara Cacau, mascote inspirada no animal que acompanha Camila desde a infância e símbolo da comunidade que ela construiu nas redes. Com traços cartoon, a personagem dá voz à Pudim Beauty com humor, leveza e brasilidade.
Com a série de vídeos, Camila reforça sua presença digital e convida o público a se expressar e brincar com cores e texturas, levando sua estética artística e talento para viralizar para o mercado da maquiagem.

Especialista da XP compartilha dicas para sair do endividamento e construir patrimônio

De acordo com dados da Fecomércio, 80% dos fortalezenses estavam endividados em junho, maior patamar do último ano

Com o aumento dos preços e a facilidade de obtenção de crédito, entrar em dívidas acaba sendo um caminho quase sem volta. Em Fortaleza, 80% dos consumidores estavam endividados em junho, de acordo com o último balanço do Perfil de Endividamento do Consumidor, divulgado pela Fecomércio. Houve um aumento de 12,4 p.p. em relação ao índice de maio, sendo este o maior registrado no último ano.

Conforme a pesquisa, a maior parte dos fortalezenses entra em dívidas por gastos imprevistos, desemprego e aumento em gastos essenciais. Por mais que algumas situações possam levar ao endividamento, a educação financeira consegue blindar o bolso e evitar um descontrole. É o que explica a assessora de investimentos da XP no Ceará, Wanádia Martins.

“O crédito ficou mais acessível, mas a educação financeira não avançou no mesmo ritmo. Muitas famílias ampliaram o consumo antes de criar reservas de segurança, e isso as deixa vulneráveis a imprevistos. Em um estado onde boa parte da renda é comprometida com despesas fixas, qualquer descompasso no orçamento pode levar ao endividamento”, coloca.

A especialista aponta que mais do que saber fazer contas, educação financeira significa aprender a tomar decisões que favoreçam o futuro — como controlar impulsos de consumo, diferenciar necessidade de desejo e entender o poder dos juros compostos a seu favor, não contra. O objetivo é conseguir olhar para o futuro e traçar sonhos, mesmo quando o atual não é favorável.

Segundo Wanádia, o principal é dar o primeiro passo: saber quanto se está devendo. “É preciso entender para onde vai cada centavo. Em seguida, renegociar dívidas caras, como cartão e cheque especial, e criar uma pequena reserva antes de pensar em investir. Só assim a família evita voltar ao ciclo da dívida”, resume.

Ela afirma que é possível começar um patrimônio, mesmo que com pouco. “Patrimônio é construído com disciplina e constância, não apenas com grandes aportes. Guardar R$ 100 por mês já é o início de um hábito poderoso”, diz.

*Dicas de Wanádia Martins para sair das dívidas e começar a investir*

● Mapeie seu dinheiro – Anote todos os gastos por pelo menos 30 dias para entender para onde sua renda está indo.
● Renegocie dívidas caras – Priorize quitar cartão de crédito e cheque especial, que têm os juros mais altos.
● Monte uma reserva de emergência – O ideal é guardar de 3 a 6 meses de despesas essenciais, mesmo que seja pouco por mês.
● Estabeleça metas realistas – Comece com valores pequenos e aumente gradualmente o aporte.
● Separe consumo de investimento – Trate o dinheiro que vai para investimentos como “conta intocável”.
● Aproveite produtos de baixo risco no início – Tesouro Direto e CDBs podem ser bons primeiros passos.
● Use a tecnologia a seu favor – Aplicativos e plataformas podem ajudar a acompanhar metas e investimentos.
● Eduque toda a família – Envolver todos nas decisões financeiras evita que um gaste o que o outro está tentando poupar.

Ceará Criativo promove consultorias gratuitas para artistas e grupos cearenses

As ações acontecem em parceria com o XVI Festival de Teatro de Fortaleza

O Ceará Criativo – Programa de Circulação e Difusão da Cultura e das Artes Cearenses, em parceria com o XVI Festival de Teatro de Fortaleza, irá realizar consultorias especializadas com artistas e grupos artísticos cearenses interessados em fortalecer a mobilidade de produções culturais. As ações formativas integram a Plataforma de Negócios do programa, realizado pelo Governo do Ceará, por meio da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult), em parceria com o Instituto BR.
Serão oferecidas quatro consultorias presenciais, nos dias 9 e 11 de setembro, todas realizadas no Centro Cultural Belchior, com 8 vagas cada. A participação inclui ainda mais 2h de consultoria online mediante agendamento individual. As assessorias serão conduzidas por Felipe de Assis, Dane de Jade, Ana Filgueiras e William Mendonça. Confira a programação:

09/09 (das 9h às 17 horas) 
Circulação de grupos em mostras e festivais nacionais e internacionais – Felipe de Assis (manhã e tarde) 

Mercado dos Festivais: como vender seu produto artístico – William Mendonça (manhã)

Mapeamento dos festivais de teatro nacionais e internacionais – Dane de Jade (tarde) 

11/09 (das 9h às 17 horas) 
Elaboração de projetos para editais de mobilidade artística – Ana Filgueiras (manhã e tarde)

Mapeamento dos festivais de teatro nacionais e internacionais – Dane de Jade (manhã)

Mercado dos Festivais: como vender seu produto artístico – William Mendonça (tarde)

Consultoria 1 
Circulação de grupos em mostras e festivais nacionais e internacionais
Data de realização presencial: 09/09 
Horário: entre 09h e 17h 
Carga horária de 3h (1h presencial + 2h online mediante agendamento)
Local: Centro Cultural Belchior
8 vagas (artistas, grupos e/ou coletivos)
Professor: Felipe de Assis

Felipe Assis é artista da cena, gestor, pesquisador e curador. Doutorando e Mestre em Artes Cênicas pelo PPGAC/UFBA, atua em curadorias independentes como Rumos Itaú Cultural, MITbr e MEXE (Portugal). Co-criador e curador do FIAC Bahia desde 2008, integra redes nacionais e internacionais de festivais. À frente da 7Oito Projetos & Produções, realiza festivais, mediações culturais e espetáculos de teatro e dança. Também ministra cursos e consultorias em curadoria nas artes cênicas.

Consultoria 2
Preparação para rodada de negócios nacionais e internacionais
Data de realização presencial: 09/09 (manhã) e 11/09 (tarde)
Carga horária de 3h (1h presencial + 2h online mediante agendamento)
Local: Centro Cultural Belchior
8 vagas (artistas, grupos e/ou coletivos)
Professor: William Mendonça 

William Mendonça é ator, produtor cultural, curador artístico, diretor audiovisual, apresentador e diretor criativo. Também é idealizador e diretor geral dos festivais "Ecléticos Livre Festival" e "Noites Brasileiras – Festival Multicultural do Brasil".

Consultoria 3
Mapeamento dos festivais de teatro nacionais e internacionais
Data de realização presencial: 09/09 (tarde) e 11/09 (manhã)
Carga horária de 3h (1h presencial + 2h online mediante agendamento)
Local: Centro Cultural Belchior
8 vagas (artistas, grupos e/ou coletivos)
Professora: Dane de Jade

Dane de Jade é atriz-pesquisadora, produtora, arte-educadora, radialista e Gestora Cultural. Doutoranda em Estudos Artísticos pela Universidade de Coimbra - Portugal. Coordenou a Escola Vila da Música e o Escritório Regional de Cultura Cariri/Secult Ceará.

Consultoria 4
Elaboração de projetos para participação em plataformas de circulação e rodadas de negócios nacionais e internacionais
Data de realização presencial: 11/09
Horário: entre 09h e 17h 
Carga horária de 3h (1h presencial + 2h online mediante agendamento)
Local: Centro Cultural Belchior
8 vagas (artistas, grupos e/ou coletivos)
Professora: Ana Filgueiras

Ana Filgueiras atua há mais de dez anos no setor cultural, com experiência em elaboração, gestão e consultoria de projetos. Foi Coordenadora de Projetos Culturais na Quitanda Soluções Criativas (2015–2020), colaborando com iniciativas como o Festival Elos, Sinfonia do Amanhã e a Bienal Internacional de Dança do Ceará. Graduada em Letras pela UFC e Mestranda em Estudos Literários na UNIFESP, também trabalhou com instituições como o DAAD, Bienal do Livro do Ceará e Maloca Dragão. Desde 2020, presta consultoria executiva para projetos e organizações da economia criativa em todo o Brasil.

Café com programadores e Rodada de Negócios 
No dia 10 de setembro, os artistas participantes das consultorias também estão convidados a participarem da atividade Café com programadores, com a presença de diretores de festivais. Já no dia 12 de setembro ocorre o Encontro de Programadores de Festivais Nacionais e Internacionais no Centro Cultural Belchior.

Café com Programadores
Data: 10/09
Horário: 15h
Local: Centro Cultural Belchior
Encontro de Programadores de Festivais Nacionais e Internacionais

Data: 12/09
Horário: 10h às 13h e 14h30 às 17h
Local: Centro Cultural Belchior 
Programadores presentes na Rodada de Negócios:

Luiz Eduardo – Campinas/SP/Brasil – Feverestival
•Adriana Pio – João Pessoa/PB/Brasil – Teatro Santa Rosa
•Erick Soares – São José do Rio Preto/SP/Brasil – FIT Rio Preto
•Daniele Sampaio – Curitiba/PR/Brasil – Festival de Curitiba
•Felipe Assis – Salvador/BA/Brasil – FIAC Bahia
•Paulo Andrézio – Cariri/CE/Brasil – Festival UNAÉ
•Américo Córdula – Crato/CE/Brasil – Centro Cultural Cariri
•Marcelo Zamora – São José do Rio Preto/SP/Argentina – FIT Rio Preto
•Beatriz Elena Quintero López – Colômbia – Festival Internacional de Teatrode Manizales
•Valentina Isidora Durán Bustos – Chile – Festival Biobío de Concepción
Octavio Arbelaez Tobón – Colômbia – •Festival Internacional de Artes Vivas de Bogotá
•Daniel Jorysz – Uruguai – Instituto Nacional de Artes Cênicas do Uruguai – Festival FIDAE

 Sobre o Ceará Criativo 
O Ceará Criativo – Programa de Circulação e Difusão da Cultura e das Artes Cearenses é uma iniciativa do Governo do Ceará, por meio da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult), em parceria com o Instituto BR, com apoio do Hub Cultural Porto Dragão – espaço da Rede Pública de Equipamentos Culturais do Ceará (Rece), gerido pelo Instituto Dragão do Mar (IDM) –, com produção executiva da Quitanda Soluções Criativas e realização viabilizada por meio da Lei Paulo Gustavo, do Ministério da Cultura. 
Desde sua criação, o Ceará Criativo vem beneficiando dezenas de artistas por meio de ações voltadas à mobilidade artística. Até o momento, foram lançados quatro editais, promovendo a circulação da arte cearense nos âmbitos internacional, nacional e estadual. 
Estruturado em três eixos – Plataforma de Formação, Plataforma de Negócios e Plataforma de Mobilidade –, o programa oferece suporte estratégico a artistas e agentes culturais, fortalecendo a cadeia criativa do estado. A iniciativa contempla diversas linguagens artísticas, incluindo música, artes visuais, literatura, teatro, dança, circo e performance, ampliando o acesso à profissionalização e à difusão da produção artística cearense.

23ª Fortaleza Restaurant Week tem data confirmada e abre inscrição para restaurantes participantes

Fortaleza receberá de 26 de setembro a 26 de outubro a Restaurant Week, um dos principais festivais gastronômicos do mundo, presente em mais de 20 cidades brasileiras. Neste semestre, o tema é “Uma Volta pela Itália”, celebrando a tradição, a memória e a paixão pela culinária italiana. Massas al dente, risotos, polentas, embutidos artesanais e sobremesas clássicas prometem compor menus completos; entrada, prato principal e sobremesa, a preços fixos. Inspirados pela riqueza da gastronomia italiana, os restaurantes participantes terão o desafio de criar experiências que unam os sabores típicos do país europeu com a identidade e os ingredientes regionais brasileiros. “A proposta é proporcionar ao público uma verdadeira viagem sensorial, marcada por aromas, texturas e sabores que ajudaram a moldar também a nossa própria cultura gastronômica”, celebra Fernando Reis, idealizador da Brasil Restaurant Week.
As inscrições já estão abertas para os restaurantes interessados em participar, mas atenção: as vagas são limitadas. Garanta já a presença do seu estabelecimento nesse grande festival gastronômico.

Benefícios para os participantes:
•Aumento do fluxo de clientes durante o período do festival

•Maior visibilidade de marca com apoio de mídia local e nacional

•Campanhas de comunicação e marketing digital integradas

•Destaque nas redes sociais e site oficial da Restaurant Week

•Potencial de fidelização e conquista de novos públicos

•Apoio de imprensa e assessoria de comunicação

Inscrições pelo e-mail captacao@restaurantweek.com.br ou cadastro no site www.restaurantweek.com.br

Morre aos 75 anos Angela Ro Ro, ícone irreverente da MPB

Cantora e compositora, pioneira ao assumir sua homossexualidade no Brasil, enfrentava problemas de saúde e dificuldades financeiras nos últimos anos

Morreu nesta segunda-feira (8), aos 75 anos, a cantora e compositora Angela Ro Ro, uma das vozes mais marcantes e inconfundíveis da música popular brasileira. A artista estava internada desde junho, no Rio de Janeiro, quando desenvolveu um quadro de infecção pulmonar grave e precisou ser submetida a procedimentos delicados, como traqueostomia e diálise. Segundo pessoas próximas, a causa da morte foi uma parada cardíaca decorrente de complicações cirúrgicas.

A notícia foi confirmada por Laninha Braga, ex-namorada que vinha acompanhando de perto a rotina hospitalar, e pelo produtor musical Paulinho Lima, amigo íntimo e parceiro de longa data.

Últimos meses de luta e pedidos de ajuda
Nos últimos anos, Angela vinha enfrentando problemas de saúde recorrentes, agravados por dificuldades financeiras. Em maio, ela usou as redes sociais para pedir apoio aos fãs, relatando que sobrevivia com apenas R$ 800 de direitos autorais mensais. “Sem perspectiva de alta ou cura para trabalhar, humildemente peço ajuda a vocês”, escreveu em uma publicação que sensibilizou admiradores e colegas de profissão.

Durante a internação, a cantora chegou a apresentar momentos de melhora. Em agosto, após semanas de tratamento intensivo, voltou a falar após a traqueostomia e ganhou um site oficial para receber doações. O esforço da rede de apoio formada por amigos, ex-companheiras e fãs evidenciou o carinho que sempre despertou no público, mesmo em meio às adversidades.

Uma carreira marcada pela ousadia
Nascida em 5 de dezembro de 1949, no Rio de Janeiro, Angela Maria Diniz Gonçalves — que adotou o nome artístico Angela Ro Ro, inspirado na onomatopeia da gargalhada — despontou como uma revelação da música brasileira na década de 1970. Sua voz rouca e poderosa, aliada a composições carregadas de emoção, conquistaram público e crítica desde o primeiro disco, lançado em 1979.
O álbum de estreia, considerado um marco da MPB, trouxe clássicos como “Amor, Meu Grande Amor”, “Compasso” e “Fogueira”. Ainda nos anos 1980, consolidou sua carreira com trabalhos como Escândalo (1981), inspirado em um término conturbado, e seguiu compondo músicas que falavam de amor, dor e intensidade.
Angela Ro Ro também deixou sua marca em parcerias com grandes nomes da música brasileira. Dividiu o palco e o estúdio com artistas como Maria Bethânia, Marina Lima, Caetano Veloso e Cazuza, com quem cultivou amizade e cumplicidade artística.

Pioneirismo e representatividade
Mais do que cantora e compositora, Angela foi símbolo de autenticidade. Tornou-se uma das primeiras artistas brasileiras a assumir publicamente sua homossexualidade, nos anos 1980, em um cenário cultural e social ainda marcado por tabus e preconceitos. A atitude lhe rendeu respeito de muitos, mas também críticas e dificuldades em uma carreira que nunca se rendeu às pressões da indústria.
O relacionamento com a cantora Zizi Possi, no início da década, tornou-se um dos episódios mais comentados de sua vida pessoal. O término turbulento, que ganhou repercussão nacional, inspirou parte de sua obra e reforçou sua imagem de artista visceral, que transformava vivências íntimas em canções de impacto.
O legado de uma voz inesquecível
Angela Ro Ro deixa para a música brasileira um repertório rico, composto por mais de uma dezena de álbuns e sucessos que atravessaram gerações. Sua irreverência, sua risada inconfundível e sua entrega às canções a transformaram em referência de coragem e liberdade.
Entre altos e baixos, manteve-se fiel a si mesma, sem abrir mão da intensidade que marcou cada fase de sua trajetória. Ícone da MPB e pioneira em muitos sentidos, Angela será lembrada não apenas por suas canções, mas também por sua postura diante da vida: irreverente, autêntica e profundamente humana.

Sindimuce realiza assembleia nesta terça-feira (09)

O Sindicato dos Músicos Profissionais no Estado do Ceará (Sindimuce) realiza assembleia geral na terça-feira, 9/9, às 19h, no Esconderijo Rock Pub, na Av. João Pessoa, 4558, bairro Damas

O sindicato convoca todos os músicos e músicas para este momento de encontro e organização, atuação e manifestação da categoria, com pautas essenciais para a qualidade de vida dos profissionais, a remuneração justa, as condições de trabalho e para busca urgente de maior desenvolvimento da cena musical cearense e mais respeito a esses trabalhadores da cultura.
Em pauta estarão os seguintes pontos: 1. Eleições para nova diretoria do Sindimuce, 2. Atualização da tabela de cachês, 3. Informes sobre a tramitação do projeto que muda a lei estadual do couvert artístico, em tramitação na Assembleia Legislativa do Ceará, 4. Rodada de informes, demandas, sugestões e propostas da categoria.
A Diretoria Colegiada do Sindimuce ressalta a importância da participação do maior número de colegas músicos e músicas, reforçando a luta por mais valorização, respeito e visibilidade para os músicos e as músicas do Ceará.
O projeto de lei, de autoria do deputado Renato Roseno, depois subscrito pela deputada Larissa Gaspar, modifica a lei estadual do couvert artístico, de 2012, e preconiza que os estabelecimentos precisarão garantir aos músicos e músicas pelo menos 90% do couvert artístico arrecadado em cada apresentação, com transparência quanto à prestação de contas do número de couverts pagos pelo público. Ou acertar com os músicos remuneração fixa não inferior ao piso da tabela de cachês do sindicato. A escolha por uma das duas modalidades de pagamento deve ser feita previamente a cada apresentação, de forma clara, transparente e formalizada em contrato, para a segurança de todos.
O projeto também estabelece melhorias na qualidade de condições de trabalho dos músicos e músicas, levando para a forma da lei a obrigação de os estabelecimentos garantirem equipamentos em condições, sem choques elétricos; água potável, e não água da torneira; valor de consumação e/ou refeições de qualidade no pós show, e não sobras ou pratos de baixa qualidade e até alimentos estragados, situação diversas vezes denunciada ao sindicato; jornada de trabalho dentro da razoabilidade, sem excessos que impeçam os músicos de ir ao banheiro ou se alimentar; acompanhamento do número de couverts arrecadados ou cobrança direta por um/a produtor/a indicado/a pelos músicos contratados.
A tabela de cachês do Sindimuce estabelece o piso a ser pago para os diversos formatos de apresentação musical, gravação, aulas, elaboração de arranjos e outras aplicações do trabalho dos músicos e músicas. A atualização dos valores da tabela e a luta por melhores cachês e remunerações em geral também serão debatidas na assembleia.

Serviço:
Assembleia geral do Sindicato dos Músicos do Ceará (Sindimuce)
 Terça, 9/9, às 19h, no Esconderijo Rock Pub, Av. João Pessoa, 4558, Damas. Informações: @sindimuce no Instagram.

SOCEP debate o desenvolvimento e comportamento da primeira infância

Desafios do TEA (Transtorno do Espectro Autista), residência do pediatra e os cuidados para o desenvolvimento da criança estão entre os temas que serão debatidos por meio de palestras e conferências durante o II Congresso de Pediatria do Desenvolvimento e Comportamento da Primeira Infância, que será realizado nos dias 11 e 12 deste mês, na sede da SOCEP – Sociedade Cearense de Pediatria.
Além do TEA, temas como domínios de linguagem e socioemocional serão discutidos por profissionais do Ceará e de outros estados. Um espaço de troca de experiências, aprendizado e fortalecimento da formação do pediatra.
Para o presidente do II Congresso Cearense de Pediatria do Desenvolvimento e Comportamento, doutor Álvaro Madeira, o evento “tem o desafio de apresentar de modo estruturado este tópico essencial da prática pediátrica que é o desenvolvimento e comportamento. Por esse motivo, a ênfase é para transmitir o que se faz no ambulatório que possa ser incorporado no dia a dia da prática dos pediatras”.
O resultado das discussões no II Congresso é uma preparação para o 19º Congresso Cearense de Pediatria, que tem na presidência a doutora Jocileide Campos. O evento contará com palestrantes convidados de outros estados e acontecerá nos dias 18 e 19 deste mês, na sede da Escola de Saúde Pública de Fortaleza, na Praia de Iracema.

SERVIÇO I: II Congresso de Pediatria do Desenvolvimento e Comportamento da Primeira Infância
DATA: 11 e 12 de setembro
HORÁRIO: Manhã e tarde
LOCAL: Rua Maria Tomázia, 561

SERVIÇO II: 19º Congresso Cearense de Pediatria
DATA: 18 e 19 de setembro
LOCAL: Escola de Saúde Pública de Fortaleza – Av. Almirante Barroso, 601 – Praia de Iracema

domingo, 7 de setembro de 2025

Zezo Potiguar anuncia gravação de novo DVD em São Paulo e promete surpresas para os fãs

DVD será gravado no Terra SP em 17 de setembro e marca um novo capítulo da trajetória do cantor

Com mais de três décadas de carreira, Zezo Potiguar segue com força total na estrada e se prepara para um momento especial em sua carreira: a gravação do seu novo DVD, que acontecerá no dia 17 de setembro, no Terra SP. O projeto promete trazer muitas surpresas para os fãs e marcará mais um capítulo da trajetória do cantor, conhecido por sua voz marcante e grande carisma.
Zezo acumula mais de 1 milhão de ouvintes mensais no Spotify, 2 milhões de seguidores nas redes sociais e mais de 343 milhões de visualizações no YouTube. O artista também divide o palco com Luan Estilizado e Raí Saia Rodada na label “À Vontade”, que recentemente lançou o EP 2 de seu segundo DVD, gravado em um megashow em Recife para mais de 10 mil pessoas. 
O novo DVD surge em um momento de destaque, reforçando a conexão do cantor com o público nordestino e seu repertório apaixonante, que mistura sucessos antigos e novidades que prometem animar a plateia.

Renato Albani e Juliana Fructuozo escolhem padrinhos famosos para casamento milionário de três dias

Bruninho (dupla com Davi) Felipe Saab (Jeito Moleque), Victor Sarro e Júlio Cocielo estão entre os padrinhos que vão marcar presença

Em contagem regressiva para o dia 9 de setembro, próxima terça-feira, os noivos Renato Albani e Juliana Fructuozo se preparam para dar início a uma verdadeira maratona de três dias de festa no espaço Terras de Clara, no interior de São Paulo. Entre os destaques do grande dia estão os padrinhos famosos, como Bruninho Cerri (da dupla Bruninho & Davi), Felipe Saab (do grupo Jeito Moleque), o humorista Victor Sarro e o influenciador Júlio Cocielo. Fugindo do formato tradicional, os noivos optaram para que padrinhos e madrinhas entrem individualmente, reforçando a amizade próxima com cada um.
O casamento milionário vem sendo preparado em tempo recorde: o pedido aconteceu após apenas 11 meses de namoro, e a produção ganhou forma em cerca de três meses de preparativos intensos. A festa tem repercutido não apenas pelo luxo e sofisticação, mas também pela autenticidade bem-humorada do casal. A lista de presentes, por exemplo, já virou assunto ao reunir opções inusitadas como “quitar um boleto”, uma pista de boliche para casa, um sapato do Patati Patatá, uma TV de 312 polegadas e até uma viagem no espaço para a nave do Elon Musk.
Combinando sofisticação e irreverência, o casamento de Renato Albani e Juliana Fructuozo promete ser um dos eventos mais comentados do ano, reunindo amigos, familiares e celebridades em uma celebração que une luxo, afeto e diversão.

JUNTAS Conference realiza edição histórica com mais de 65 mil mulheres no Maracanã e se consagra como o maior encontro cristão feminino do país

Camila Barros, Raquel Lima, Gabriela Lopes e Midian Lima lideram encontro profético em um dia de fé, cura e avivamento

O último sábado, 6 de setembro, entrou para a história. O Estádio do Maracanã, conhecido por sediar momentos épicos do esporte e da fé, foi palco de um dos maiores encontros femininos já realizados no Brasil: a terceira edição da JUNTAS Conference, que reuniu mais de 65 mil mulheres em uma tarde marcada por uma comunhão espiritual liderada pelas pastoras e referências cristãs Camila Barros, Raquel Lima, Gabriela Lopes e Midian Lima.
Com o tema "Gerações", inspirado no versículo de Salmos 145:4 que reforça que “Uma geração contará à outra”, a conferência reafirmou o chamado de Deus sobre as mulheres.
Durante seis horas de programação intensa, as ministrantes Camila Barros, Raquel Lima, Gabriela Lopes e Midian Lima conduziram momentos que impactaram profundamente o público, criando uma verdadeira atmosfera de avivamento no estádio mais emblemático do país.
Considerada uma convocação nacional, reunindo mulheres de todo o país, a JUNTAS Conference 2025 reforçou seu crescimento exponencial, tendo  pouco mais de 12 mil mulheres em sua primeira edição para um público cinco vezes maior neste ano. Criada em 2023, a JUNTAS Conference tem como missão clamar por avivamento, cura e salvação entre mulheres do Brasil e do mundo. A sigla J.U.N.T.A.S representa Jesus Unindo Nosso Tempo para Avivamento e Salvação e foi exatamente isso que se viu neste sábado, uma multidão de mulheres reunidas, declarando que o lugar da mulher é no centro do propósito de Deus.
Com mais de 12 milhões de seguidores somados entre as ministrantes e 1,2 milhão no perfil oficial, a JUNTAS Conference se firma como um movimento intergeracional, evangelístico e profético, capaz de transformar não apenas vidas, mas também a história espiritual do nosso país.

sábado, 6 de setembro de 2025

Prêmio UFC de Jornalismo tem inscrições prorrogadas até 8 de outubro; confira termo aditivo ao edital

Jornalistas, estudantes de Jornalismo e fotógrafos profissionais terão um para concorrer à 2ª edição do Prêmio UFC de Jornalismo. A premiação, que recebe publicações nas modalidades texto, vídeo, áudio e fotografia, teve as inscrições prorrogadas até o dia 8 de outubro por meio de termo aditivo (https://abre.ai/aditivo-edital). As inscrições devem ser realizadas por meio de formulário online (https://abre.ai/premio-formulario).
Com edital lançado em maio de 2025 (https://abre.ai/nvld), o Prêmio UFC de Jornalismo visa contemplar os melhores conteúdos que demonstram como o ensino, a pesquisa e a extensão da Universidade Federal do Ceará (UFC) contribuem para a mudança na vida de indivíduos e comunidades. Os prêmios variam de R$500 a R$3 mil reais e valorizam os profissionais envolvidos no processo jornalístico.

Confira o cronograma atualizado:    
29 de maio a 8 de outubro – Inscrições online;
Até 10 de outubro – Confirmação das inscrições;
13 de outubro – Prazo para apresentação de recursos em caso de inscrições indeferidas;
15 de outubro – Divulgação do resultado das inscrições aceitas após análise dos recursos;
16 de outubro a 5 de novembro – Avaliação dos trabalhos;
10 de novembro – Divulgação dos finalistas;
12 de novembro – Prazo para apresentação de recursos referentes aos finalistas;
14 de novembro – Resultado dos finalistas após análise dos recursos;
8 de dezembro – Cerimônia de entrega do prêmio.  
As demais disposições do edital permanecem inalteradas. Em caso de dúvidas, os interessados devem enviar e-mail para divulga@ufc.br.
Fonte: Secretaria de Comunicação e Marketing da UFC – e-mail: ufcinforma@ufc.br

Publicidade fora de casa: OOH cresce 8% no Brasil e se consolida como mídia estratégica na era da hiperconectividade

O mercado publicitário brasileiro reforça a força da mídia OOH (Out of Home) como canal de impacto e conexão com o consumidor. Segundo o Cenp-Meios, o setor registrou um crescimento de 8% em 2024, movimentando mais de R$ 2,2 bilhões no país. No Ceará, empresas como a BIGDOOH vêm acompanhando essa tendência, oferecendo soluções cada vez mais segmentadas e tecnológicas para marcas que buscam relevância e proximidade com seu público.
A ascensão do OOH se explica pela transformação dos hábitos de consumo de conteúdo: as pessoas estão mais tempo nas ruas, circulando em shoppings, academias, aeroportos, transportes públicos e pontos estratégicos. Com isso, a publicidade fora de casa se consolida como uma das formas mais eficazes de gerar lembrança e influência na decisão de compra.
“O OOH deixou de ser apenas um outdoor estático. Hoje, trabalhamos com inteligência de dados, segmentação e tecnologia para entregar campanhas mais assertivas. Podemos falar com públicos específicos em horários estratégicos e em locais de grande fluxo, ampliando o impacto da mensagem”, destaca Renan Carvalho, sócio e diretor de planejamento da BIGDOOH.
Além do crescimento nacional, o mercado regional também mostra força. No Nordeste, a combinação de mídia tradicional com inovação digital tem atraído empresas de diferentes segmentos, do varejo à indústria, passando pelo setor de serviços.
“As marcas entenderam que o OOH não concorre com o digital — eles trabalham em conjunto e o potencializa. Mesmo sendo a campanha as verbas de investimentos e estratégias de execução são distintas, pois leitura, impacto, audiência trabalham de forma direcionada para que se unam mais adiante para formar opiniões, escolhas e com resultado satisfatório a tão esperada conversão. Quando bem planejada, uma campanha de mídia exterior fortalece a presença da marca, amplia sua visibilidade e reforça a lembrança na mente do consumidor. Isso gera conexões mais consistentes, aumentando o engajamento e impulsionando o tráfego para os canais digitais e físicos. O OOH está inserido na rotina das pessoas, fala com a vida real e entrega impacto no momento certo”, afirma Neto Mulato, sócio e diretor comercial da BIGDOOH
Com projeções positivas para 2025, o OOH deve continuar expandindo sua participação no mix de mídia, cada vez mais integrado a estratégias omnichannel e à jornada híbrida do consumidor.

Um manifesto para celebrar a força da mulher madura

O espetáculo Menospausa, protagonizado pelas atrizes Ana Cristina Viana e Solange Teixeira, sob a direção de Ana Mangeth, chega agora ao Theatro José de Alencar (Sala Nadir Papi Sabóia) para escrever mais um capítulo desta narrativa do envelhecer feminino com uma dose potente de humor, coragem e irreverência

Mais do que uma comédia, Menospausa é um convite à reflexão sobre menopausa e envelhecimento feminino, desmantelando estigmas sociais que insistem em associar essa fase da vida à perda de desejos, amor, produtividade e visibilidade. A peça apresenta este momento de transição como uma oportunidade para reafirmar a autonomia, perseguir novos sonhos e celebrar a vitalidade inesgotável das mulheres maduras. A peça vai de encontro a homens e mulheres de todas as idades interessados em questões de gênero, envelhecimento e empoderamento. É um manifesto artístico que ressoa com a verdade e a beleza de quem se recusa a silenciar.
O texto, assinado e produzido por Ana Cristina Viana, nasceu de inquietações genuínas e diálogos com sua parceira de cena e amiga, Solange Teixeira. A dupla, que já conquistou o público com o sucesso de “TrancAfiadas” (um mini doc construído durante a pandemia), retorna aos palcos com a mesma química e um compromisso inabalável com a arte que afirma corpos e vozes em constante ebulição.
Sinopse 
Márcia e Izabel, amigas de longa data e atrizes em plena menopausa, convidam o público a um mergulho íntimo em suas vidas. Entre risos e dramas, elas compartilham experiências que tocam o corpo, a mente, o desejo e o próprio fazer artístico. A peça habilmente entrelaça ficção e autobiografia, realidade e teatralidade, abordando de forma leve, profunda e afetiva os múltiplos impactos da maturidade em suas trajetórias. Uma obra que promete identificação e inspiração.

Este projeto é apoiado pela Secretaria de Cultura do Estado do Ceará, com recursos da Lei Paulo Gustavo (Lei complementar n°195/2022). E o apoio cultural de Betha Produções, Lumiar Consultoria e Chão Dourado Yoga.

SERVIÇO:
Espetáculo MENOSPAUSA
Com: Ana Cristina Viana e Solange Teixeira
Direção: Ana Mangeth
Assistência de Direção: Marta Aurélia
Texto e Produção: Ana Cristina Viana
Figurino e Adereços: Dami Cruz
Local: Sala Nadir Papi Sabóia - anexo do Theatro José de Alencar
Datas e Horários:
14 de setembro (domingo): 18h
Ingressos à venda: Sympla e bilheteria do teatro
Valores: R$ 30,00 (inteira) | R$ 15,00 (meia)
Classificação Indicativa: 16 anos

Ator Luciano Lopes leva Luana do Crato de volta a São Paulo no 6º Palhaçada Geral

Após vencer o Festival de Cenas Cômicas, personagem nordestina volta ao palco do Espaço Parlapatões neste sábado (6/9)

O humorista cearense Luciano Lopes retorna neste sábado, 6 de setembro, a São Paulo, para apresentar sua icônica personagem Luana do Crato no 6º Palhaçada Geral, no Espaço Parlapatões, na Praça Roosevelt. O evento, que reúne mais de 50 grupos e artistas da palhaçaria do Brasil e do mundo, já se consolidou como parte do calendário cultural da cidade.
A participação de Luciano acontece pouco depois de uma conquista: em julho, o artista foi consagrado campeão do 6º Festival de Cenas Cômicas, realizado no mesmo espaço, com uma performance da irreverente Luana do Crato. Único representante do Nordeste na grande final, o ator levou para o palco a força da cultura popular cearense, misturando humor, crítica social e a representação da mulher nordestina.
“Os Parlapatões são referência de vanguarda no teatro brasileiro. É a vitória da cultura popular, do Cariri para o Brasil”, comemorou Luciano após receber o prêmio.
Criada em 1993, a personagem Luana do Crato se tornou símbolo da trajetória do ator, que soma mais de 30 anos dedicados ao teatro e à comédia. Com sotaque carregado, humor ácido e olhar popular aguçado, Luana transita entre a irreverência e a reflexão, arrancando gargalhadas ao mesmo tempo em que provoca reflexões sobre identidade, gênero e resistência cultural.
Para Luciano, a volta a São Paulo tem um sabor especial. “Ganhar esse festival é uma vitória coletiva. É uma vitória do Cariri, do Ceará, do humor que vem das ruas, das praças, das escolas. Estar de novo nesse palco, agora como convidado, mostra que o riso nordestino tem voz e espaço em todo o Brasil”, afirma o artista.
O Palhaçada Geral celebra a diversidade e a irreverência da arte da palhaçaria, reunindo artistas de diferentes linguagens. Neste sábado, o público paulista terá a oportunidade de rever a campeã Luana do Crato em cena, reafirmando que a comicidade nordestina segue conquistando corações e palcos por onde passa.

Serviço:
6º Palhaçada Geral – Luana do Crato (Luciano Lopes)
Local: Espaço Parlapatões – Praça Roosevelt, São Paulo
Data: Sábado, 6 de setembro
Participação especial de Luana do Crato dentro da programação do festival
Ingressos: informações no site e bilheteria do espaço

sexta-feira, 5 de setembro de 2025

XVI Festival de Teatro de Fortaleza fomenta debates sobre gestão e difusão teatral em seminário e encontro internacional de programadores

Entre os dias 8 e 12 de setembro, a programação traz o Seminário "A Arte da Sustentabilidade: Teatro e Mercado em Festivais" e o Encontro Internacional de Programadores Teatrais, em parceria com o Ceará Criativo

Entre 31 de agosto e 12 de setembro de 2025, a capital cearense é palco da 16ª edição do Festival de Teatro de Fortaleza. Com programação gratuita voltada aos mais diversos públicos, a iniciativa é realizada pela Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria Municipal da Cultura (Secultfor), com produção do Teatro Novo. Para além de espetáculos teatrais e de outras linguagens artísticas, dos dias 8 a 12, a programação também também traz o Seminário "A Arte da Sustentabilidade: Teatro e Mercado em Festivais" e o Encontro Internacional de Programadores Teatrais, em parceria com o Ceará Criativo, uma iniciativa do Governo do Ceará.
A proposta é refletir sobre o teatro em uma perspectiva de empreendimento viável e sustentável, discutindo como a arte pode se desenvolver, crescer e alcançar novos públicos. Por diferentes prismas, o seminário propõe fomentar debates sobre a gestão de projetos teatrais desde a sua concepção, abordando a formação e produção dos espetáculos, até as estratégias de difusão para um público mais amplo e a circulação da obra em diferentes locais e festivais. 
De acordo com a secretária municipal da Cultura, Helena Barbosa, Fortaleza vivencia um momento ímpar na cena teatral. “Pela primeira vez, temos a oportunidade de reunir e promover um diálogo entre todas as escolas de formação em teatro de Fortaleza, um encontro potente e significativo que, nesse contexto de retomada da Política Nacional de Artes e reestruturação do Sistema Nacional da Cultura, fortalece uma diretriz fundamental, que é a formação. A melhor estruturação dessa política ampliará ainda mais essa potência, já reconhecida e premiada nacionalmente”, destaca a titular.
Composto por cinco mesas, palestra e workshop, o seminário acontece no Teatro Antonieta Noronha e Centro Cultural Belchior nos dias 8 e 9 de setembro. As inscrições são gratuitas e podem ser antecipadas virtualmente, através de link na bio do Instagram do festival: @festivaldeteatrofortaleza.

Encontro Internacional de Programadores
Outra proposta do festival é  fortalecer a circulação e a mobilidade de produções culturais do Ceará, com palestras, consultorias e rodada de negócios voltada para grupos residentes em Fortaleza. A iniciativa é uma parceria entre o XVI Festival de Teatro de Fortaleza e o Ceará Criativo - Programa de Circulação e Difusão da Cultura e das Artes Cearenses.
Entre os dias 9 e 12, haverá quatro consultorias especializadas que contemplam os 32 grupos participantes do festival, e uma série de encontros de Programadores de Festivais Nacionais e Internacionais. As ações se estruturam como um suporte estratégico a artistas e agentes culturais.
A secretária executiva da Cultura de Fortaleza, Ticiana Studart, ressalta a relevância do Encontro para criar redes de oportunidades para artistas fortalezenses e estabelecer pontes com produtores e contratantes. “Em virtude de Fortaleza ter uma cena teatral forte e ser referência, celeiro de talentos que têm despontado nas novelas, nos palcos, no cinema e no audiovisual em geral, conseguimos, em parceria com o Ceará Criativo, atrair programadores nacionais e internacionais, iniciativa que, certamente, será um marco na consolidação de Fortaleza na rota de circulação e difusão das produções teatrais”, afirma a gestora. 
O primeiro encontro é aberto, sem necessidade de inscrição, já pras consultorias e rodadas de negócios as vagas são limitadas e precisam ser agendadas com a organização do festival.
O Ceará Criativo é uma iniciativa do Governo do Ceará, por meio da Secretaria da Cultura (Secult), em parceria com o Instituto BR, apoio do HUB Cultural Porto Dragão, produção executiva da Quitanda Soluções Criativas e executado com recursos da Lei Paulo Gustavo do Ministério da Cultura.
O XVI Festival de Teatro de Fortaleza é realizado pela Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria Municipal da Cultura (Secultfor), com produção do Teatro Novo.

PROGRAMAÇÃO COMPLETA
Dia 8 de Setembro

- SEMINÁRIO FESTIVAL DE TEATRO DE FORTALEZA 2025

TEMA: “A Arte da Sustentabilidade: Teatro e Mercado em Festivais”
Local: Teatro Antonieta Noronha
8h - Abertura e Recepção
Duração: 30 min
Acesso:  Inscrição antecipada via link na bio e credenciamento no dia.

Café Afetivo com Performance Musical: A recepção dos convidados será um momento de acolhimento e conexão regada a música para criar um ambiente descontraído para a troca de experiências.

9h - Palestra: “A Arte da Sustentabilidade: Teatro e Mercado em Festivais”
Palestrante: Dudu Ferraz – Coordenador do Feverestival em Campinas/SP
Duração: 60 min 
Acesso: Inscrição antecipada via link na bio do Instagram do FTF mais credenciamento no dia 08/09.

10h - Mesa 1 – “A Formação Teatral de Fortaleza e a Criação do Produto Artístico para Cena”
Duração: 90 min
Acesso: Inscrição antecipada via link na bio e credenciamento no dia.

Discutir a formação em Fortaleza e as etapas iniciais da produção teatral abordando a arte e a gestão por trás da criação de um espetáculo. Entender como uma ideia se transforma em um produto artístico com a concepção criativa (dramaturgia, direção, atuação) e a gestão de projetos (orçamento, cronograma, equipe). Trazer um panorama do processo de formação do espetáculo, destacando o equilíbrio entre a visão artística e as necessidades práticas para a materialização da obra.
Condutora da Conversa: Samara Garcia – Diretora da Vila das Artes (ICI/SECULTFOR)

Convidados:
- Clovis Levi – Diretor, Autor, Professor de Interpretação e de Direção, Crítico Teatral
- Graça Freitas – Coordenadora da Escola Pública de Teatro da Vila das Artes
- Liliana Matos – Instituto Federal do Ceará/IFCE
- Levy Mota – Coordenador do Laboratório de Teatro/Porto Iracema das Artes
- Isabel Botelho – Coordenadora de Formação do Theatro José de Alencar
- Henrique Gonzaga – Coordenador da Escola de Cultura e Artes do CCBJ

15h - Mesa 2 – “Comunicação Estratégica e Visibilidade Teatral”
Duração: 90 min 
Acesso:  Inscrição antecipada via link na bio e credenciamento no dia.
Esta roda de conversa abordará a comunicação como ferramenta essencial para os grupos e espaços. O debate se concentrará em como utilizar a plataforma do festival para amplificar a visibilidade dos grupos e companhias da cidade, construindo uma audiência fiel e geradora de impacto, tanto nas mídias tradicionais quanto nas redes sociais.

Condutor da Conversa: Renato Abê - Jornalista

Convidados:
- Magela Lima – Universidade Federal do Ceará/UFC
- Professor Wellington Júnior – Universidade Federal do Ceará/UFC
- Sônia Lage - Dégagé Comunicação

16h30 - Mesa 3 - “Festivais como incentivadores do desenvolvimento Cultural e da sustentabilidade econômica”
Duração: 90 min
Acesso:  Inscrição antecipada via link na bio e credenciamento no dia.

Esta mesa discutirá o impacto transversal e multidimensional dos festivais, analisando-os não apenas como eventos artísticos, mas como catalisadores de desenvolvimento. Serão abordadas as formas como os festivais geram oportunidades econômicas, fortalecem cadeias produtivas locais e promovem a valorização da identidade cultural.
Condutor da Conversa: William Mendonça 
Convidados:
- Nilde Ferreira – Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga
- Cynthia Margareth – Aflorar Cultura
- Dudu Ferraz – Feverestival

Dia 9 de Setembro
- SEMINÁRIO FESTIVAL DE TEATRO DE FORTALEZA 2025
TEMA: “A Arte da Sustentabilidade: Teatro e Mercado em Festivais”
Local: Centro Cultural Belchior (CCBel) 

9h às 13h - Workshop “Afeto, criação e partilha - produção colaborativa como (re)existência", com Cynthia Margareth/Aflorar Cultura.
Espaço: Sala do CCBel
Duração: 240 min
Acesso: Inscrição antecipada via link na bio do Instagram do FTF, com credenciamento no dia da atividade.

9h - Mesa 4 - “Do Palco à Gestão: Estratégias de criação e sustentabilidade dos Grupos e Companhias de teatro”
Espaço: Auditório do CCBel
Duração: 90 min 

Acesso: Inscrição antecipada via link na bio do Instagram do FTF, com credenciamento no dia da atividade.

Esta mesa aprofundará as estratégias de gestão e planejamento que os grupos e companhias adotam, utilizando os festivais como ponto de partida. Serão apresentados experiências exitosas e ferramentas práticas para gestão de grupos, planejamento financeiro e a construção de uma marca sólida, garantindo a continuidade, sistematização e permanência desses grupos e companhias.

Condutor da Conversa: Gyl Giffony – Universidade Federal de Pernambuco/UFPE
Convidados:
- Raimundo Moreira – Cia. Prisma de Artes
- Francis Wilker – Universidade Federal do Ceará/UFC
- Jota Junior Santos – Grupo Pavilhão da Magnólia

11h - Mesa 5 – “A Ocupação Criativa em espaços e equipamentos culturais no Ceará”
Espaço: Auditório do CCBel
Duração: 90 min
Acesso: Inscrição antecipada via link na bio do Instagram do FTF, com credenciamento no dia da atividade.
A mesa trará o potencial das sedes e espaços de programação para a sustentabilidade dos grupos. Os participantes discutirão como a ocupação criativa desses espaços pode gerar receitas, fortalecer a base comunitária e transformar o local em um polo de atividade cultural contínua, mesmo fora do período dos festivais.
Condutora da Conversa: Dane de Jade – Gestora Cultural ONG Beatos

Convidados:
- Silvia Moura – Gestora do Teatro Antonieta Noronha e do Teatro São José
- Américo Córdula – Gerente de Teatro do Centro Cultural do Cariri Sérvulo Esmeraldo
- Vanéssia Gomes – Gestora do Teatro Carlos Câmara (IDM/SecultCE)

- ENCONTRO INTERNACIONAL DE PROGRAMADORES DE TEATRO
13h às 17h - Consultoria: Circulação de grupos em mostras e festivais nacionais e internacionais com Felipe Assis
Local: Sala Multiuso do Centro Cultural Belchior
Vagas: 8 vagas (artistas, grupos e/ou coletivos)
Acesso: Mediante inscrição prévia. 

Dia 10 de Setembro
- ENCONTRO INTERNACIONAL DE PROGRAMADORES DE TEATRO
15h - Roda de Conversa e Café com Programadores de Festivais de Teatro
Local: Auditório do Centro Cultural Belchior
Vagas: 16 Pessoas

Dia 11 de Setembro:
- ENCONTRO INTERNACIONAL DE PROGRAMADORES DE TEATRO
9h às 17h - Consultoria: Elaboração de projetos para editais de mobilidade artística nacionais e internacionais
Local: Auditório do Centro Cultural Belchior
Vagas: 8 Pessoas
Acesso: Mediante inscrição prévia.

Dia 12 de Setembro
- ENCONTRO INTERNACIONAL DE PROGRAMADORES DE TEATRO:
10h às 13h - Encontro de Programadores de Festivais Nacionais e Internacionais (Rodada de Negócio)
Local: Auditório do Centro Cultural Belchior 
Vaga: 16 Pessoas
Acesso: Mediante inscrição prévia

SERVIÇO:
XVI Festival de Teatro de Fortaleza (FTF) – De 31 de agosto a 12 de setembro de 2025 em espaços culturais de Fortaleza. Informações: Rede Social: @festivaldeteatrofortaleza. 
Seminário “A Arte da Sustentabilidade: Teatro e Mercado em Festivais”
Data: 8 e 9 de setembro de 2025 (Segunda-feira e Terça-feira)
Local: Dia 8 no Teatro Antonieta Noronha; Dia 9 no Centro Cultural Belchior (CCBel)

Encontro Internacional de Programadores
Data: 9 a 12 de setembro de 2025 (Terça-feira a Sexta-feira)
Local: Centro Cultural Belchior (CCBel)

ENDEREÇOS:
Teatro Antonieta Noronha - R. Pereira Filgueiras, 4 - Centro
Centro Cultural Belchior - R. dos Pacajús, 123 - Praia de Iracema

Léo Suricate denuncia irregularidades no concurso de professores de Caucaia

Apesar do TAC firmado com o Ministério Público, a Prefeitura mantém mais de mil temporários enquanto os aprovados no concurso seguem sem convocação

O deputado estadual interino Léo Suricate denunciou, na manhã da última quarta-feira (3), irregularidades na convocação de professores do município de Caucaia. Segundo ele, desde janeiro já foram contratados mais de 1.060 temporários, enquanto 362 aprovados no último concurso público seguem aguardando no cadastro de reserva, sem qualquer previsão de nomeação.
O concurso foi realizado em 2024, ainda na gestão do ex-prefeito Vitor Valim, e contemplou vagas para pedagogos dos anos iniciais. No entanto, até agora, nenhum profissional dessa categoria foi chamado, apesar de a atual administração, comandada pelo prefeito Naumi Amorim, ter firmado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público, comprometendo-se a reduzir contratações temporárias e priorizar a convocação dos concursados.
Enquanto pedagogos seguem de fora, a prefeitura já convocou professores de áreas específicas e da educação infantil. Para os aprovados, a exclusão de uma das funções mais essenciais da rede escolar compromete a base da educação no município.

Levantamentos apontam vacâncias
De acordo com dados levantados pela comissão de aprovados em parceria com o sindicato da categoria, somente em 2024 foram registradas mais de 100 vacâncias reais, entre aposentadorias, exonerações e afastamentos. Além disso, a rede municipal conta hoje com cerca de 1.060 temporários ativos, número considerado suficiente para justificar a convocação imediata do cadastro de reserva.
“O que está acontecendo é um desrespeito à educação e aos profissionais que se dedicaram para conquistar uma vaga de forma justa. Não é admissível que a prefeitura ignore o TAC firmado e continue priorizando os temporários. Estamos aqui para cobrar o que é de direito dos professores e da sociedade”, afirmou Léo Suricate durante a sessão plenária.
Esperança e cobrança
O grupo de professores destaca que a luta vai além de direitos individuais e está diretamente ligada à qualidade da educação oferecida no município. “Não queremos favores, queremos apenas o que é de direito: a convocação justa e legal dos aprovados”, reforça a comissão.

Saiba mais sobre Léo Suricate
Leonardo de Souza Xavier nasceu em Fortaleza, no dia 29 de maio de 1992, filho do pintor de construção civil Cícero Xavier Marinho e da artesã Ana Lúcia Farias Gonçalves. Criado nos bairros Sapiranga e Bom Jardim (Conjunto Tatumundé), reside há seis anos no Jangurussu. É solteiro e pai de Maria Lua.
Desde cedo, esteve ligado à cultura e à participação social. Em 2006, iniciou sua atuação no movimento cultural no Sarau da Praça do Povo, na Sapiranga, e, no mesmo ano, começou sua presença na internet. Em 2012, alcançou grande projeção com a página de humor cearense Suricate Seboso, fundada por Diego Jovino e co-criada e administrada com seu irmão Eduardo de Souza Xavier, tornando-se uma das vozes mais populares e autênticas da comunicação digital no Ceará.
Oriundo de uma família com forte atuação política nas áreas de comunicação, cultura e juventude, Léo Suricate sempre esteve próximo das causas populares e dos movimentos sociais. Cursou o ensino médio na Escola João Nogueira Jucá e iniciou graduação em Publicidade na Estácio, como bolsista integral do Prouni. Sua trajetória política ganhou força a partir da participação no Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), experiência que consolidou seu engajamento na luta por direitos e justiça social. 
Atualmente, integra o PSOL, militando ao lado de lideranças nacionais como Guilherme Boulos, Erika Hilton e Pastor Henrique Vieira.
Em 2022, candidatou-se a deputado estadual pelo PSOL, obtendo 22.466 votos e ficando como primeiro suplente. Em 2025, assume o mandato por 90 dias durante licença do deputado Renato Roseno, com o compromisso de enfrentar a extrema-direita no Brasil e no Ceará e dar voz às periferias, especialmente à juventude cearense.

Dia Mundial da Barba: comemorado em 6/9, visagismo está em alta e será destaque no Congresso Barber Pro Nordeste em outubro

Comprimento curto a médio e contorno bem definido, barba italiana é a tendência do momento para os homens

Uma barba bem-feita, quando o profissional leva em consideração as características individuais do cliente, desde o formato do rosto, o corte de cabelo e o estilo de vida, eleva a autoestima do homem e marca a sua personalidade. A técnica, conhecida como visagismo, está em alta e faz um grande diferencial no valor final do serviço, podendo passar de R$ 50,00 para R$ 3.000,00 (barba e cabelo). Essa é a realidade do curitibano Juarez Leite, ex-corretor de imóveis e referência global na barbearia, que comandará um curso no Congresso Barber Pro Nordeste, dentro da programação da Feira Regional da Beleza, no dia 19 de outubro, no Mezanino no Pavilhão Leste do Centro de Eventos do Ceará.
De acordo com o presidente da Associação dos Cabeleireiros do Estado do Ceará – organizadora desse grande evento da beleza -, Gurgel do Amaral, “o mercado masculino também vive uma ascensão, tanto na procura por cosméticos como pela experiência na barbearia”. Desse olhar atento nasceu a parceria com Gilberto Rodrigues, da SG Eventos, que está à frente do Congresso Barber Pro Nordeste - já em sua segunda edição -, e trazendo pela primeira vez para Fortaleza o barbeiro Juarez Leite. Para o curso, estão sendo esperados mais de mil participantes, vindos principalmente de caravanas do Norte e Nordeste. Gilberto também representa a marca prime para homens, Baboon, na SG Distribuidora, com sede em Limoeiro do Norte (CE).
A data comemorativa – Dia Mundial da Barba – não é à toa. Apenas a representação de Gilberto Rodrigues, que atende toda a região Nordeste, prevê um crescimento de 2024 para 2025 em torno de 40%. Em termos de faturamento, deve sair dos R$ 620 mil no ano passado para mais de R$ 1 milhão no final deste ano. Essa será apenas uma das mais de 20 marcas locais e nacionais que estarão em exposição no congresso, inclusive, com lançamentos em primeira mão para os profissionais que circularem por lá. Os números não param por aí. Um estudo feito pela Cosmetology, do Grupo Croma, apontou que 72% dos homens brasileiros estão, sim, cuidando da aparência. Com esse boom, a estimativa de crescimento do setor até 2030 é de quase 10% ao ano. No país, já são mais de cinco mil estabelecimentos do tipo.
 Há 26 anos atuando como representante no setor da beleza, Gilberto Rodrigues comenta que a barba de lenhador (cheia e volumosa, cobrindo o maxilar, queixo e parte do pescoço) deu lugar nos dias de hoje para a barba italiana (estilo clássico e elegante, de comprimento curto a médio, e contorno bem definido). Ele explica que, no caso dos homens, as tendências surgem a partir de estilos lançados por celebridades. Por isso, é impossível prever quando acontece. Já no caso dos cuidados, a linha de produtos só cresce. É o leav-in; pomada efeito seco / molhado; fixação mais forte / mais leve; shampoo específico para os fios do cabelo; máscara de hidratação; condicionador; botox e muito mais.
Mesmo com toda essa infinidade de “soluções” à disposição dos homens, entendê-los em sua essência faz toda a diferença no atendimento e, consequentemente, no retorno ao mesmo profissional. O visagista Juarez Leite, por exemplo, atende os seus clientes virados de costas para o espelho e, antes mesmo de iniciar o serviço, procura saber como ele se vê. Rosto arredondado, cabeça quadrada ou mais velho, por exemplo. E então vem a pergunta que resultará na técnica aplicada dessa transformação: o que você quer sentir ao se olhar no espelho? Indo para a parte prática, uma barba, diferente do que pode parecer para muitas pessoas, leva entre 30 e 40 minutos para ser feita. A tesoura ou navalha adequada para cada tipo de fio é fundamental na técnica de visagismo.

Serviço:
- 33ª Feira Regional da Beleza
Local: Centro de Eventos do Ceará (Pavilhão Leste)
Endereço: Avenida Washington Soares, 999, Edson Queiroz, Fortaleza/CE
Data: 19, 20 e 21/10/2025
Horário: 13 às 21 horas
Entrada: R$ 10,00 (dez reais)
Site da ACEC: https://www.acec-ce.com.br
Instagram: @associacao_dos_cabeleireiros

- 2º Congresso Barber Pro Nordeste – Imersão Visagista: O Visagismo que Transforma
Local: Centro de Eventos do Ceará (Mezanino do Pavilhão Leste)
Endereço: Avenida Washington Soares, 999, Edson Queiroz, Fortaleza/CE
Convidado: Visagista Juarez Leite
Data: 19/10/2025 (domingo)
Horário: 9 às 20 horas
Inscrições: @barberpronordeste
Valores: R$ 697,00 (Área VIP), à vista ou parcelado em até 12 vezes; e R$ 397,00 (Auditório) – à vista ou parcelado em até 6 vezes

quinta-feira, 4 de setembro de 2025

Mangangá Pub reúne eletrônico, pop e samba em três dias de festa

Sexta tem "Pré-Baile DDZin", sábado haverá performances de lip sync com a festa "Slay the Night" e domingo acontece a edição especial da Independência do "Subipassambá"

Neste fim de semana com feriado do Dia da Independência tem programação especial no Mangangá Pub. De sexta a domingo, o espaço no Centro de Fortaleza reúne três festas completamente diferentes, mas que se encontram no mesmo desejo: transformar o prédio histórico da Praça dos Leões em ponto de encontro de estilos, sons e culturas.
Na sexta-feira, 05 de setembro, acontecerá o Pré-Baile DDZin, uma prévia do aguardado “Picadeiro do Caos”, festa que será realizada em 13 de setembro. O line-up reúne nomes da cena eletrônica e urbana como Lucas BMR, DDZin, Isaklândia, DJ Jmadu e Elkkmusic9. A ideia é criar o clima de estreia antes da grande festa: a entrada é gratuita até 23h, com ingressos a R$ 15 na porta após esse horário. Há ainda ingressos promocionais que incluem drink por apenas R$ 10. Quem já adquiriu a entrada para o “Picadeiro do Caos” garante acesso gratuito à prévia, em uma espécie de esquenta oficial.
O sábado (06/09) fica por conta da irreverência e da celebração da arte drag com a Slay the Night, produção do coletivo House of Mercury, formado por artistas LGBTQ+ de Fortaleza. A proposta é clara: unir música pop a performances de lip sync arrebatadoras, em uma noite que celebra diversidade, liberdade e criatividade. O som ficará nas mãos dos DJs Deof, Sheeva Volt e o B2B de Jorgina Mercury com Eclipsa. Já no palco, nomes como Angel Willer, John Fradiky, Barbielônia, Sheeva Volt e Marquynhus Mercury prometem conduzir o público a uma experiência vibrante, com coreografias, figurinos e presença cênica que elevam a noite a outro patamar.
No domingo, feriado de 7 de setembro o clima é de celebração da identidade brasileira com o Subipassambá da Independência, evento que combina samba de raiz, feijoada e uma atmosfera calorosa de confraternização. A partir das 13h, o público poderá aproveitar a data cívica ao som do grupo Samba das Alencarinas, com cerveja gelada e caipirinhas no ponto certo. Ingresso: R$ 10. Com uma programação que vai do eletrônico ao pop, passando pela arte drag e chegando ao samba, o Mangangá Pub reafirma sua vocação como um espaço plural e indispensável para quem deseja vivenciar a cena cultural Fortaleza.

Serviço:
Programação do Mangangá Pub
Local: Mangangá Pub – Rua General Bezerril, 382, 3º andar – Centro, Fortaleza
05/09 (sexta-feira) – Pré-Baile DDZin
Horário: a partir das 22h
Line-up: Lucas BMR, DDZin, Isaklândia, DJ Jmadu e Elkkmusic9
Entrada: grátis até 23h; após, R$ 15 na porta
Ingressos promocionais: R$ 10 (com drink incluso)

06/09 (sábado) – Slay the Night
Horário: a partir das 22h
DJs: Deof, Sheeva Volt, Jorgina Mercury B2B Eclipsa
Performances: Angel Willer, John Fradiky, Barbielônia, Sheeva Volt e Marquynhus Mercury

07/09 (domingo) Subipassambá da Independência
Horário: a partir das 13h
Atrações: roda de samba + feijoada + drinks
Ingresso: R$ 10
Mais informações: @mangangapub

quarta-feira, 3 de setembro de 2025

Seminário discute Éticas do Campo Cultural Contemporâneo no auditório da Reitoria

O III Seminário da Escola Livre de Gestão, Produção e Políticas Culturais (ECult), com o tema “Éticas do campo cultural contemporâneo”, será realizado nos dias 4 e 5 de setembro, às 18h30, no auditório da Reitoria da Universidade Federal do Ceará (UFC). Reunindo pesquisadores, produtoras e gestoras culturais de referência nacional, o evento, gratuito e aberto ao público, vai promover debate sobre os rumos da cultura. O ciclo formativo é realizado pelos Empreendedores Culturais Associados, em parceria com o Instituto de Cultura e Arte da UFC.
No dia 4 de setembro, a palestra Inteligência Artificial – Seus Usos e Abusos conta com a presença das palestrantes: Deisy Feitosa, coordenadora do Curso de Jornalismo da Faculdade Cásper Líbero e integrante do Grupo de Pesquisa LabArteMídia/USP; Cibele Alexandre Uchoa, coordenadora do Grupo de Estudos em Tecnologia, Informação e Sociedade e integrante do Instituto Brasileiro de Direitos Culturais. Haverá ainda participação de Fabiano Piúba, secretário de Formação, Livro e Leitura do Ministério da Cultura (MINC) e mediação de Ana Vieira, supervisora pedagógica da ECult-CE.
Na palestra sobre Mercado Cultural e suas Relações de Trabalho, do dia 5 de setembro, participam: Rita Teles, presidenta do Sindicato dos Artistas e Técnicos de Espetáculos e Diversões/SP e diretora de produção do Artes Negras e Lara Leôncio, conselheira do Conselho Estadual de Políticas Culturais do Ceará e figurinista. O debate tem a participação de Andréa Vasconcelos, coordenadora do Escritório do MINC no Ceará e mediação de Selma Santiago, coordenadora geral da ECult (CE). A programação será transmitida por meio do canal do YouTube da ECult da ECult (youtube.com/@escolalivregestaocultural).

SOBRE A ECULT - A Escola Livre de Gestão, Produção e Políticas Culturais atua desde 2023. É uma escola voltada a agentes da área da organização do ambiente cultural, realiza ações formativas livres que se complementam para uma capacitação integral nas carreiras de produtor ou gestor cultural.
O Ciclo Formativo 2025/2027 é uma realização da Empreendedores Culturais Associados, apoiada pela Secretaria de Cultura do Ceará através do III Edital Escola Livres da Cultura, e conta com a parceria da Universidade Federal do Ceará, através da Pró-Reitoria de Cultura e Casa Amarela Eusélio Oliveira, coletivos, fundações e instituições culturais.

Galeria da Liberdade abre nova exposição que celebra a democracia e defende o direito à memória e à verdade

Local abrigará a exposição “Mulheres em Luta! Arquivos de memória política” a partir de 12 de setembro 

A Galeria da Liberdade abre a mostra “Mulheres em Luta! Arquivos de memória política” no dia 12 de setembro, às 16h. A exposição é uma itinerância do Memorial da Resistência de São Paulo. A Galeria da Liberdade faz parte do conjunto arquitetônico do Palácio da Abolição, gerida pelo Museu da Imagem e do Som do Ceará (MIS CE). O MIS integra a Rede Pública de Equipamentos Culturais (Rece) do Governo do Ceará, vinculada à Secretaria da Cultura, com gestão parceira do Instituto Mirante. A abertura da itinerância terá presença da diretora técnica do Memorial da Resistência, Ana Pato; da artista Bianca Turner; da advogada e ex-presa política, Rita Sipahi, e da sobrinha do Frei Tito de Alencar, Lúcia Alencar.
A abertura da Galeria da Liberdade afirma a centralidade da luta pela garantia de direitos humanos na construção de uma sociedade democrática, diversa, justa e saudável, na qual a cultura e a educação são fundamentais para o exercício pleno da cidadania. 
A Galeria da Liberdade se estabelece como um espaço de difusão, com mostras que têm como eixo a luta pelos direitos humanos no Ceará, no Brasil e no mundo, evidenciando as tramas políticas, geográficas e afetivas da História. O espaço afirma-se também como um local de encontro para diversos públicos e vozes, buscando construir diálogos na revisão das estruturas que ainda discriminam e violentam pessoas cotidianamente. Ao longo do ano, serão realizadas  exposições, aulas abertas, seminários, rodas de conversa e outras ações formativas gratuitas e abertas ao público. 

Nova exposição em cartaz
A exposição “Mulheres em Luta! Arquivos de memória política” tem curadoria de Ana Pato e Carolina Junqueira, sendo uma itinerância do Memorial da Resistência de São Paulo. A mostra tem como fio condutor o acervo de história oral do Memorial da Resistência de São Paulo, que compõe o programa Coleta Regular de Testemunhos, com depoimentos de mulheres que vivenciaram a violência de Estado no período da Ditadura Civil-Militar (1964-1985). 
A mostra lança um olhar para o período da Ditadura Civil-Militar sob a perspectiva de gênero. Nesta itinerância, testemunhos de mulheres que integram o acervo de História Oral do Memorial da Resistência de São Paulo são reunidos na instalação “Partitura da Escuta” (2023), de Bianca Turner. As falas revelam como a luta por Memória, Verdade e Justiça se tornou uma expressão constante na busca de esclarecimentos e ações de reparação diante de violações de direitos humanos e autoritarismo. 
Por meio de 22 testemunhos, a exposição aborda as lutas coletivas de mulheres brasileiras por Memória, Verdade e Justiça e por direitos fundamentais. Pelo que lutam? Como lutam? Quais são suas histórias?
As narrativas dessas mulheres estão em diálogo com o pensamento da historiadora, militante e poeta Beatriz Nascimento, que se destacou como intelectual que contribuiu para pensar a sociedade brasileira no contexto da Ditadura Civil Militar, confeccionando resistências através das suas reflexões. A exposição destaca, ainda, o imaginário de luta da pensadora negra, com três poemas de sua autoria escritos nos anos 1980. A poesia de Beatriz é um retrato urgente e contemporâneo das formas de resistir contra a violência, a impunidade e o racismo. 
Para Cícera Barbosa, coordenadora da Galeria da Liberdade, a nova exposição é um marco no processo de ressignificação do espaço de Memória onde funciona, antes ocupado pelo antigo Mausoléu Castello Branco. “A realização de Mulheres em Luta!  Arquivos de memória política é um gesto que anuncia uma nova relação entre a memória do Ceará e os sujeitos que lutaram por democracia durante os anos da Ditadura Civil Militar. A partir de exposições e de uma programação intensa de rodas de conversas, oficinas e rotas pelos Lugares de Memórias materializamos coletivamente um anseio antigo do Movimento de Memória, Verdade e Justiça no Ceará”, explica Cícera Barbosa.
A diretora técnica do Memorial da Resistência de São Paulo, Ana Pato, ressalta que o olhar para a ditadura a partir de uma perspectiva de gênero é a linha que tece a exposição Mulheres em Luta! Arquivos de memória política. Em cartaz no Memorial da Resistência de São Paulo até julho de 2024, a mostra chega à Galeria da Liberdade, apresentando a participação e a contribuição de mulheres na construção política do nosso país. “Ao trazermos as vozes dessas mulheres que lutaram e lutam pela democracia, no edifício ocupado anteriormente pelo Mausoléu Castelo Branco e agora ressignificado na Galeria da Liberdade, representa um reconhecimento da força política das mulheres em sua luta por memória, verdade e justiça”, avalia Ana Pato.

Histórico e características do espaço
A Galeria da Liberdade foi aberta em 18 de junho de 2025, com a exposição “Negro é um rio que navego em sonhos”. A criação da Galeria afirma a centralidade da luta pela garantia de direitos humanos na construção de uma sociedade mais democrática e diversa, na qual a cultura e a educação são fundamentais para o exercício pleno da cidadania e o combate ao racismo. Trata-se de um lugar de experimentação artística, no qual o som e a imagem narram o passado e fazem imaginar, coletivamente, outros futuros.
O horário de funcionamento é quarta e quinta-feira, das 10h às 18h, e sexta e sábado, das 13h às 20h, com acesso permitido até meia hora antes do fechamento. 

Sobre o Memorial da Resistência de São Paulo
O Memorial da Resistência de São Paulo é um museu da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo dedicado à memória política das resistências e da luta pela democracia no Brasil, que tem como missão a valorização da cidadania, da pesquisa e da educação a partir de uma perspectiva plural e diversa sobre o passado, o presente e o futuro.    
Aberto ao público em 2009, o museu é um lugar de memória dedicado a preservar a história do prédio onde operou entre 1939 e 1983 o Departamento Estadual de Ordem Política e Social (Deops/SP), uma das polícias políticas mais truculentas da história do país.     
Por meio de exposições temáticas de grande impacto social, ações educativas, atividades para pessoas com deficiência e programações culturais gratuitas, o museu se consolidou como referência em Educação em Direitos Humanos, promovendo o pensamento crítico e desenvolvendo atividades sobre Direitos Humanos, Repressão, Resistência e Patrimônio. 

Serviço:
Galeria da Liberdade
Abertura da Exposição “Mulheres em Luta! Arquivos de memória política” 
12 de setembro de 2025
Horário: 16 h 
Avenida Barão de Studart, 505

Exposição “Mulheres em Luta Arquivos de Memória Política”

Biografias de mulheres que integram a instalação Partitura da Escuta (2023), de Bianca Turner

Ana Maria do Carmo Silva (Ana Dias)
Ana Maria do Carmo Silva nasceu em 1943 na
cidade de Pitangueiras (SP). Em 1965, casou-se com Santo Dias, passando a ser conhecida como Ana Dias, e estabeleceu residência na periferia da Zona Sul da capital paulista. Seu esposo, operário, atuava politicamente na Oposição Sindical Metalúrgica de São Paulo e em colaboração com grupos ligados à Igreja. Ana, por sua vez, participava ativamente das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) e foi uma das fundadoras dos Clubes de Mães da Zona Sul, que lutavam por creches e contra o aumento do custo de vida, em um movimento embrionário do Movimento Contra a Carestia (MCC). Após o assassinato de Santo Dias por policiais, no dia 30 de outubro de 1979, enquanto ele distribuía panfletos em apoio a uma greve em frente à fábrica de lâmpadas Sylvania, em Santo Amaro, Ana, com o apoio de milhares de companheiros, passou a organizar anualmente atos públicos para preservar a memória de Santo e ressaltar sua importância na luta dos trabalhadores e na resistência política contra a Ditadura Civil-Militar.

Ana Maria Martins Soares 
Ana Maria Martins Soares nasceu em 1940 em São Paulo (SP). Filha de agricultores, teve uma infância humilde na zona rural da cidade e ingressou na escola somente aos 13 anos, mesma idade em que começou a trabalhar para ajudar no sustento familiar. As duras condições de trabalho nas fábricas a levaram a participar do movimento operário e da Juventude Operária Católica (JOC). Posteriormente, fez o magistério no Instituto de Educação Fernão Dias Paes, onde se articulou junto a um grupo da Juventude Estudantil Católica (JEC). Em seguida, se envolveu com trabalhos de alfabetização nas periferias e passou a se organizar também através da organização Ação Popular (AP). Mais tarde, se transferiu, ao lado de outros companheiros, para o Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Na década de 1970, vivendo na Zona Sul de São Paulo, se uniu aos movimentos comunitários que começavam a se estruturar para demandar melhores condições de vida. Participou ativamente de organizações como o Clube de Mães e o Movimento Contra a Carestia (MCC), nos quais também adquiriu experiência de militância feminista. Por suas atividades políticas, foi detida quatro vezes entre 1968 e 1979. Foi diretora da Confederação Nacional de Associações de Moradores (CONAM) e presidente da Federação Estadual das Associações Comunitárias de São Paulo, além eleger-se deputada estadual por São Paulo e vereadora da capital pelo PCdoB.

Darci Miyaki  
Darci Toshiko Miyaki nasceu em 1945 em Araçatuba (SP). Seu interesse por questões sociais e políticas surgiu quando ainda cursava o Ensino Secundarista. Em 1967, entrou na Faculdade de Direito do Largo São Francisco (USP) e se envolveu com um grupo de professores e estudantes que atuavam junto ao Partido Comunista Brasileiro (PCB). Com a dissidência do partido, Darci aderiu à formação do Agrupamento Comunista que, em seguida, deu origem à Ação Libertadora Nacional (ALN). Em 1969, realizou treinamento militar em Cuba e foi a primeira brasileira a ir para a Coréia do Norte, onde também realizou treinamento. Clandestinamente, voltou ao Brasil no ano de 1970 e tornou-se integrante do setor estratégico da ALN, atuando em São Paulo e no Rio de Janeiro. Foi presa em 25 de janeiro de 1972, no Rio de Janeiro, pela equipe do DOI-Codi/RJ. Após três dias, foi transferida para o DOI-Codi/SP, onde permaneceu sequestrada por sete meses. Após a formalização da prisão, cumpriu sua pena no Presídio Tiradentes e no Presídio do Hipódromo, somando um ano e meio de encarceramento. Em 2013, prestou depoimento à Comissão Estadual da Verdade Rubens Paiva, do Estado de São Paulo.

Dilma Rousseff  
Dilma Vana Rousseff nasceu em 1947 em Belo Horizonte (MG). Em 1964, ingressou no Colégio Estadual Central, na capital mineira, onde cursou o ensino médio e iniciou sua trajetória de militância contra a Ditadura Civil-Militar através do movimento estudantil. A partir de 1967, passou a atuar em setores estratégicos das organizações de esquerda: Organização Revolucionária Marxista Política Operária (Polop), Comando de Libertação Nacional (Colina) e por fim, a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares). Foi presa em janeiro de 1970 por agentes do DOI-Codi/SP e, durante o período de prisão, passou por diferentes cárceres instalados pela repressão em São Paulo, incluindo o Deops/SP. Foi solta em 1973, após julgamento. Em 1977, graduou-se em Economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e, na década de 1980, iniciou sua carreira política. Dentre outros cargos públicos, foi eleita presidente da República em 2010, tendo sido reeleita em 2014. Manteve-se no cargo até sua deposição em 2016, quando o Senado Federal aprovou seu pedido de impeachment. 

Eleonora Menicucci  
Eleonora Menicucci de Oliveira nasceu em 1944 na cidade de Lavras (MG). Socióloga de formação, é professora titular em Saúde Coletiva no Departamento de Medicina Preventiva da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Durante o período da Ditadura Civil-Militar, participou da luta armada em organizações de esquerda até ser presa, em 1971, junto com sua filha de um ano e dez meses de idade. Durante sua prisão, passou por diversos centros de aprisionamento entre São Paulo e Minas Gerais, tendo sido submetida a torturas físicas e psicológicas. Filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT), engajou-se na luta pelo feminismo no final da década de 1970 e, desde então, mantém-se ativa nesta militância. Entre 2012 e 2015, durante o governo de Dilma Rousseff, Eleonora ocupou o cargo de ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR). É Professora Titular Sênior do Departamento de Medicina Preventiva da Escola Paulista de Medicina de UNIFESP e, desde 2022, é Professora Visitante Sênior da Universidade Federal do ABC - UFABC. Em 2023, assumiu a presidência do Conselho Curador da Fundação Perseu Abramo.

Guiomar Silva Lopes 
Guiomar Silva Lopes nasceu em 1944 na cidade de São Paulo (SP). Iniciou sua militância política em 1965, através do movimento estudantil. Participou do agrupamento Dissidência Universitária de São Paulo (DISP) e, ao final de 1968, integrou-se à Ação Libertadora Nacional (ALN), entrando na clandestinidade. Esteve envolvida em diversas ações armadas e alcançou o posto de comandante de um Grupo Tático Armado (GTA). Foi presa em março de 1970 pela equipe do DOI-Codi/SP e ficou também detida no Deops/SP, até ser transferida para o Presídio Tiradentes, fixando-se na ala conhecida como “Torre das Donzelas”. Foi, então, transferida para a Penitenciária Feminina e para a Casa do Egresso, totalizando quatro anos de prisão em regime fechado e outros quatro anos em liberdade condicional. Formou-se em medicina pela Universidade de São Paulo (USP) e foi, entre 2013 e 2016, Coordenadora de Políticas para a População Idosa da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo. Recebeu anistia política e indenização em instâncias federal e estadual no ano de 2008.

Ilda Martins da Silva  
Ilda Martins da Silva nasceu em 1931 em Lucianópolis (SP). Emigrou para a capital e ingressou profissionalmente como operária da fábrica Nitro Química, localizada na Zona Leste, integrando-se ao movimento da causa operária na década de 1950. No ambiente de trabalho e no contexto das lutas sindicais, conheceu Virgílio Gomes da Silva que era, à época, membro do quadro político do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Ilda se casou com Virgílio em 1960 e juntos tiveram quatro filhos. Para dedicar-se à casa e à família, Ilda deixou o trabalho na fábrica e permaneceu prestando apoio à militância de seu marido e seus companheiros. Com o recrudescimento da repressão, Virgílio aderiu à luta armada em 1968 através da Ação Libertadora Nacional (ALN). Sob intensa perseguição policial, Ilda foi presa em um aparelho no litoral paulista junto com três de seus filhos no dia 30 de setembro de 1969. Virgílio, que havia sido detido na noite anterior, falecera sob tortura no mesmo dia. Nas dependências do DOI-Codi/SP, Ilda foi separada de seus filhos, que foram encaminhados ao Deops/SP e, depois, ao Juizado de Menores, onde permaneceram presos por dois meses. Além do DOI-Codi/SP, esteve presa no Deops/SP e no Presídio Tiradentes. Nove meses depois, foi solta sem qualquer registro de sua passagem pelos cárceres. Em 1972, recomeçou sua vida ao lado dos filhos em Cuba, regressando ao Brasil somente em 1991. Até hoje, os restos mortais de Virgílio Gomes da Silva – considerado o primeiro desaparecido político da Ditadura Civil-Militar – permanecem desaparecidos. O único laudo localizado sobre o paradeiro de Virgílio menciona apenas a informação de morte presumida, sem maiores esclarecimentos. 

Lenira Machado   
Lenira Machado nasceu em 1940 em São Paulo (SP). Formada em Sociologia pela Universidade de São Paulo (USP), atuou junto ao movimento estudantil na década de 1960 e, posteriormente, integrou-se como militante das Ligas Camponesas, desenvolvendo uma série de trabalhos de base. Entre 1961 e 1964, se envolveu na organização e criação do Conselho Nacional das Ligas Camponesas no Sul do país. Também integrou a Ação Popular (AP) e o Partido Revolucionário dos Trabalhadores (PRT) durante a Ditadura Civil-Militar. Em função de seu envolvimento político com a esquerda, foi presa em São Paulo pela primeira vez no ano de 1971 e pela segunda vez em 1974, cumprindo ao todo dois anos e oito meses de prisão, com passagens pelo DOI-Codi/SP, Deops/SP e Presídio Tiradentes. Após o período, integrou-se ao Movimento Feminino pela Anistia, responsável pela criação do jornal Maria Quitéria, lançado em 1978, marcando mais um importante episódio de sua incessante militância política. Lenira faleceu em março de 2023.

Marcinha do Corintho 
Marcinha do Corintho, travesti transformista, nasceu em Belo Horizonte (MG) em 1967 e mudou-se para São Paulo aos três anos de idade para morar com a avó, após a morte da mãe. Aos 14 anos iniciou o processo de transição de gênero e, aos 16 anos, começou a trabalhar na boate Nostro Mondo, na capital paulista. Logo cedo teve contato com outras travestis importantes na história da cultura noturna de São Paulo. Além de Condessa Mônica, Marcinha conviveu com Andrea de Mayo, Rogéria e Cristina Ortiz Rodríguez.  Aos 16 anos, teve sua primeira experiência na Europa ao viajar para Madrid, onde permaneceu por cerca de 20 dias, até ser deportada de volta ao Brasil. Em sua volta, exerceu diferentes trabalhos como transformista, incluindo produções de visibilidade nacional como o Programa do Silvio Santos, Clube do Bolinha e Show de Calouros. Conta que durante a Ditadura Civil-Militar do Brasil, por volta da década de 1980, as travestis já eram amplamente estigmatizadas e perseguidas, tendo a polícia como a principal inimiga, com especial destaque para o delegado de Polícia Civil, José Wilson Richetti. Devido à violência, retornou à Europa, onde viveu por 30 anos. Atualmente, de volta ao país, continua a se apresentar em espetáculos.

Margarida Maria do Amaral Lopes  
Margarida Maria do Amaral Lopes, mais conhecida por Guida, nasceu em 1951 na capital paulista. Por influência de seu pai, cresceu envolvida pela ideologia comunista e, antes de completar 18 anos de idade, ingressou como militante da Ala Vermelha, onde logo foi viver em um aparelho da organização juntamente com outros companheiros. Na manhã do dia 31 de agosto de 1969, o aparelho foi cercado pela polícia política, que acabou prendendo Guida e seu companheiro de militância e namorado à época, Vicente Gomes Roig. Juntos foram levados para o Quartel General do II Exército onde enfrentaram os primeiros interrogatórios pautados por tortura. Em seguida, foram transferidos para o Deops/SP, recebendo tratamento semelhante. Guida permaneceu ali por aproximadamente dois meses, até ser transferida para o Presídio Tiradentes, somando seis meses de detenção. Logo após a soltura, seguiu para o exílio na França onde já vivia sua irmã, também perseguida política. Ao longo dos quase nove anos em que viveu no país europeu, trabalhou, estudou e envolveu-se com outros exilados políticos através do Comitê Brasileiro pela Anistia e assim, seguiu apoiando a luta de resistência do Brasil. Atualmente, Guida trabalha como mediadora de conflitos e colabora com o movimento feminista em São Paulo.

Maria Amélia de Almeida Teles 
Maria Amélia de Almeida Teles, mais conhecida como Amelinha, nasceu em 1944 em Contagem (MG). Sua militância política teve início em 1960, quando ainda muito jovem, aderiu ao Partido Comunista Brasileiro (PCB) por influência de seu pai. Ao lado de Criméia, sua irmã mais jovem, foi presa em 1964 logo após o golpe no Quartel do Barro Preto na capital mineira, onde permaneceram detidas por duas noites acusadas de subversão. Em 1968, com o racha interno do PCB, as irmãs, vivendo em situação de clandestinidade desde 1965, decidiram aderir ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB), convictas da necessidade da luta armada diante da dada conjuntura política. Amelinha, então casada com o militante César Teles, passou a atuar junto à imprensa do partido. Em sua segunda prisão, ocorrida em 1972, Amelinha, César e Carlos Nicolau Danielli, companheiro de militância do casal, foram capturados pela equipe da Operação Bandeirantes (OBAN). Em sua trajetória carcerária, passou pelo DOI-Codi/SP, Deops/SP, Presídio do Hipódromo e por fim, pela Casa do Egresso, somando aproximadamente dez meses de reclusão. Após a soltura, deu continuidade à militância política, que tem entre suas principais bandeiras o movimento feminista e a busca pelos mortos e desaparecidos políticos, sendo assessora da Comissão da Verdade do Estado de São Paulo Rubens Paiva e da Comissão da Memória e da Verdade da Prefeitura de São Paulo (CMV). Atualmente, é diretora da União de Mulheres de São Paulo, coordenadora do Projeto Promotoras Legais Populares e integrante da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos.

Maria Aparecida dos Santos (Iyá Cida) 
Maria Aparecida dos Santos, Iyá Cida, nasceu na cidade de São Paulo (SP) em 1951, tendo vivenciado o Golpe de 1964 aos 13 anos de idade. Ela conta que durante boa parte da vida estudou em escolas católicas apostólicas romanas, vivendo a ambiguidade das práticas católicas durante o dia, e à noite, batendo tambor com a mãe, figura fundamental em sua formação espiritual. Durante a Ditadura Civil-Militar e os mecanismos de vigência da censura, relata que, por volta dos 16 anos, marcava encontros com seus primos e primas na Igreja do Rosário dos Homens Pretos para, após as celebrações religiosas, dirigirem-se aos fundos do estabelecimento e terem momentos de conversa sobre posicionamentos políticos. Ainda na juventude trabalhou na educação de base do Partido dos Trabalhadores (PT), citando o Largo 13 de Maio como uma importante referência para encontrar pessoas discordantes do regime vigente. Em sua trajetória, relembra como se tornou Iyá no Candomblé, considerando que, ao se falar de religiosidades de matriz africana, inevitavelmente se aborda linhagens femininas que sustentam as práticas religiosas, mesmo que, ao longo do tempo, as formações culturais da sociedade sobre as questões de gênero tenham acarretado maior destaque aos Babalorixás (pais de santo) em detrimento das Iyás (mães de santo). 

Maria Auxiliadora de Almeida Cunha Arantes 
Maria Auxiliadora de Almeida Cunha Arantes, de apelido Dodora, nasceu em 1940 em Belo Horizonte (BH). Desde o ensino secundarista, Dodora atuou como militante. Inicialmente, integrou a Ação Católica (AC) e, em meados de 1962, aderiu à Ação Popular (AP). Formou-se em Psicologia em 1963, mesmo ano em que se casou com Aldo Arantes, mudando-se para Brasília. Com a deflagração do Golpe de 1964, o casal, que já era visado politicamente, exilou-se no Uruguai até meados de 1966. Em 1968, Dodora, por desígnio da AP, mudou-se com Aldo e seus dois filhos pequenos para a cidade de Pariconha, no sertão de Alagoas, para cumprir uma frente de trabalho com encaminhamentos políticos junto à população local. No final de 1968 foi presa e, ao longo de seis meses, passou por diversos cárceres no Estado de Alagoas, sempre acompanhada dos filhos, mantidos sem registro pelo regime. É mestre em Psicologia Clínica e doutora em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Integrou a Comissão de Direitos Humanos do Conselho Federal de Psicologia (CFP) entre 2011 e 2013 e o Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae.

Maria José Soares
Maria José Soares nasceu na cidade de Paulista (PE) em 15 de fevereiro de 1945. Em 1961, mudou-se para a capital paulista, onde iniciou seus estudos religiosos. Em 1969, retornou a Pernambuco e ingressou como operária na General Electric do Nordeste. Nesse mesmo período, envolveu-se com o Movimento de Evangelização liderado por Dom Hélder Câmara e com a Juventude Operária Católica (JOC). Em 1972, após a prisão de alguns companheiros da fábrica, Maria José passou a sofrer perseguição política, o que resultou em sua demissão. Em 1973, regressou a São Paulo e, atuando como metalúrgica na Philco, envolveu-se com as lutas operárias em curso, ao lado dos militantes da Oposição Sindical Metalúrgica de São Paulo (OSM-SP) e da Pastoral Operária (PO). Em 1978, liderou uma greve de ocupação na Philco que trouxe importantes vitórias, mas acarretou nova demissão. Apesar dos efeitos sofridos, permaneceu na militância pelos direitos trabalhistas intervindo, sobretudo, na região do Tatuapé, na Zona Leste. Como consequência, foi detida em duas ocasiões, tendo sido levada ao Deops/SP e liberada em seguida. Ao longo da década de 1980, Maria José deu continuidade à militância sindical como metalúrgica. Na década seguinte, devido à diminuição de oportunidades na área, passou a atuar como agente administrativa de saúde na Prefeitura de São Paulo, ofício pelo qual se aposentou.

Marisa Fernandes
Marisa Fernandes nasceu em 1953 no município de Santo André (SP). Formou-se em História pela Universidade de São Paulo (USP) e atuou nas áreas de educação e promoção de políticas públicas e direitos humanos, atuando no Conselho Estadual da Condição Feminina, da Secretaria de Saúde e da Secretaria de Relações do Trabalho. Foi também ouvidora do sistema penitenciário paulista durante oito anos, função que exerceu até se aposentar. Sua trajetória de militância política, inicialmente desenvolvida no movimento estudantil, aprofundou-se a partir de 1978, ano em que se aproximou do Grupo SOMOS de Afirmação Homossexual ao lado de outras mulheres lésbicas. Em consideração às demandas particulares da luta das mulheres dentro do Grupo, criou-se a Facção Lésbico Feminista (LF) que, após um racha interna, passou a denominar-se Grupo de Ação Lésbico Feminista (GALF). Como militante desses grupos organizados, Marisa protagonizou diversas ações e colaborou diretamente com a luta contra o preconceito, a discriminação e pela visibilidade lésbica e feminista em tempos de ditadura, perpetuando sua militância também após a redemocratização.

Nair Benedicto
Nair Benedicto nasceu em 1940 em São Paulo (SP). Formou-se pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP) em 1972, ano em que iniciou sua carreira como fotógrafa profissional. Antes disso, porém, foi presa pela Ditadura Civil-Militar em decorrência de sua militância política junto à Ação Libertadora Nacional (ALN). Após sair da prisão, Nair assumiu uma produção fotográfica engajada com a questão da justiça social e fortemente marcada por temas populares e políticos. Em sua obra, Nair registra o cotidiano e a realidade das classes minoritárias, a condição das mulheres e das crianças, alguns movimentos sociais e populares e eventos históricos que fazem parte da história da classe trabalhadora nos séculos XX e XXI. No início dos anos 1980 fundou, ao lado de outros fotógrafos, a Agência F4, precursora na área da fotodocumentação no Brasil. Participou da produção de inúmeros livros, entre eles A Greve do ABC e A questão do Menor e de audiovisuais sobre sexualidade, violência contra a mulher, os grandes projetos desenvolvimentistas na Amazônia e os povos indígenas. 

Neon Cunha
Neon Cunha nasceu em Belo Horizonte (MG), em 1970, mudando-se para São Paulo logo após seu nascimento, junto com seus familiares. Em suas memórias, revela a constituição da vida privada durante a Ditadura Civil-Militar, a partir da intersecção de classe, raça e gênero. Em sua narrativa, Neon aborda a importância de perceber que os movimentos ditatoriais não foram unicamente uma imposição militar, mas que as práticas culturais conservadoras legitimavam a configuração institucional da época. Em seus locais de memória, ressalta a importância do candomblé para permanecer viva e da resistência LGBT+ na cidade de São Paulo, considerando como se constituíam as redes de resistência, mesmo diante das batidas policiais. Trabalhando em São Bernardo do Campo (SP), conta da proximidade com as pautas de esquerda e da afeição que tinha pelo político Leonel Brizola, bem como o fato de que a ditadura brasileira não acabou em 1985 para quem é pobre, preto e trans, considerando as emergências conservadoras da atualidade. 

Neusa Maria Pereira
Neusa Maria Pereira nasceu no dia 24 de agosto de 1955 em São Paulo (SP). Concluiu o Ensino Médio no Colégio Presbiteriano Mackenzie e formou-se em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero. Além da experiência como repórter e revisora em jornais da grande imprensa, trabalhou como redatora no jornal Versus. Importante representante da imprensa alternativa, o Versus existiu de 1975 a 1979, durante a Ditadura Civil-Militar. A contratação de Neusa pelo jornal se deu a partir da publicação de um artigo por ela escrito, intitulado “Em defesa da dignidade das mulheres negras em uma sociedade racista”. A partir daí, passou a desenvolver periodicamente o suplemento chamado Afro Latino América, que contava também com a participação de outros colaboradores. Inserida, definitivamente, no âmbito da militância do movimento negro, Neusa participou da fundação de um grupo de mulheres negras chamado Fé Cega, Faca Amolada. Ao lado de outros grupos engajados na mesma causa, Neusa e suas companheiras participaram da organização e da realização do ato público realizado nas escadarias do Theatro Municipal em 1978, que marcou a fundação do Movimento Negro Unificado (MNU). Fundou sua própria editora, a Abayomi Comunicação, que produz o jornal Escrita Feminina, cuja primeira publicação ocorreu em 2013, e foi distribuída para mulheres da periferia de São Paulo.

Rita Sipahi 
Rita Maria de Miranda Sipahi nasceu em 1938 em Fortaleza (CE), onde iniciou sua graduação em Direito concluindo-a em Recife (PE), em 1964. Ingressou na militância em 1962, através da Juventude Universitária Católica (JUC) e da recém-criada Ação Popular (AP), ambas ligadas ao movimento estudantil. Devido à perseguição política sofrida por Rita e seu então marido, Antônio Othon Pires, foram obrigados a se mudar de cidade algumas vezes, passando por Recife, São Paulo e Rio de Janeiro. Rita foi presa em 1971 pela OBAN no Rio de Janeiro, onde vivia com seus dois filhos pequenos. Foi então transferida para São Paulo, onde cumpriu pena por quase um ano, passando pelo DOI-Codi/SP, Deops/SP e Presídio Tiradentes, onde viveu por onze meses. No local, conheceu seu companheiro Alípio Freire, também ex-preso político. Atualmente, é conselheira da Comissão da Anistia, do Ministério da Justiça. 

Rosemeire Nogueira
Rosemeire Nogueira nasceu em 1946 em Jacareí (SP). Formada em jornalismo, trabalhou como repórter do Jornal da Tarde na capital paulista. Paralelo à profissão, em luta contra a Ditadura Civil-Militar, prestava apoio logístico à Ação Libertadora Nacional (ALN), organização a qual também pertencia seu então marido, Luís Roberto Clauset. Rose foi presa no dia 4 de novembro de 1969, data em que foi assassinado o líder revolucionário Carlos Marighella. Rose teve sua casa invadida pelo Esquadrão da Morte, organização paramilitar liderada pelo delegado Sérgio Paranhos Fleury. Sua captura aconteceu apenas um mês após ter dado à luz a seu filho, enquanto ainda se recuperava de complicações decorrentes do parto. Trazida diretamente ao Deops/SP, permaneceu presa por quase dois meses, enfrentando a tortura e a precariedade de higiene e alimentação. Concluiu sua pena no Presídio Tiradentes, totalizando nove meses de encarceramento. Entre 2006 e 2009, presidiu o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe-SP) e, em 2011, recebeu o título de Cidadã Paulistana. É presidente do Grupo Tortura Nunca Mais de São Paulo.

Sofia Dias Batista
Sofia Dias Batista nasceu na cidade de Apiaí
(SP) em 1951. Nascida no seio de uma família católica, tornou-se catequista em 1964, influenciada pelo pensamento das Cônegas de Santo Agostinho, que contribuíram para sua formação religiosa e política. Em 1970, ao mudar-se para a capital paulista, ingressou na Faculdade de Educação Física da Universidade de São Paulo (USP) e, após se formar, atuou por alguns anos como professora no Vale do Ribeira. Em 1977, mudou de área ao ser contratada como operária da linha de montagem da Philco, à época instalada na Zona Leste de São Paulo. Neste contexto, aproximou-se da Pastoral Operária e das Comunidades Eclesiais de Base, que colaboravam com o movimento operário fazendo frente à repressão imposta pela Ditadura Civil-Militar. Neste processo, Sofia ingressou como membro da Oposição Sindical Metalúrgica de São Paulo (OSM-SP), aprofundando sua prática de militância. Em 1978, atuou como uma das lideranças responsáveis pelo planejamento e execução da primeira greve da Philco, que paralisou mais de oito mil trabalhadores em reivindicação por melhorias nas condições de trabalho. Em 1979, já demitida da empresa por agitação política, Sofia colaborou para a deflagração da segunda greve da Philco, realizada para exigir ajustes salarias. Em decorrência de sua militância, foi perseguida pelo Deops/SP, sendo detida nas duas greves que participou. Atualmente está engajada no Projeto Memória da Oposição Sindical Metalúrgica e participa como membro do Fórum Permanente dos Ex-Presos e Perseguidos Políticos do Estado de São Paulo. Também colaborou no Grupo de Trabalho formado pela Comissão Nacional da Verdade, sobre Ditadura e Repressão aos Trabalhadores e ao Movimento Sindical. 


Thaís de Azevedo

Thaís de Azevedo nasceu em 1949, na cidade de Várzea da Palma (MG). Ainda aos 13 anos de idade, mudou-se para o Rio de Janeiro para continuar os estudos. Na cidade do Rio de Janeiro e em Niterói teve a possibilidade de viver a descoberta de seu gênero e sexualidade. Viu de perto, entretanto, os processos de repressão da Ditadura Civil-Militar diante das dissidências relacionadas a essas questões. Ela conta sobre as frequentes prisões realizadas pelos militares contra pré-adolescentes e jovens adolescentes, destacando os abusos sexuais exercidos pelos policiais na delegacia. Aproximadamente dez anos depois, mudou-se do Rio de Janeiro para a cidade de São Paulo trabalhando como modelo no Shopping Center Ibirapuera. Conta que, por sua aparência feminina, subverteu espaços conservadores que por muito tempo não desconfiaram de sua transgeneridade. Passou anos em trânsitos provisórios entre Roma, Paris, e São Paulo, até assentar-se de vez nesta última cidade em 1997. Na década de 1980, viveu e lutou ativamente contra a epidemia de HIV-Aids, desenvolvendo trabalhos para Brenda Lee. Nesse contexto, enfrentou também momentos de intensa repressão política, que se conectavam à perseguição contra as pessoas LGBT+ durante a Ditadura Militar, à ausência de tratamentos antirretrovirais eficazes, à normatividade que limitava as expressões de gênero e sexualidade, deslegitimando as travestis em suas práticas políticas, e à dificuldade de falar abertamente sobre HIV-Aids em meio ao conservadorismo social e à repressão política. Faleceu em 2024, em São Paulo, deixando um legado de luta pela dignidade e visibilidade trans no Brasil.